quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

PM-BA: Direito de greve e negociação

Por José Reinaldo Carvalho, no sítio Vermelho:

A desocupação nesta quinta-feira (9) da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, tomada por cerca de 250 soldados da Polícia Militar e sob cerco da Força Nacional de Segurança e do Exército, é o primeiro sinal de alívio numa crise que se estende há dez dias. Falta agora concluir com êxito as negociações, sem as intransigências que de parte a parte têm caracterizado o conflito. Chegar a bom termo é uma exigência da população, uma obrigação de quem luta e de quem governa.

PM da Bahia: De greves e golpismos

Por Maurício Caleiro, no blog Cinema & Outras Artes:

O direito à greve é uma conquista dos trabalhadores que levou séculos para ser obtido e que demandou muitos embates ideológicos e físicos, muito sangue derramado, para se concretizar, no início exclusivamente – porém de modo não universal –, em setores em que as relações de produção dependiam muito de mão-de-obra, notadamente o industrial.

Continua a tortura no Pinheirinho

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Desde o fim da noite de ontem vinha recebendo ligações aflitas da vereadora de São José dos Campos Amélia Naomi e de outros contatos naquela cidade. Denunciam que as autoridades municipais voltaram à carga contra os ex-moradores do Pinheirinho e pedem repercussão. Infelizmente, o blog teve problemas e passou a manhã e a tarde desta quinta-feira fora do ar.

E Portinari não pisou em Nova York

Do sítio Outras Palavras:

Uma agenda extensa de comemorações marcará, em 2012, os 50 anos da morte de Cândido Portinari, que se completaram em 6 de fevereiro. Em São Paulo, o Memorial da América Latina exibe “Guerra” e “Paz”, os murais mais famosos do pintor, cuja instalação permanente é a sede das Nações Unidas, em Nova York. Eles foram restaurados no ano passado, no Museu Gustavo Capanema, no Rio, em trabalhos abertos ao público. Outros eventos ocorrerão em diversas cidades do país.

Marinho, Frias e o Mr. Dops

Por Altamiro Borges

Em mais uma de suas excelentes reportagens, a jornalista Marina Amaral entrevista por mais de 15 horas José Paulo Bonchristiano, um dos poucos delegados ainda vivos do famigerado Departamento de Ordem Política e Social (Dops). Ele evita falar sobre as torturas e mortes nos porões da ditadura militar, mas ainda hoje se jacta dos serviços de espionagem prestados pelo órgão.

Num dos trechos da entrevista, Bonchristiano confirma a íntima relação dos aparelhos de repressão com os barões da mídia. Sobre Roberto Marinho, o falecido dono do império Globo, afirma que ele "passava no DOPS para conversar com a gente quando estava em São Paulo”. Sobre Octávio Frias, o falecido chefão da Grupo Folha, relata que telefonava para ele “para pedir o que o DOPS precisasse”.

“Invasor” da Veja é inocentado

Por Altamiro Borges

Numa decisão que não chega a surpreender, o 3° Juizado Especial Criminal de Brasília arquivou o processo contra o repórter da revista Veja, Gustavo Ribeiro, que tentou invadir o quarto do hotel em que o ex-ministro José Dirceu se hospedava na cidade. O ato criminoso resultou numa reportagem de capa virulenta contra o rotulado “poderoso chefão”, em agosto do ano passado.

PMs deixam a Assembléia; urubus choram

Marcello Casal Jr./ABr
Por Altamiro Borges

Sem “banho de sangue” ou cenas de violência presenciadas na desocupação do Pinheirinho, os policiais militares que ocupavam a Assembléia Legislativa da Bahia desde 31 de janeiro deixaram o prédio na manhã de hoje (9). Fruto de prolongada negociação, os 245 grevistas que ainda permaneciam no local saíram de forma organizada e anunciaram a disposição de manter a paralisação.

Esquenta o debate sobre os aeroportos

Por André Barrocal, no sítio Carta Maior:

Com o governo na defensiva depois do leilão de transferência de aeroportos a empresas, procedimento que levou aliados históricos do PT, como a CUT, a protestar e falar em volta à era tucana, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, saiu em defesa do que foi feito. Egresso do governo Lula e uma das autoridades mais antigas em Brasília, Mantega disse que há diferenças em relação ao que aconteceu com FHC, que divulgou vídeo na interrnet para defender “privatizações”.

Serra à beira de um ataque de nervos

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Emparedado politicamente no PSDB e sem ter como verter seus rancores com Aécio, Alckmin e FHC, José Serra arreganha os dentes para o governo e para o PT, em seu artigo, hoje, no Estadão.

Numa linguagem pra lá de agressiva, tenta comparar os episódios da Bahia e do Pinheirinho, o que é, já de plano, uma sandice. Primeiro, não se está invadindo com polícia a casa de quem está lá, quieto. Aliás, não se está invadindo nem mesmo a Assembléia tomada pelos policiais com o Exército. Embora não reflita, certamente, o ânimo da maioria dos policiais, a revelação de que o líder da manifestação – por sinal, alojado no PSDB - dialogava com outro policial que ia “queimar carretas na BR” mostra a falta de equilíbrio que tomou conta do grupo dirigente do movimento, e nem assim se está ordenando uma invasão brutal como a de Pinheirinho, mesmo com mandados judiciais a cumprir.