Em vídeo postado nesta semana na internet, o deputado federal Jair Bolsonaro aparece todo risonho festejando o fato de não ter sido citado na corrosiva "Lista de Fachin", o ministro relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). No seu estilo fascista, o provocador finge disparar tiros contra os adversários políticos que foram delatados pelos lobistas da Odebrecht. A aparente alegria, porém, pode esconder um baita medo. Afinal, o Partido Social Cristão (PSC), que ajudou a bancar a sua eleição, também está envolvido no milionário esquema de propina da empreiteira. Jair Bolsonaro, um velho oportunista, agora detona a legenda, mas esconde que em maio do ano passado foi "batizado" pelo Pastor Everaldo em pleno Rio Jordão, em Israel. Qual foi o custo do ritual "religioso"?
sexta-feira, 14 de abril de 2017
Mídia internacional “enterra” Temer
Enquanto a mídia brasileira – em especial, a TV Globo – distorce a cobertura sobre a “Lista de Fachin”, dando maiores espaços às acusações contra o ex-presidente Lula, a imprensa internacional já percebeu que as bombásticas delações dos chefões da Odebrecht inviabilizaram de vez o covil golpista de Michel Temer. Nesta quinta-feira (13), os principais veículos estrangeiros registraram que as novas denúncias de corrupção devem paralisar a já capenga economia nativa, dificultar as contrarreformas dos golpistas e abalar ainda mais a já baixa popularidade do usurpador. Alguns deles inclusive já preveem o enterro do Judas.
Globo, Odebrecht e a "sociedade privada"
Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:
No minuto 12:45, Emílio Odebrecht menciona a organização, pela Odebrecht, de uma “sociedade privada”, com participação da Globo, com objetivo de fazer lobby pela privatização da telefonia pública e pela quebra do monopólio do Estado no setor de petróleo.
É um lobby diretamente ligado ao financiamento político do PSDB e do governo FHC.
A delação de Emílio Odebrecht está muito interessante. O empresário é um contraste chocante com os burocratas do Ministério Público, que não tem a mínima ideia de como funciona a vida real no mundo da política e dos negócios.
Quem é Accioly, o amigo de Aécio Neves?
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Em seu depoimento à Lava Jato, Henrique Serrado do Prado Valladares, ex-vice-presidente da Odebrecht, contou que Aécio Neves recebeu R$ 50 milhões em troca de apoio ao consórcio da Odebrecht com a Andrade Gutierrez que disputou o leilão das usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira.
O dinheiro teria sido depositado numa conta secreta em Cingapura em nome do empresário Alexandre Accioly, dono da academia BodyTech e velho amigo de Aécio - é padrinho de um de seus filhos.
Numa passagem, Valladares fala que encontrou os dois num restaurante no Rio de Janeiro. Estavam em companhia de Diogo Mainardi, um dos donos do blog Antagonista, vazador oficial da Lava Jato.
O dinheiro teria sido depositado numa conta secreta em Cingapura em nome do empresário Alexandre Accioly, dono da academia BodyTech e velho amigo de Aécio - é padrinho de um de seus filhos.
Numa passagem, Valladares fala que encontrou os dois num restaurante no Rio de Janeiro. Estavam em companhia de Diogo Mainardi, um dos donos do blog Antagonista, vazador oficial da Lava Jato.
Emílio Odebrecht e a hipocrisia da mídia
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Separei e editei um trecho do depoimento do velho Emílio Odebrecht, onde se diz o que não li, com todas as letras, escrito em nenhum dos jornais e revistas, embora seja uma absoluta verdade.
É o que ele fala, e com conhecimento óbvio de causa, sobre os métodos de funcionamento do sistema político brasileiro e o conhecimento geral de todos na mídia e no Judiciário, sobre como ele funciona.
Funciona – no presente, não no passado – e funcionará, porque as mudanças que se tende a fazer são para liberar o dinheiro privado – desde que “legalmente”, o que não tira dele a condição “mágica” de dinheiro – e a destruição do sistema partidário, que há muito vem sendo construída com a proliferação de siglas de conveniência, que custam dinheiro e valem maioria e tempo de televisão.
Separei e editei um trecho do depoimento do velho Emílio Odebrecht, onde se diz o que não li, com todas as letras, escrito em nenhum dos jornais e revistas, embora seja uma absoluta verdade.
É o que ele fala, e com conhecimento óbvio de causa, sobre os métodos de funcionamento do sistema político brasileiro e o conhecimento geral de todos na mídia e no Judiciário, sobre como ele funciona.
Funciona – no presente, não no passado – e funcionará, porque as mudanças que se tende a fazer são para liberar o dinheiro privado – desde que “legalmente”, o que não tira dele a condição “mágica” de dinheiro – e a destruição do sistema partidário, que há muito vem sendo construída com a proliferação de siglas de conveniência, que custam dinheiro e valem maioria e tempo de televisão.
Marqueteiro de Aécio fez site do Mainardi
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
O senador Aécio Neves (MG), quando foi candidato do PSDB à Presidência da República, em 2014, contratou o marqueteiro Paulo Vasconcelos.
Em 2002 e 2006, o tucano fez suas campanhas ao governo de Minas, ambas vitoriosas.
Em 2010, coordenou as campanhas de Aécio ao Senado e Antônio Anastasia ao governo de Minas.
Foi o responsável pela propaganda eleitoral de Márcio Lacerda (PSB), prefeito de Belo Horizonte e parceiro dos tucanos, em 2008.
O senador Aécio Neves (MG), quando foi candidato do PSDB à Presidência da República, em 2014, contratou o marqueteiro Paulo Vasconcelos.
Em 2002 e 2006, o tucano fez suas campanhas ao governo de Minas, ambas vitoriosas.
Em 2010, coordenou as campanhas de Aécio ao Senado e Antônio Anastasia ao governo de Minas.
Foi o responsável pela propaganda eleitoral de Márcio Lacerda (PSB), prefeito de Belo Horizonte e parceiro dos tucanos, em 2008.
Serra e os milhões em propina da Odebrecht
Por Cíntia Alves, no Jornal GGN:
A divulgação estrondosa da lista de Fachin, jogando no mesmo balaio todos os políticos citados em delações da Odebrecht que serão investigados com autorização do Supremo Tribunal Federal, misturou tubarão com peixe de aquário e tirou a devida atenção de casos como o de José Serra.
Sete delatores disseram à Lava Jato que o tucano negociou, ao longo dos últimos anos, mais de R$ 30 milhões em propina para abastecer, principalmente, suas campanhas eleitorais. Mas há casos de repasses a afilhados políticos do PSDB.
Sete delatores disseram à Lava Jato que o tucano negociou, ao longo dos últimos anos, mais de R$ 30 milhões em propina para abastecer, principalmente, suas campanhas eleitorais. Mas há casos de repasses a afilhados políticos do PSDB.
CARF versus Itaú: Escândalo do financismo
Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:
A seletividade e a parcialidade com que os grandes meios de comunicação tratam as decisões de política econômica em nossas terras são impressionantes. Apesar de já estarmos habituados a essa forma peculiar de (des)tratar a realidade do dinheiro e dos negócios, a cada nova semana parece que as “famiglie” da grande imprensa tentam se esmerar ainda mais nessa busca incansável pelo absurdo.
No mesmo dia em que enchem as telas e páginas com informações privilegiadamente vazadas de forma criminosa pelo Ministério Público e pelo Judiciário a respeito da delação premiada de Marcelo Odebrecht, os oligopólios dos jornais e televisão se esquecem de noticiar um escândalo de R$ 25 bilhões na esfera do Ministério da Fazenda. No mesmo dia em que, mais uma vez, entulham os leitores com as ameaças lançadas por Meirelles e Temer a respeito de uma suposta catástrofe nacional caso a Reforma Previdência não venha a ser aprovada, as empresas de Marinho, Civita, Frias, Mesquita i altri não mencionam uma peculiar decisão do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF).
A seletividade e a parcialidade com que os grandes meios de comunicação tratam as decisões de política econômica em nossas terras são impressionantes. Apesar de já estarmos habituados a essa forma peculiar de (des)tratar a realidade do dinheiro e dos negócios, a cada nova semana parece que as “famiglie” da grande imprensa tentam se esmerar ainda mais nessa busca incansável pelo absurdo.
No mesmo dia em que enchem as telas e páginas com informações privilegiadamente vazadas de forma criminosa pelo Ministério Público e pelo Judiciário a respeito da delação premiada de Marcelo Odebrecht, os oligopólios dos jornais e televisão se esquecem de noticiar um escândalo de R$ 25 bilhões na esfera do Ministério da Fazenda. No mesmo dia em que, mais uma vez, entulham os leitores com as ameaças lançadas por Meirelles e Temer a respeito de uma suposta catástrofe nacional caso a Reforma Previdência não venha a ser aprovada, as empresas de Marinho, Civita, Frias, Mesquita i altri não mencionam uma peculiar decisão do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF).
Temer "capitaneava" esquema do PMDB
A maior ironia da crise em seu atual grau de fervura, depois da lista de Fachin, está no fato de Michel Temer estar blindado pelo cargo que, com o golpe, tomou de Dilma Rousseff. Apesar das graves denúncias contra ele, com destaque para a participação numa reunião que acertou propina de US$ 40 milhões, que hoje seriam mais de R$ 120 milhões, Temer não pode ser investigado por atos que antecederam seu mandato. “Por ora”, diz textualmente o procurador-geral Rodrigo Janot em sua petição ao Supremo, na qual afirma que Temer “capitaneava” o esquema de propinas para o PMDB.
Diogo Mainardi e a 'Cingapura Connection'
O depoimento de Henrique Valladares, ex-vice-presidente da Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato, tem uma série de implicações.
Em primeiro lugar, atinge Aécio Neves: de acordo com Valladares, o Mineirinho recebeu R$ 50 milhões da Odebrecht e da Andrade Gutierrez. A grana teria sido embolsada numa conta secreta em Cingapura (porque os tucanos são contra a corrupção no Brasil), em nome do empresário Alexandre Accioly.
Accioly, aliás, é personagem de outro ponto do depoimento. Valladares cita que o empresário participou de um jantar no restaurante Gero, no Rio de Janeiro, com o próprio Aécio Neves e o jornalista (segundo as definições de Sergio Moro) Diogo Mainardi.
Vídeo Sob Demanda: quem vai regular?
Foto: Felipe Bianchi/Barão de Itararé |
Diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Manoel Rangel visitou o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé nesta quarta-feira (12) para discutir o cenário e os desafios colocados para o audiovisual. Segundo ele, desde 2002, as políticas públicas de regulação e fomento ajudaram a estruturar e fortalecer bastante o setor. A fronteira tecnológica ainda não regulada, que diz respeito aos serviços de Vídeo Sob Demanda (VOD), é a bola da vez.
“Até 2002, predominava a ideia de que a política de audiovisual tinha de ser voltada à empresas, produtores e, basicamente, ao mercado. A partir dali, assumimos que a política de audiovisual deve ser voltada à sociedade”, avalia Rangel. Essa concepção resultou em avanços significativos para o setor, em forma de leis e programas que, em última análise, elevaram a outro patamar o mercado audiovisual brasileiro.
A crise política e a distopia tropical
Por Olímpio Cruz Neto
O país já não se escandaliza nem reage aos desmandos cometidos, aqui e ali, pelos principais atores no centro do palco da política nacional. Caricatos, os homens que comandam a República fingem uma normalidade institucional que vulgariza a política e atropela o bom senso. Tudo em nome dos novos tempos e dos brados de uma redução fiscal que faça do Orçamento uma ponte para o século 19.
No Congresso, enfia-se goela abaixo do povo uma sucessão de reformas que destroem o futuro e fulmina as esperanças da construção de um país mais justo. No Judiciário, os principais agentes públicos – juízes e procuradores – trocam insultos e ofensas, sem ficarem ruborizados com as desfeitas cometidas em nome da Justiça, enquanto fingem não ver desfeitas e ilícitos confessados.
O país já não se escandaliza nem reage aos desmandos cometidos, aqui e ali, pelos principais atores no centro do palco da política nacional. Caricatos, os homens que comandam a República fingem uma normalidade institucional que vulgariza a política e atropela o bom senso. Tudo em nome dos novos tempos e dos brados de uma redução fiscal que faça do Orçamento uma ponte para o século 19.
No Congresso, enfia-se goela abaixo do povo uma sucessão de reformas que destroem o futuro e fulmina as esperanças da construção de um país mais justo. No Judiciário, os principais agentes públicos – juízes e procuradores – trocam insultos e ofensas, sem ficarem ruborizados com as desfeitas cometidas em nome da Justiça, enquanto fingem não ver desfeitas e ilícitos confessados.
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