domingo, 15 de janeiro de 2023

Tem focinho de porco, rabo de porco... é porco

Charge: Quinho
Por Bepe Damasco, em seu blog:


A descoberta da minuta de um decreto instituindo o estado de defesa no TSE, na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, se insere no rol de evidências de que Bolsonaro foi o comandante supremo do levante terrorista de 8 de janeiro.

Com o apoio de uma rede golpista que inclui integrantes das forças armadas e das polícias militares, empresários, políticos, milicianos e a horda de fanáticos fascistas que o segue, Bolsonaro planejou tudo meticulosamente.

Só não vê quem não quer: a partir da noite do dia 30 de outubro, ao não reconhecer a derrota e mergulhar no silêncio, Bolsonaro, no submundo, estimulou o bloqueio de rodovias e a formação de acampamentos em frente aos quartéis.

A indiferença com a tragédia do povo peruano

Protesto em Cusco (14/01/23). Foto: Martin Mejía/AP
Por Jair de Souza


O povo peruano é um povo sofrido. Suas penúrias começaram quando as forças de Francisco Pizarro chegaram por ali no século XVI. A partir de então, a outrora virtuosa civilização Inca se viu submetida a um calvário infinito.

Com a ocupação de seu solo pelas expedições europeias, as até então altivas populações indígenas peruanas se viram subjugadas e obrigadas a sobreviver de modo vil e indigno em suas próprias terras milenares.

O passar do tempo só levou ao agravamento da situação. A oligarquia peruana de ascendência espanhola foi se tornando o que de mais nefasto a mentalidade colonialista poderia gerar. E, como desgraça pouca é bobagem, as camadas médias que orbitam em torno dessa oligarquia são das mais preconceituosas e racistas do continente. Para usar uma metáfora bem elucidativa, poderíamos dizer que a classe média peruana foi concebida e forjada desde seus primórdios no mais puro espírito do bolsonarismo.

Lições do golpe e do contragolpe em Brasília

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Flávio Aguiar, no site A terra é redonda:


“Ninguém vai dar o golpe pelo telefone” - Governador Leonel Brizola, em ríspida conversa telefônica com o general Artur da Costa e Silva. Porto Alegre, 27 de agosto de 1961.

Houve uma tentativa de golpe de estado em 08 de janeiro próximo passado: não se duvida disto. A tentativa fracassou: também é óbvio. Houve um contragolpe tão fulminante quanto foi violenta a tentativa golpista: idem, é certo, com a liderança do ministro Flávio Dino, desde a sede de seu ministério, em Brasília. Já a discussão dos comos e porquês está em aberto. Bem como a das lições que se pode tirar destes acontecimentos dramáticos.

Dois atos do teatro da conspiração militar

Charge: Ramsés
Por Jeferson Miola, em seu blog:


Dois atos muito representativos do 8 de janeiro, que ocorreram com uma diferença de tempo menor que quatro horas e em palcos distantes 7,9 km entre si, fizeram parte do mesmo teatro da conspiração das cúpulas militares contra a democracia.

Um deles, o primeiro, foi contracenado no Palácio do Planalto. O segundo, no Quartel-General do Exército brasileiro – ou “Exército fascio-bolsonarista”, se se preferir.

O primeiro ato

Por volta das 18 horas de 8 de janeiro, no interior do Palácio do Planalto, ninguém menos que o próprio comandante do Batalhão da Guarda Presidencial, coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, protegia terroristas que momentos antes haviam barbarizado e destruído as instalações do Palácio.

Anderson Torres já é rifado por bolsonaristas

Charge: Céllus
Por Altamiro Borges


Preso após desembarcar no Aeroporto Internacional de Brasília na manhã deste sábado (14), Anderson Torres – ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal – corre o sério risco de ser descartado como bagaço na sua tentativa de explicar os inexplicáveis atos de vandalismo no domingo passado (8). O clã Bolsonaro adora abandonar na estrada seus jagunços – que o diga o pistoleiro Roberto Jefferson, ex-dono do PTB.

Nas redes sociais, a trairagem já está em curso, segundo matéria do site UOL. “Até a tarde de quinta-feira (12), nem o ex-presidente da República nem sua mulher, Michelle, ou qualquer um dos seus filhos curtiram ou comentaram as postagens feitas por Anderson Torres em seus perfis no Instagram e no Twitter após os atos terroristas em Brasília”.