quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Janot aprovado e Aécio irritado

Por Altamiro Borges

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (26) a mensagem presidencial que recomendou a permanência do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por mais dois anos no cargo. A sabatina durou mais de dez horas e terminou com o folgado placar de 26 votos favoráveis e um contrário. Logo na sequência, o plenário do Senado confirmou, por 59 votos a favor, 12 contra e uma abstenção, a recondução de Rodrigo Janot. No meio dos acalorados debates, uma cena quase passou desapercebida pela mídia tucana. O cambaleante Aécio Neves ficou histérico quando o procurador-geral foi criticado por não incluir o seu nome na midiática Operação Lava-Jato.

Nós não vamos invadir sua praia

Por Jandira Feghali, no Jornal do Brasil:

O pensamento de que as praias são o espaço mais democrático de qualquer cidade cai por terra a cada investida da visão preconceituosa e militarizada do Estado. Numa ação recente no Rio de Janeiro de espírito segregador, jovens negros e pobres foram retirados à força de um ônibus que partia em direção a uma praia da Zona Sul. Mais um ato patrocinado pelo Governo do Rio que nos enche de vergonha e revolta.

Youssef confirma o crime da 'Veja'

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:



Pouca gente notou uma coisa.

O depoimento de ontem do doleiro Youssef desmascarou o crime jornalístico da Veja às vésperas das eleições.

Lembremos.

A Veja deu no sábado, um dia antes do turno decisivo, uma capa em que afirmava que Dilma e Lula sabiam de tudo no escândalo da Petrobras.

Youssef no país dos adivinhos

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Mauro Santayana, em seu blog:

O principal fato da sessão desta terça-feira, da prevista “acareação” entre os “delatores premiados” Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, na CPI da Petrobras, da Câmara dos Deputados, talvez não mereça muito espaço nas manchetes desta quarta.

Não bastando o constante vazamento, quase sempre seletivo, sobre suposições, ilações, delações “premiadas”, subjetivas, inaugurou-se ontem, no âmbito da Operação Lava-Jato - em mais um exemplo de que o uso do cachimbo faz a boca torta - o instituto do “vazamento futuro” de delações, ilações, suposições, em um espetáculo onde quase tudo é suposto e subjetivo, menos o alvo final do processo.

Gilmar assume lugar da oposição perdida

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Gilmar Mendes conseguiu. No vazio deixado pela oposição oficial, mais perdida do que nunca, o ministro do STF indicado por FHC assumiu o papel de principal adversário do governo petista, que já foi do todo poderoso Eduardo Cunha, presidente da Câmara, antes deste ser denunciado por corrupção pela Operação Lava Jato.

Os dois costumam atuar em sintonia, como no caso do financiamento privado de campanhas eleitorais, mas agora o magistrado assumiu o protagonismo e nem disfarça mais seu objetivo: anular o resultado das eleições presidenciais do ano passado.

Tucanos tentam golpe via TSE

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Ninguém merece!

Quando achávamos que teríamos um pouco de paz, que haveria, finalmente, um pouco de respeito ao voto e à soberania popular, a serpente golpista volta a tentar morder o tornozelo da nossa democracia.

Fracassados em sua primeira arremetida, os golpistas voltaram a atacar em duas frentes, ambas patrocinadas por Gilmar Mendes, ministro do STF e do TSE.

A praia não tem cor nem classe social

Por Jean Wyllys, na revista CartaCapital:

O racismo, mal que afeta as relações sociais e produz sofrimento às suas vítimas, apresenta-se muitas vezes implícito, disfarçado, não assumido, mas, ao mesmo tempo, com uma força performativa que vai muito além do episódio específico em que se manifesta. De todas as faces do racismo com as quais convivemos, as piores não se expressam na prática individual, no ato pessoal equivocado, por estupidez, ignorância ou má fé: as formas mais graves de racismo são praticadas institucionalmente.

Aécio "never", mesmo com propina

Por Esmael Morais, em seu blog:

O Brasil amanheceu perplexo nesta quarta-feira (26) diante do cinismo da velha mídia partidária, braço da difamação e de ataque do PSDB em todo o território nacional, e cabo eleitoral em campanha antecipada pelo tucanato em 2018.

O doleiro do PSDB e delator na Lava Jato, Alberto Youssef, revelou ontem (25) na CPI da Petrobras que o senador tucano Aécio Neves (MG) recebeu propina de Furnas (clique aqui para assistir ao vídeo).

TSE dá novo fôlego aos golpistas

Por Altamiro Borges

Os jornalões desta quarta-feira (26) deram manchetes garrafais à decisão do Tribunal Superior Eleitoral de investigar as contas da campanha da atual presidenta. No Estadão: “Maioria do TSE decide reabrir ação que pede cassação de Dilma”. Na Folha: “Maioria do TSE vota por investigação da campanha de Dilma”. Já o Globo destilou outro veneno (“Dilma volta a liberar verba para conter crise política”), mas também estampou na capa a inesperada decisão do TSE. Na semana retrasada, o mesmo órgão decidiu arquivar o inflamável tema. Não havia provas concretas de irregularidades e uma apuração mais séria exigiria analisar as contas de todos os presidenciáveis – inclusive as do cambaleante Aécio Neves. Agora, o TSE muda abruptamente de posição e volta a excitar os golpistas que pregam o impeachment de Dilma. O que mudou nestas duas semanas?

Corte de ministérios: cedência inócua!

Por Altamiro Borges

Bombardeada por todos os lados - agravamento da crise econômica, frágil base parlamentar, marchas golpistas, cruzada midiática, Lava-Jato, entre outros obstáculos -, a presidenta Dilma já fez inúmeras cedências para sobreviver. Para acalmar o "deus-mercado" e garantir governabilidade, ela montou um ministério esquizofrênico e baixou medidas de ajuste fiscal. Nada acalmou as forças oposicionistas e golpistas. Agora, em mais um gesto que tende a ser inócuo, o governo anuncia a redução do número de ministérios - de 39 para 29 - e o corte de mil cargos comissionados. A medida terá baixo impacto nas contas públicas, agravará as contradições com os partidos aliados, desagradará os movimentos sociais e ainda será sabotada e ridicularizada pela oposição midiática e partidária.    

Aécio e a prova do pudim da Lava Jato

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Todos os jornais impressos esconderam a declaração do doleiro Alberto Yousseff à CPI da Petrobras, de que o senador Aécio Neves recebia US$ 150 mil mensais de Furnas.

Após o impeachment de Fernando Collor, um jornal se vangloriou de não ter escondido seu passado: a Folha de S.Paulo. Essa atitude ajudou a pavimentar sua reputação pelos anos 90 a fora.

Agora, todos os jornais brasileiros se calaram, inclusive a Folha. Mesmo depois dos serviços online - que não haviam sido enquadrados - terem dado a notícia que, àquela altura, já tinha transbordado para o mundo.

Youssef e a pluralidade da imprensa

Por Geraldo Galindo

O jornal O Estado de Minas, porta voz do conservadorismo mineiro, reprodutor do discurso oposicionista ao governo federal e estadual, sempre esteve a serviço das elites reacionárias de nosso país. Na última campanha eleitoral, para quem acompanhou, mais parecia um panfleto de campanha do PSDB. O periódico, assim como seus similares em outras capitais, repete o surrado discurso da defesa da pluralidade e da chamada liberdade de imprensa, liberdade essa usada para proteger correligionários e atacar, achincalhar e desmoralizar aqueles que ousam pensar e expressar opiniões diferentes.

Um texto magistral em O Globo

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Quando comecei a trabalhar na “Folha de S. Paulo” (foi meu primeiro emprego, há exatos 25 anos), manifestei os primeiros sinais de desânimo com a profissão que abraçara. Foi então que recebi de uma amiga – historiadora – um pequeno cartão, com a frase de Tzvetan Todorov:

“A boa informação é o melhor meio de estabelecer o poder (…) Aqueles que não se preocupam em saber, assim como os que se abstêm de informar são culpados diante de sua sociedade; ou para dizê-lo em termos positivos, a função de informar é uma função social essencial”.

Globo e UOL tentam salvar Aécio

Do blog Viomundo:

Em seu depoimento à CPI da Petrobras, hoje [25], o doleiro Alberto Youssef confirmou acusação que havia feito anteriormente segundo a qual o hoje senador Aécio Neves recebeu dinheiro de propina no esquema de Furnas.

Também foi repetida a denúncia de que o ex-presidente do PSDB, Sergio Guerra, já falecido, recebeu R$ 10 milhões para trabalhar contra a criação de uma CPI da Petrobras.

O Jornal Nacional não incluiu as falas sobre Aécio e Guerra em sua reportagem. Preferiu focar em Antonio Palocci e Dilma Rousseff, ambos petistas.

Deu uma nota sobre o assunto, sem imagens, depois da reportagem - enfatizando a defesa do senador tucano.



A resposta de Laerte a Reinaldo Azevedo

Da revista Fórum:

Na última segunda-feira (24), Reinaldo Azevedo utilizou seu blog no site da revista Veja para publicar um texto extremamente transfóbico e ofensivo sobre à cartunista Laerte. O colunista, na tentativa de criticar charge produzida por ela e publicada pela Folha de S. Paulo, trata a artista no masculino e a chama, entre outros incontáveis insultos, de “farsante”, “baranga”, “falsa senhora” e “homem-mulher”.

Nesta terça-feira, Laerte publicou, em seu Facebook, resposta genial ao post de Azevedo. Confira:

PSDB garfou R$ 10 milhões para abafar CPI

Do site Vermelho:

Durante a acareação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa reafirmaram ter sido feito pagamento de R$ 10 milhões ao PSDB para evitar uma CPI no Congresso, em 2009.

Segundo os delatores, a propina foi paga para esvaziar uma CPI criada para investigar a Petrobras. Segundo Youssef, o valor de R$ 10 milhões foi pago pela empreiteira Camargo Correia ao então presidente do PSDB, Sérgio Guerra, morto em 2014.

A mediocridade faz a festa

Por Roberto Amaral, em seu blog

As consequências do processo batizado de Lava Jato não resolverão os problemas fundamentais do Brasil, nem nos livrarão dos gargalos que dificultam o desenvolvimento e acirram injustiças sociais. Mas oferecerão, aos que vierem depois, melhores condições de defesa do erário e de combate à corrupção.

E contribuirão mesmo para o processo democrático ao acenar com o fim (redução, sejamos mais precisos) da impunidade daqueles que sempre se julgaram acima das leis.

Youssef confirma propina a Aécio Neves