quarta-feira, 5 de junho de 2019

Bolsonaro e o Brasil à deriva

Por Daniel Almeida

Os tropeços da política levaram ao recuo da economia. A incapacidade de Jair Bolsonaro agir em favor do Brasil, nos primeiros cinco meses de gestão, custa caro aos brasileiros: ameaça de recessão e de colapso social num país que já contabiliza 13,2 milhões de desempregados.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 0,2% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o período anterior, interrompendo a trajetória de recuperação, conforme o IBGE. É alarmante que a retração econômica tenha ocorrido exatamente nos setores mais dinâmicos da economia, como indústria e construção civil. Houve ainda desidratação dos investimentos. Apenas o segmento de serviços e o consumo do governo tiveram variações positivas. Outro dado preocupante é que as importações também variaram positivamente, revelando a dependência da economia nacional dos produtos de elevado valor agregado. Nesse cenário, especialistas apontam que as chances de o Brasil entrar em recessão técnica chegam a 70%.

Lula volta à cena e fará política pegar fogo

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Já é dada como certa a libertação parcial de Lula (regime semiaberto). Já existem até propostas de emprego para quando ele sair da prisão. Nas últimas 24 horas anteriores a esta matéria, o ex-presidente colheu uma série de vitórias políticas e jurídicas. Com Lula de volta e Bolsonaro em decadência, a cena política vai pegar fogo.

Matéria da Veja recém-divulgada relata que “A direção nacional do PT começou a receber ofertas de emprego para Lula, que em breve poderá ganhar o direito de trabalhar durante o dia e de só retornar à prisão para dormir, e também nos fins de semana”.


Propina no 'merchandising' de Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O empresário e apresentador Carlos Robertto Massa, que, na pele do Ratinho”, ontem recebeu para uma “entrevista amiga” o presidente da República embolsou R$ 268 mil da Presidência para ser a favor na reforma da Previdência.

Sem negativas, a apresentadora Luciana Gimenez recebeu também um valor não revelado para o mesmo fim.

Não que o “jabá” seja propriamente uma novidade nos meios de comunicação brasileiros.

Nem o de governos, programando mídia nos veículos segundo critérios políticos apenas.

A indústria da mentira de Bolsonaro e Guedes

Editorial do site Vermelho:

O soluço da produção industrial brasileira, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) oscilou positivamente 0,3% em abril após registrar grande queda em março, pouco influenciou no resultado negativo de 2,7% dos quatro primeiros meses do ano. Esse setor é o barômetro da economia, a base para o impulso no comércio, nos serviços e no consumo. Sua queda é o retrato mais emblemático da falência do modelo econômico dito privatista, que sempre pretendeu ser hegemônico desde que o Brasil aboliu a escravidão e que na sua fase neoliberal ganhou formas dogmáticas e sectárias.

Guedes e o fundamentalismo de Bolsonaro

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Volto ao tema da entrevista de Roberto Campos Neto ao Valor. Trata-se do mais expressivo depoimento de autoridade econômica de que tenho notícia, uma transparência ingenuamente exemplar, comprovando que a prioridade de Paulo Guedes jamais foi a de tirar o país da recessão, mas valer-se da destruição criadora da economia para impor suas preferências ideológicas..

Fake news e a educação para mídia

Do site da CUT-RS:

Com o objetivo de conhecer, entender e enfrentar as notícias falsas e mentirosas que vêm sendo disseminadas especialmente nas redes sociais, foi realizado na noite desta terça-feira (4) o painel Combate às Fake News, no auditório da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre.

Quem segura Bolsonaro é exército de ocupação

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Lula disse algo muito lúcido na sua entrevista à Folha de S.Paulo, mais ou menos o seguinte: enquanto os países europeus padecem ameaças às benesses conquistadas à sombra da democracia, no Brasil agredido pelas consequências do golpe de 2016, democracia na acepção completa e profunda jamais foi alcançada. Não somos por acaso o país da casa-grande e da senzala.

O ex-premier português José Sócrates, refinado político de longo curso e europeísta autêntico, enxerga com comedido otimismo o resultado das eleições europeias de domingo passado e eu digo salve, salve.

Golpe da Previdência não combate privilégios

Da Rede Brasil Atual:

O ex-ministro da Previdência Carlos Gabas classificou como “esdrúxulas” as comparações utilizadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para pressionar pela aprovação da proposta de “reforma” do governo. Em audiência na Câmara dos Deputados realizada ontem (4), Guedes afirmou que o Brasil é uma “baleia ferida” que parou de se mover, e que a aprovação das mudanças nas regras das aposentadorias seria a primeira medida para resolver os desequilíbrios fiscais no país.

Brasil não pode ficar de quatro para os EUA

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

“Esse país não pode ser governado batendo continência para o governo americano. Esse país não pode ser governado de quatro para os americanos. Esse governo está destruindo o país, envergonhando o país. A sociedade precisa readquirir o direito de se indignar”.

É o que afirma Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ao Tutaméia, feita em conjunto com o DCM, na superintendência da Polícia Federal em Curitiba na manhã desta quarta, 5 de junho. Durante duas horas, o ex-presidente Lula avaliou a cena política e econômica do Brasil e do mundo.

A verdadeira história dos erros futuros

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Carta Maior:

A verdade de um sistema errado é o erro. Para ser politicamente eficaz, este erro tem de ser incessantemente repetido, amplamente difundido e aceite pela população como a única verdade possível ou credível. Não se trata de uma qualquer repetição. É necessário que cada vez que o erro é posto em prática o seja como um ato inaugural – a verdade finalmente encontrada para resolver os problemas da sociedade. Não se trata de uma qualquer difusão. É necessário que o que se difunde seja percebido como algo com que naturalmente temos de estar de acordo. Não se trata, finalmente, de uma qualquer aceitação. É necessário que o que se aceita seja aceite para o bem de todos e que, se envolver algum sacrifício, ele seja o preço a pagar por um bem maior no futuro.

Lula Livre e a estranha lógica da mídia

Por Igor Felippe

A mídia de direita aborda nas suas matérias de forma redundante que a bandeira do Lula Livre está "descaracterizando" ou "instrumentalizando" os atos em defesa da educação. Seria um tipo de "apropriação indébita".

Estranho é que no Festival Lula Livre, no domingo, desfilou um bocado de artistas com simbologias do MST, do MTST e da UNE. A melhor imagem é Russo Passapusso com a bandeira da UNE na mão no encerramento do festival.

Seria a descaracterização do Lula Livre por outras bandeiras? Claro que não!