quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Saga bolsonarista e os desafios da oposição

Por Roberto Amaral, em seu blog:

O resultado do pleito do dia 28 último não deve ser estudado como um episódio em si, autônomo, fato isolado.

Estamos diante de fenômeno mais extenso e mais profundo do que sugerem as aparências, e suas raízes, sabidamente, nos remetem às jornadas de 2013, esfinge ainda não decifrada por analistas e políticos e que, por isso mesmo, vem devorando governos, partidos e lideranças. Entre muitas de suas artes está a de promover erupções que seguidamente surpreendem os cientistas, seja pela sua extensão, seja pela sua profundidade, semelhando a movimentação de placas tectônicas imprevistas pelos melhores sismógrafos.

Paulo Guedes e a social-democracia

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Tocqueville (1805-1859) seguidas vezes expressou aversão ao socialismo, arguindo que “a democracia quer a igualdade na liberdade e o socialismo quer a igualdade na extorsão e na servidão”. Morto aos 54 anos, o autor de “A democracia na América” – escrito no Século 19 – não chegou a acompanhar nenhuma experiência socialista “real”, com as suas perversões burocráticas e totalitárias, nem os monstros gerados no ventre dos capitalismos em crise, como o nazi-fascismo. Nem tomou contato sequer longínquo com as experiências social-democratas que fluíram no Século 20. Socialismo e democracia, segundo Tocqueville não eram compatíveis.

O futuro depende de que?

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

“Sopram ventos malignos no planeta azul”. Manuel Castells, in “Ruptura”

O que se conhece como emprego, ocupação, direitos sociais e trabalhistas e Estado está mudando e se transformará radicalmente nos próximos anos. O que virá é completamente desconhecido. Organizada a partir do mundo do trabalho, a luta por direitos, pela liberdade, democracia, igualdade e justiça terá que ser reinventada.

Autoritarismo de Bolsonaro é repelido

Editorial do site Vermelho:

Mal a Justiça Eleitoral encerrou os procedimentos de apuração do resultado final da eleições, vozes destacadas, que vão além do espectro de apoio à chapa Fernando Haddad-Manuela d’Ávila, se pronunciaram em defesa da democracia. Falaram representantes do Supremo Tribunal Federal (STF), da Procuradoria-Geral da República e da Justiça Eleitoral. O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, pediu “respeito incondicional às instituições e aos direitos fundamentais, em especial às minorias e grupos mais vulneráveis”. Luciano Mariz Maia, vice-procurador-geral, da República, avaliou que nem tudo o que Bolsonaro falou “pode se converter em atos concretos”.

Ignorância ameaça futuro da Amazônia

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

“Tirar a floresta para colocar uma ou duas cabeças de gado por hectare é coisa de uma estupidez e de uma ignorância tão grandes que justifica quando se diz que a barbárie vem aí. É um domínio da ignorância em função de um lucro rápido: desmatar, colocar o boi e tirar aqueles 200 reais 300 reais um boi. É espantoso! Se esse é o futuro que nos reservam, vão se dar mal. Serão corridos pela própria história, que é às vezes lenta, mas implacável”.