domingo, 19 de julho de 2020

Olavetes dão palestras e ocupam o Itamaraty

Por Altamiro Borges

Ernesto Araújo, o ministro das Relações Exteriores que idolatra o filósofo de orifícios Olavo de Carvalho, está destruindo a diplomacia brasileira – que já virou motivo de piada no exterior. A revista Época informa que o "influenciador bolsonarista que sugeriu a prisão de Gilmar Mendes dará palestra no Itamaraty".

Segundo a notinha, "Flávio Gordon dará palestra virtual nas redes da Fundação Alexandre Gusmão (Funag), o braço de estudos do Itamaraty. Ele falará sobre 'globalismo e comunismo'... Flávio Gordon tem um repertório vasto de impropérios publicados nas redes sociais". É um fascistoide aloprado e provocador.


Felipe Neto: deu no New York Times

CPMF de Guedes impacta os trabalhadores

Brumadinho tem aumento de casos de Covid

Os enganos sobre o platô do coronavírus

Os 60 dias de ocupação militar na Saúde

Bolsonaro e a montanha de infectados e mortos

Editorial do site Vermelho:

O Brasil ultrapassou a marca de dois milhões de infectados e de mais 77 mil mortos pelo novo coronavírus. Nestes dois marcadores o país é o segundo do mundo em números absolutos – só perde para os Estados Unidos –, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, e está na fase de alta transmissão, com forte letalidade.

O primeiro caso registrado no país ocorreu em 26 de fevereiro, chegou a 500 mil em 31 de maio, dobrou esse número em apenas 19 dias. O salto de um milhão para a atual marca de mais de dois milhões se deu em apenas 27 dias. Há que considerar, ainda, o número de mortos por cem mil habitantes, que atingiu a média de 36,7, enquanto na vizinha Argentina a proporção é de 4,6.

Tempestade à vista no mundo do trabalho

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

I.

Ou a vida ou a Economia. Em março, quando a covid-19 começava a se alastrar, Jair Bolsonaro estabeleceu esta disjuntiva absurda – e optou pelo segundo termo. Numa lógica quase-nazista, a população deveria se sacrificar, para que os negócios prosperassem. O governo recusou-se a adotar medidas de distanciamento social e sabotou, legal e simbolicamente, as tímidas ações de estados e municípios neste rumo. As consequências começam a surgir. Sanitariamente, o Brasil rivaliza apenas com os Estados Unidos, como campeão funesto de mortes e contágios. Temos apenas 2,7% da população do mundo, mas 12,9% dos óbitos por coronavírus – e a conta não para de crescer.

Militares, intervencionismo e genocídio

Por Jeferson Miola, em seu blog:                                           

No mérito, está correta a crítica/denúncia do ministro do STF Gilmar Mendes que provocou a reação irada dos militares.

Em que pese, todavia, a pertinência da associação de militares com genocídio, realidade corroborada pela gestão desastrosa da pandemia por um general da ativa, é incabível a um ministro da Suprema Corte imiscuir-se em disputas políticas ou atuar na arena política – como, aliás, Gilmar fez na dinâmica do golpe para derrubar a presidente Dilma; como, aliás, ele faz ainda hoje; e como, aliás, ele decerto continuará fazendo, enquanto não for encilhado com os freios do recato e do comedimento da Lei e do Código de Ética da Magistratura.

A crise avança e Bolsonaro vence

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Num dos seus textos de reflexão sobre hegemonia política, Gramsci se reporta aos líderes do liberalismo democrático italiano (Croce e Fortunato), para abordar a concepção de “Partido”. E o faz designando o Partido “como ideologia geral”, superior aos vários agrupamentos mais imediatos, ordem esparsa de frações e de grupos nacionais e regionais, frações do liberalismo”. Gramsci diz que Croce – que ele admirava pela sua grandeza e autenticidade intelectual – “foi o teórico de tudo que estes grupos e grupelhos, camarilhas e maltas, tinham em comum” (…) e que ele (Croce) falava como “líder nacional dos movimentos de cultura, que nasciam para renovar as velhas formas políticas”. Obviamente a crítica de Gramsci tinha em vista a defesa de um partido orgânico, proletário, nacional-popular, para a construção de uma nova ordem social na conjuntura doentia da Itália em transe.

Vox Populi: Bolsonaro pagará por seus crimes

Por Altamiro Borges

A postura negacionista e criminosa de Jair Bolsonaro diante da pandemia do coronavírus cobrará seu preço. Ele não terá como fugir da pecha de genocida e incompetente. A mais recente pesquisa Vox Populi mostra que a imagem do “capetão” é muito ruim, seja na resposta à doença seja na gestão da economia.

De abril até agora, a proporção de pessoas que avaliam positivamente o desempenho do governo no combate à pandemia caiu de 34% para 24%. Já a opinião de que é “ruim” ou “péssimo” subiu para 49%. "Ou seja, hoje, a reprovação é o dobro da aprovação", afirma o sociólogo Marcos Coimbra, presidente do Instituto Vox Populi.