quarta-feira, 23 de junho de 2021

Ricardo Salles deixa o laranjal em chamas

Por Altamiro Borges


O agravamento da crise política parece que acelerou a fuga das ratazanas do governo. Nesta quarta-feira (23), o “rei das queimadas” Ricardo Salles pediu demissão do cargo de ministro da devastação ambiental de Jair Bolsonaro. O ricaço era alvo de inúmeras denúncias – inclusive de participar de um esquema de contrabando de madeira ilegal. Mas ele decidiu deixar o posto exatamente quando o laranjal bolsonariano está pegando fogo. Cortina de fumaça ou medo das labaredas?

Irmão da “Micheque” ganha cargo no Senado

Por Altamiro Borges

O site Metrópoles postou nesta terça-feira (22) que "Diego Torres Dourado, irmão de Michelle Bolsonaro, ganhou um cargo de confiança no Senado com salário de R$ 13,5 mil. A nomeação aconteceu no fim de março. Até então, o soldado da Aeronáutica de 33 anos possuía posto civil de confiança no Ministério da Defesa, no Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas".

O irmão da primeira-dama, também chamada carinhosamente de "Micheque Bolsonaro", era assistente técnico e recebia R$ 5,6 mil por mês. "No novo emprego, Diego Dourado passou a ser assistente parlamentar da 1ª Secretaria do Senado, hoje comandada pelo senador Irajá (PSD-TO)" – que, curiosamente, é filho da senadora Kátia Abreu (PP-TO).

“Beato Araújo” também fugirá para os EUA?

Por Altamiro Borges

Parece que mais um olavete vai fugir para os EUA. Depois do “ministro” Abraham Weintraub e do “blogueiro” Allan dos Santos, o ex-chanceler "Beato Araújo" – como era chamado entre os diplomatas – já teria arrumado suas malas. Nesta terça-feira (23), o Itamaraty oficializou a transferência de Maria Eduardo Seixas Corrêa, esposa do ex-ministro de Relações Exteriores, para o Consulado do Brasil em Hartford, em Connecticut. Ela deverá levar o maridão, que curte umas “férias” de 90 dias no laranjal bolsonariano, como acompanhante – mas não na condição de diplomata.

Ratinho afunda junto com Bolsonaro

Por Altamiro Borges


Ratinho é um dos maiores bajuladores do "capetão" Jair Bolsonaro na televisão brasileira – uma típica ratazana. Mas, pelo jeito, esse puxa-saquismo está afundando a sua audiência. Segundo informa Ricardo Feltrin em matéria postada no site UOL nesta segunda-feira (21), "Ratinho perde 1 em cada três telespectadores do SBT". E a situação só tem piorado nos últimos meses!

Segundo a coluna, "além de estar atravessando uma de suas piores fases no ibope desde que estreou no SBT, Ratinho ainda amarga uma fuga prolongada de público... Enfraquecido pela ausência de plateia, formato de programa que não se renova, brincadeiras bobas e a pecha de bolsonarista fanático são alguns dos prováveis motivos para a sangria de público e a desaprovação de boa parcela dos espectadores".

Uma rede de comunicadores latino-americanos

Do site do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé:

Impulsionada pelo ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, a Runasur nasceu com a proposta de agregar projetos como a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e, nas palavras de Morales, "unir os movimentos sociais – sejam indígenas, trabalhadores, de classe média e de professores – com profissionais intelectuais, com o objetivo de lutar por uma verdadeira libertação de toda a América plurinacional dos povos aos povos”. A iniciativa foi batizada Runasur por ter como missão complementar e enriquecer as instâncias oficiais - em quechua, "runa" significa "gente", "pessoa".

General e Bolsonaro voltam a fazer ameaças

EUA e Irã: o que muda no Oriente Médio?

Bolsonaro ainda vai tentar algo drástico

América Latina respira ares progressistas

“Caminho da Índia” vira o centro da CPI

Por Fernando Brito, em seu blog:

O assunto brotou no final de semana, com a notícia de que um funcionário do Ministério da Saúde falava em pressões de um tenente-coronel, subordinado a Eduardo Pazuello para que se encontrasse a “exceção da exceção” para comprar a vacina indiana Covaxin.

Ganhou volume ontem, quando o cheiro forte do dinheiro apareceu no preço mais alto do imunizante, equivalente a R$ 82 por dose na data em que a compra foi anunciada (25 de fevereiro), antes mesmo da compra da da Pfizer (comprada a 19 de março, ao preço anunciado de pouco mais de R$ 54).

E ameaça virar um imenso escândalo com o depoimento, previsto para sexta-feira, do deputado Luís Miranda, do DEM, e de seu irmão, que é o tal funcionário que prestou depoimento denunciando a pressão para a compra suspeita.

Rastro de corrupção e barbárie de Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:


A denúncia de corrupção no contrato para o fornecimento da vacina indiana Covaxin, que teria um aditivo contratual superfaturando o valor da licitação junto ao Ministério da Saúde, revela uma das faces do governo Bolsonaro. Primeira constatação: se há denúncia, é preciso investigá-las com rigor. Segunda: essa revelação se soma aos escândalos que se vão sucedendo, um tapete que precisa ser levantando, além da cadeia de desmandos que se formou a partir do método autoritário do presidente da República, a denúncia se junta a outras, com evidências de tráfico de influência, favorecimento de empresas e pessoas, entraves em investigações e ações fiscalizatórias contra infratores de normas legais e até da Constituição.

Direita prepara "segunda via"; Mourão apoia

Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:


A extensa (e, por isso mesmo, surpreendente) cobertura da Globo às manifestações de 19 de junho não foi uma rendição puritana ao jornalismo factual.

Não. As imagens que passaram de forma generosa pela tela da emissora, com destaque para o povo na rua a pedir "Fora Bolsonaro", são parte de uma estratégia política mais ampla e manhosa - que fez acender o sinal amarelo no Palácio do Planalto.

Porta-voz da direita liberal (que oficialmente ainda sonha com uma "Terceira Via", entre Lula e Bolsonaro), a emissora da família Marinho escancara que o projeto na verdade mudou: a única saída para os liberais é a "Segunda Via".

Ou seja: é preciso desidratar e afastar Bolsonaro, deixando o caminho livre para uma candidatura que possa enfrentar Lula em 2022.

Privatização da Eletrobras e o crime da Vale

Por Pedro Carrano, no jornal Brasil de Fato:

O governo Bolsonaro, e setores que o apoiam, aprovaram no Congresso Nacional a privatização da Eletrobras, por 258 votos a 136. Se o que foi decidido for concretizado será um das maiores roubos da nossa História.

Essa iniciativa se acelera em um momento de crise econômica, quando a economia necessita de investimentos, sobretudo a partir do Estado, e o governo de características neofascistas entrega à burguesia uma empresa lucrativa que repassa cerca de R$ 19 bilhões à União anualmente, de acordo com estudo do Dieese. Na mesma rota o governo pretende também entregar a lucrativa empresa dos Correios.

Há algo de podre no Palácio do Planalto

Por Adilson Araújo, no site da CTB:


Jair Bolsonaro é um farsante cujas máscaras estão caindo, uma a uma. É público e notório que ele se elegeu sob a bandeira do combate à corrupção, que serviu de senha também para a deflagração do golpe de Estado de 2016 e, na sequência, a prisão de Lula em abril de 2018.

Mas o Clã Bolsonaro, com destaque para o presidente e os três rebentos, sempre esteve envolvido em transações nebulosas, contando nisto inclusive fortes indícios de envolvimento com a milícia carioca e o assassinato da vereadora Marielle Franco. Os escândalos do senador da rachadinha Flavio Bolsonaro são famosos e ocupam recorrentemente farto espaço na mídia.

Neste momento, enquanto avança a investigação da CPI da covid, vêm à tona abundantes sinais de um crime de corrupção que provavelmente será julgado como ainda mais revoltante, ruinoso e sórdido, uma vez que envolve a compra de vacinas e não só o dinheiro mas também a saúde e a vida do povo brasileiro no âmbito de uma política sanitária genocida.