terça-feira, 17 de março de 2020

CNBB, OAB e ABI se unem. Bolsonaro se isola!

Petardo: A estranha morte de Bebianno

Fotos: Instagram/Gustavo Bebianno
Por Altamiro Borges

A morte súbita do ex-bolsonarista Gustavo Bebianno – que sofreu um infarto no sábado (14) em seu sítio em Teresópolis – causou estranhamento. Ele presidiu o PSL, coordenou a campanha do "capetão", virou ministro no laranjal, mas não durou muito tempo no cargo. Foi defenestrado e virou alvo do ódio do clã Bolsonaro.

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Para o empresário Paulo Marinho, outro ex-bolsonarista, a morte de Bebianno decorreu das tensões políticas com o clã Bolsonaro. Recentemente, os dois inclusive deixaram o PSL e ingressaram no PSDB. "Eu perdi um irmão. Gustavo morreu de tristeza por tudo que ele passou", garante Marinho.

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No mesmo rumo, o senador Major Olímpio (PSL-SP) acha que o infarto tem relação com a tensão política dos últimos meses. "Bebianno teve um papel decisivo e foi fundamental para a eleição de 2018. Foi injustiçado e emotivo como era, ele agonizava a cada dia com a tristeza da execração pública não merecida".

Bolsonaro cairá por desequilíbrio emocional?

Pacote de Guedes não protege empregos

Coronavírus e a falta de liderança

Histérico está você, Bolsonaro

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Nesta terça-feira em que morreu o primeiro brasileiro contagiado pelo novo Coronavírus, o presidente da República voltou a discordar das medidas de combate ao vírus, acusando os governadores de provocarem uma retração da economia, que a seu ver “estava indo bem”, embora os sinais de crise e desconfiança precedam a chegada do vírus ao pais. Na entrevista de hoje à Radio Tupi, referiu-se mais uma vez a uma “histeria” que a seu ver será danosa ao país.

Uma mensagem para Bolsonaro e Guedes

Por Paulo Gil Souza e Amir Khair, no site da Fundação Perseu Abramo:

Colocar a responsabilidade no Congresso e no STF foi a forma encontrada por Bolsonaro para explicar o fracasso do seu governo. No divulgar e participar das manifestações do domingo, o presidente passou por cima das recomendações de infectologistas e do próprio Ministério da Saúde. Bolsonaro colocou seus interesses políticos acima da saúde pública.

Na semana retrasada, frente a uma grave crise econômica e de saúde pública, Paulo Guedes apresentou a parlamentares uma agenda de reformas no mesmo sentido das já implementadas, no ajuste das contas públicas via o corte indiscriminado de despesas.

Direita politiza o vírus e mostra estupidez

Por Igor Carvalho, no jornal Brasil de Fato:

Enquanto o coronavírus se alastra pelo mundo, na boca do presidente brasileiro o tema é tratado com chacota e desprezo. “Eu faço 65 anos daqui a quatro dias. Vai ter uma festinha tradicional aqui. Até porque eu faço aniversário dia 21 e minha esposa dia 22. São dois dias de festa aqui”, afirmou Jair Bolsonaro, fazendo troça com a epidemia que assusta o mundo.

No último domingo (15), o presidente já havia contrariado as orientações médicas, inclusive de seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e participou das manifestações contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro deveria evitar o contato com a população, de acordo com especialistas, por carregar a suspeita de que esteja contaminado pelo coronavírus. Um novo exame foi feito nesta terça-feira (17) para confirmar, ou descartar, a possibilidade.

A embromação de Paulo Guedes

Por José Luis Oreiro, no site A terra é redonda:

Na noite do dia 16 de março, sua majestade o czar da economia brasileira anunciou seu plano de enfrentamento da crise do coronavírus. Sua apresentação de incríveis seis, isso mesmo, seis slides (onde o primeiro é a capa) já mostra o grau de despreparo do maior enrolador da história da República. No primeiro slide vemos “medidas estruturantes” onde se inclui “pacto federativo”, “PL da Eletrobrás” e “Plano Mansueto”, seja lá o que isso signifique.

Janaína Paschoal e seu ‘bebê de Rosemary’

Por Fernando Brito, em seu blog:

A ex-quase-vice de Jair Bolsonaro, Janaína Paschoal, foi à tribuna da Assembleia Legislativa de São Paulo pedir o afastamento do dito cujo da Presidência, como se vê no vídeo [aqui].

Disse que se arrependeu de seu voto, mas não disse – e nem acha – que se arrependeu de seu golpe, lá onde tudo isso nasceu. Onde se concebeu o Bebê de Rosemary que está na Presidência da República.

Pois Jair não foi, afinal, a encarnação do mal que se gerou pela epidemia do moronavírus que contaminou o Brasil?

Ao contrário do coronavírus, aquele atacou as funções cerebrais de boa parte dos brasileiros – aparentemente as dela também, colocando em curto-circuito as sinapses nervosas – e os levou à mais colérica selvageria.

Bolsonaro aumentou ameaça ditatorial

Por Jeferson Miola, em seu blog:                   

A ameaça de avanço ditatorial no Brasil está no ar; é bem palpável. É preciso atentar para essa realidade urgentemente.

Bolsonaro repete com êxito a estratégia de Mussolini e de Hitler de esgarçar a ordem vigente até o limite máximo de elasticidade do sistema. Quando finalmente atingir o ponto de ruptura, consuma o golpe institucional e instala uma ditadura. Tudo feito, naturalmente, dentro da chamada “normalidade institucional” [aqui].

No mesmo dia em que os presidentes da CNBB, OAB, ABI e Comissão Arns publicaram o histórico apelo Em defesa da democracia na Folha de São Paulo e afirmaram ser “urgente neutralizar e vencer as ameaças às instituições”, Jair Bolsonaro propagou em tempo real, na conta oficial da Presidência da República no twitter, os atos promovidos pela matilha bolsonarista pedindo o fechamento do Congresso e do STF.

Apesar de Bolsonaro, Brasil vencerá pandemia

Editorial do site Vermelho:

A humanidade enfrenta uma das piores pandemias da história recente. Milhares de vidas já foram ceifadas. A economia mundial, que há mais de uma década já se encontrava estruturalmente combalida pela crise do capitalismo, agora, impactada por esse fator, provavelmente irá mergulhar em nova recessão.

Diante dessa dramática circunstância, os governos pelo mundo afora buscam construir convergências entre todos os Poderes, conscientizar e mobilizar o seu povo, para enfrentar e vencer a pandemia de Covid 19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

Nesse sentido, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez um apelo enfático para que todos se empenhem nesta histórica empreitada.