terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Jornalista da Globo vira garoto-propaganda

Por Altamiro Borges

Com as crescentes quedas de audiência, que afugentam os anunciantes, a Rede Globo resolveu inovar. A partir de agora, segundo Mauricio Stycer, os jornalistas da emissora também serão obrigados a cumprir o papel de garotos-propaganda. “Não se espante se, em 2018, você ouvir Galvão Bueno, Cleber Machado e Luis Roberto, entre outros, mencionando marcas de patrocinadores durante as transmissões esportivas da Globo. Este ‘diferencial’ foi oferecido aos anunciantes durante a negociação dos pacotes comerciais para o ano que vem”. Ou seja: a profissão já tão desvalorizada vai afundar ainda mais no pântano mercadológico!

A comunicação para enfrentar os retrocessos

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A comunicação é uma ferramenta fundamental para travar a disputa de ideias na sociedade e fortalecer as lutas populares. Em tempos de golpe e graves retrocessos como o período atual, então, ela é imprescindível. Por isso, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé promove o curso A comunicação para enfrentar os retrocessos. A atividade tem caráter nacional e ocorre nos dias 26, 27, 28 e 29 de março, na Escola do Dieese (Rua Aurora, 957) em São Paulo.

A mentira da recuperação da economia

Editorial do site Vermelho:

Michel Temer finge que as crises de seu governo estão sendo superadas. Um bom exemplo é o crescimento sofrível do Produto Interno Bruto (PIB) e o esforço do Palácio do Planalto, com apoio da mídia que o acompanha desde o golpe de 2016, para defender o indefensável e tentar convencer que a grave crise econômica ficou para trás com a volta de uma suposta recuperação econômica.

A realidade descrita pelos índices econômicos e sociais divulgados recentemente, e vivida no dia a dia pelos brasileiros, desmente o esforço de propaganda do governo para pintar de rosa um quadro que tem cores sombrias.

O MTST e retrato do país na era Temer

Por Paula Quental, no site Brasil Debate:

Quem vê imagens aéreas do terreno de 70 mil metros quadrados cercado por condomínios de classe média na zona metropolitana de São Bernardo do Campo (SP), um dos polos industriais do país, pode apressadamente achar que se trata de um pátio de montadora lotado de veículos. Olhar mais atento traz o espanto: trata-se de milhares de barracas de plástico preto espalhadas por cada metro quadrado e o “pátio”, na verdade, é a Ocupação Povo Sem Medo em SBC, organizada pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). Em 1º de setembro eram 500 famílias no local. Hoje, pouco mais de três meses depois, são 12.123 famílias cadastradas, totalizando 33.883 pessoas. Como se produziu tanta desigualdade e pobreza na região mais industrializada da maior metrópole nacional? Quem são essas pessoas?

Lula disparado, Temer despencando

Por Dario Pignotti, no site Carta Maior:

Não para de crescer. Luiz Inácio Lula da Silva obteve entre 34% e 37% de intenções de voto numa pesquisa publicada neste domingo (3/12) pelo diário Folha de São Paulo, visando as eleições de outubro de 2018. Os números do Instituto Datafolha confirmaram a curva ascendente na popularidade do ex-mandatário observada desde 2016, com uma guinada mais forte este ano, quando o Partido dos Trabalhadores (PT), começou a se reconstruir depois do golpe híbrido (parlamentário-midiático-judiciário) que derrubou Dilma Rousseff.

Honduras: a ditadura perto do fim?

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Honduras, primeiro país em que os conservadores latino-americanos derrotaram (por golpe de Estado) os governos à esquerda, em 2009, parece prestes a viver nova reviravolta. Na noite de ontem, segunda (4) avançando pela madrugada, milhares de manifestantes tomaram as ruas, desafiando o toque de recolher decretado pelo governo do presidente Juan Orlando Hernández. Protestam contra os sinais evidentes de fraude nas eleições que supostamente reelegeram “JOH”, como é conhecido o presidente de direita. Os protestos contaram com uma adesão inesperada: integrantes das tropas de elite “Cobra” aderiram às manifestações. Um comunicado emitido em nome da Polícia Nacional e lido por um deles diz: “Nosso povo é soberano. Não podemos confrontá-lo e reprimir seus direitos”.

Os protestos contra o golpe da Previdência

Foto: Jornalistas Livres
Da Rede Brasil Atual:

Ao menos três estados da região Nordeste registram mobilizações desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (5) contra proposta de "reforma" da Previdência que o governo Temer tenta votar ainda neste mês. Além da retirada de pauta das mudanças nas aposentadorias, eles também protestam contra a reforma trabalhista, a terceirização e o desmonte dos serviços públicos.

Na capital baiana, manifestantes ocupam a Avenida Antônio Carlos Magalhães, próximo ao Shopping da Bahia, na região central.

Meirelles dá um “caia fora” em Alckmin

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A entrevista em que, na Folha, Henrique Meirelles produz o “autolançamento” de sua candidatura a presidente é um retrato pronto e acabado das pretensões tecnocráticas sobre o Brasil.

“Dono do país”, Meirelles, do alto de sua portentosa intenção de voto de 1% e do crescimento de 0,1% do PIB, proclama seu direito imperial de ser o legítimo detentor do “legado” do governo Michel Temer.

Dispara a rejeição ao “prefake” Doria

Por Altamiro Borges

O “prefake” turista João Doria pensou que bastava uma intensa campanha de marketing para enganar os otários de São Paulo. Ele abandonou a principal capital do país acumulando milhas na sua pretensão presidencial. Acabou sendo rotulado de “traidor” por seus pares do PSDB e ainda ficou desmoralizado entre a população. Pesquisa Datafolha publicada nesta terça-feira (5) indica que o seu índice de rejeição disparou nas últimas semanas. Para 39% dos paulistanos, a sua gestão é ruim ou péssima. Como observa Fernando Rodrigues, do Poder360, “Doria está há quase um ano à frente da prefeitura de São Paulo e viu sua reprovação triplicar neste período. A avaliação negativa do tucano atinge o mesmo nível de seu antecessor, o petista Fernando Haddad”.

Até a mãe de Geddel é quadrilheira?

Por Altamiro Borges

O presidiário Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), um dos mais ativos golpistas na cavalgada contra Dilma Rousseff e um dos chefões da quadrilha de Michel Temer, está afundando celeremente. Nesta segunda-feira (4), a Procuradoria-Geral da República denunciou o ex-ministro, seu irmão, deputado Lúcio Vieira Lima, e a sua própria mãe, Marluce Vieira Lima, por associação criminosa e lavagem de dinheiro. A acusação se refere ao bunker com R$ 51 milhões descoberto pela Polícia Federal em julho passado em Salvador. Na ocasião, a progenitora do golpista disse que seu filho era “doente, mas não bandido”. Agora até se entende o drama familiar.

Temer reabre o balcão, mas reforma não passa

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Henrique Meirelles, pato novo na política, mergulhou muito fundo ao dizer que Alckmin não será o candidato do governo. Acabou dando aos tucanos pretexto para se fingir de ofendidos e não votar a reforma previdenciária. Não tendo os 308 votos necessários, Temer está recorrendo ao que sabe fazer: usar o dinheiro público, o nosso dinheiro, para aliciar prefeitos e deputados a favor da reforma que, mesmo mitigada, imporá mais tempo de trabalho aos contribuintes do INSS, exigindo 40 anos de contribuição para uma aposentadoria pelo teto. Quem se aposentar mais cedo perderá cerca de 30% do rendimento. Temer também está pressionando os partidos do Centrão a fechar questão a favor da reforma, ameaçando os eventuais infiéis com a perda dos recursos do fundo eleitoral, que serão vitais na eleição do ano que vem. Os deputados estão se sentindo chantageados com esta pressão.

Moro está fugindo para os EUA

Por Leandro Fortes, na revista Fórum:

A Operação Lava Jato, dentro de um contexto social e político honesto, teria sido um presente para o Brasil. Acho que ninguém discorda de que, um dia, seria necessário acabar com a cultura da corrupção que sempre ligou empreiteiros e políticos brasileiros.

O fato é que, em pouco tempo, foi fácil perceber que as decisões e ações demandadas pelo juiz Sérgio Fernando Moro estavam eivadas de seletividade. Tinham como objetivo tirar o PT do poder, desmoralizar o discurso da esquerda e privilegiar aqueles que, no rastro da devastação moral levada a cabo pelo magistrado, promoveram a deposição da presidenta Dilma Rousseff.