sábado, 1 de julho de 2017

Abono salarial e Bolsa Família: mais maldades

Por Altamiro Borges

Enquanto não é apeado do poder – apesar das graves denúncias de corrupção e da crescente rejeição constatada nas pesquisas –, o odiado Michel Temer prossegue com as suas maldades. Para agradar a cloaca empresarial e os rentistas, que financiaram o “golpe dos corruptos”, ele ferra os trabalhadores sem dó nem piedade. Neste sábado (1), o Estadão informou que o covil golpista já estuda extinguir o abono salarial. “Se a votação da reforma da Previdência naufragar no Congresso Nacional, a equipe econômica trabalha com uma alternativa para cortar despesas e garantir o cumprimento do teto de gastos e a volta de superávits primários nas contas públicas. A ideia é acabar com o pagamento do abono salarial”, garante a jornalista Adriana Fernandes.

Temer e Lava-Jato conduzem país à ruína

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Até quando o empresariado brasileiro permanecerá mergulhado no delírio insano de que o governo Temer e suas “reformas” fazem bem à economia?

O Brasil está se autodestruindo a uma velocidade assustadora! Sob liderança de Temer, o governo está sendo conduzido, rapidamente, à ruína fiscal.

É justo dizer, todavia, que se trata de uma dobradinha entre Temer e Lava Jato.

Ambos trabalham com uma agenda afinada, apesar da briguinha pelo poder que vemos na política.

Aécio Neves, o STF e os inimputáveis

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

“Ah, se fosse petista”, pensam os brasileiros novamente ao ler a notícia de que o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), restabeleceu o exercício do mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e afastou todas as outras medidas restritivas implementadas contra ele (proibição de contatar outro investigado ou réu no processo e de ausentar-se do país). Cada vez mais se fortalece entre os cidadãos a impressão de que os tucanos não se encontram ao alcance da lei. São inimputáveis.

Aécio havia sido afastado do mandato em maio deste ano, quando o ministro Edson Fachin impôs ao senador medidas cautelares diversas da prisão por considerar presentes indícios da prática dos crimes decorrentes do acordo de delação premiada firmado entre pessoas ligadas ao Grupo J&F e o Ministério Público Federal. Fachin apontou a necessidade de “garantir a ordem pública e a instrução processual”. O candidato derrotado à presidência em 2014 havia sido flagrado pedindo dinheiro ao dono da JBS, Joesley Batista.

Fantasma do TRF4 assombra a Lava-Jato

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                            

A sentença do TRF4 anulando a condenação do juiz de 1ª instância Sergio Moro e absolvendo Vaccari, impôs à República de Curitiba sua maior derrota e mostra que algo de importante se move em relação ao conceito que o Judiciário e a sociedade fazem da Operação Lava Jato.

Mesmo que Moro seja mais Moro do que nunca ao não cumprir o alvará de soltura, alegando que Vaccari responde a outros processos e por isso deve ser mantido encarcerado, há fortes indícios de que a aceitação bovina de seus métodos faz água por todos os lados.

Além de caber à perfeição no modelo inaceitável em termos republicanos de juiz com coloração partidária, e que não hesita em perseguir seus adversários políticos, Moro revela mais uma vez não possuir a menor compaixão e senso de humanidade diante de presos que não negociam a dignidade e não se enlameiam no pântano das delações premiadas.

Superávit primário e dívida pública

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

Um dos pilares de toda a política econômica orientada pelo poder do sistema financeiro há várias décadas se assenta na geração continuada do chamado “superávit primário”. O discurso chega ao grande público baseado naquela conhecida lengalenga da comparação esdrúxula entre a dinâmica da economia de uma Nação e os problemas enfrentados pelo casal na organização da economia familiar doméstica.

Seja pelas falas que Lula afirmava manter com Dona Marisa, seja pelas conversas de Temer com a esposa Marcela, o fato é que a imprensa sempre repercute a ideia de que “não se pode gastar mais do que se recebe no mês”. Com isso, surge a tentativa de criminalização de qualquer inciativa de estabelecer políticas públicas que impliquem aumento dos gastos do Estado. É claro que a política econômica deve buscar algum tipo de equilíbrio e responsabilidade no longo prazo. No entanto, isso não significa que toda medida que envolva elevação de gasto orçamentário deva ser encarada do mesmo modo.

O golpe contra a reforma agrária

Temer, Cunha, Aécio e o ranking dos odiados

Por Juliana Gonçalves, no site The Intercept-Brasil:

O presidente Michel Temer segue alcançando altos índices. Entre os “desaplaudidos” da política nacional, está no topo do pódio com 93% de reprovação. Apenas 3% da população aprova o governo. O restante preferiu não opinar. Os números são da pesquisa Ipsos, divulgada nesta quinta-feira (29). Mas a disputa no ranking dos mais odiados foi acirrada. Na sequência, estão Eduardo Cunha (92%) e Aécio Neves (91%).

Com margem de erro de 3%, a pesquisa Pulso Brasil foi realizada com base na primeira quinzena de junho e analisou a atuação de 32 personalidades públicas e políticas. Os números apresentam os impactos da delação da JBS na política nacional: Aécio Neves teve alta de 14 pontos percentuais no índice de desaprovação sobre a edição anterior.



A reforma trabalhista fere a democracia

Editorial do site Vermelho:

A contra-reforma trabalhista que o governo do usurpador Michel Temer se empenha em impor ao país - e foi aprovada, na quarta-feira (28) pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, por 16 votos a 9 e uma abstenção, não fere apenas os direitos dos trabalhadores.

O PLC 38/2017, da ‘reforma” trabalhista, é - como as demais “reformas” reacionárias propostas por Temer - um grave atentado contra a democracia e os direitos do povo.

A “reforma” que a direita tenta impor – e será submetida agora ao plenário do Senado - afeta negativamente a democracia e também, fortemente, os direitos sociais e civis da democracia, assegurados pela Constituição de 1988, que fica gravemente desfigurada pelas mudanças restritivas impostas pelo governo da direita.

Milhares aderem à "greve por direitos"

Av. Paulista, São Paulo, 30/6/17. Foto: Mídia Ninja
Do jornal Brasil de Fato:

Em todo o país, milhares de pessoas se mobilizaram nesta sexta-feira (30) no dia da Greve por Direitos. Movimentos populares e centrais sindicais que integram as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo organizaram diversos atos pelo país. Os trabalhadores ocuparam, desde cedo, vias e rodovias em mais de uma centena de cidades brasileiras.

Os atos criticavam as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo golpista de Michel Temer, pediam a saída do peemedebista aos gritos de Fora, Temer! e clamavam por eleições gerais e diretas.

A blogosfera e o genial Paulo Nogueira

Por Renato Rovai, em seu blog:

A primeira notícia desta manhã chegou carregada de tristeza. Paulo Nogueira, do DCM, morreu. Não o tive como um amigo próximo (infelizmente) e o encontrei pessoalmente apenas uma vez com ele, quando visitou minha casa numa reunião de blogueiros. Mas o tinha como amigo. Como companheiro de batalha. E o admirava como um irmão mais velho que tinha tido a coragem de enfrentar os conglomerados midiáticos para os quais trabalhou por muito tempo quando a porta da internet abriu novas possibilidades aos jornalistas.

Anteontem, sem saber que ele estava doente, lhe enviei um inbox solicitando uma entrevista para o meu doutorado. A minha tese vai tratar da história do jornalismo digital. Queria conversar com o Paulo sobre os meandros da criação do DCM e lhe ouvir sobre as mudanças que identificava na profissão desde a criação dos primeiros portais no Brasil até os dias atuais. Infelizmente ficamos sem isso.

Temer-Gilmar e o golpe na delação da JBS

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Na luta para escapar da acusação de corrupto e de uma futura condenação à prisão, Michel Temer quer anular a delação do criminoso empresário Joesley Batista. Um de seus planos já está na praça pela voz do amigo Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). E precisa da participação decisiva da pessoa que acaba de escolher como sua investigadora, Raquel Dodge, a qual usou o “homem da mala” como ponte com o Palácio do Planalto.

Mendes (ou melhor, Temer) quer anular o acordo de Batista com a Procuradoria-Geral da República (PGR) caracterizando o empresário e sua JBS-Friboi como líderes de organização criminosa. A Lei da Delação (12.850, de 2013) proíbe que seja dada anistia total a chefes de quadrilha. O acordo de Batista com a PGR é camarada, prevê anistia total, sonho de qualquer delinquente.

Aécio Neves e a casta política no país

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

“Mandato parlamentar é coisa séria e não se mexe, impunemente, em suas prerrogativas”, disse o ministro do Supremo Marco Aurélio Mello ao devolver o mandato de senador a Aécio Neves, quem tinha sido afastado do Senado pelo ministro Edson Fachin em maio.

O ministro Marco Aurélio ainda devolveu ao tucano todas as prerrogativas que lhe haviam sido suspensas por ordem de Fachin, tais como manter contato com outros investigados, testemunhas e, até, deixar o país.

De repente, nada aconteceu na vida de Aécio Neves. Gravações em áudio e vídeo, lista de nomes e valores apreendida em sua casa com a sigla CX.2 grafada no alto da página… Tudo isso desapareceu (!?)