terça-feira, 18 de novembro de 2014

“Silas Malafaia foi para o saco”

Por Altamiro Borges

O milionário “pastor” Silas Malafaia pegou os vícios do cambaleante Aécio Neves. Derrotado nas eleições, ele posa de vitorioso e arrota valentia. Segundo Felipe Patury, na sua coluna de fofocas da “Época”, ele está endiabrado e garante: “Não daremos mole nos direitos humanos”. Animado com o crescimento da bancada fundamentalista, que pulou de 74 para 85 deputados, ele já anuncia que dará prioridade às comissões de Direitos Humanos e de Seguridade Social e Família da Câmara Federal. “Com essa bancada, a causa gay foi para o saco”, esbraveja o desbocado religioso.

Sônia Braga processa a Globo

Por Altamiro Borges

A mídia funciona como a máfia. Mesmo disputando mercados na venda dos seus entorpecentes, as famiglias se protegem. A "Veja" cometeu um crime escancarado, tentando interferir no resultado das eleições. A presidenta Dilma utilizou até o último programa do seu horário eleitoral para criticar a tentativa golpista. O restante da mídia, porém, fez silêncio e blindou a famiglia Civita. Já na semana passada, uma notinha de Keila Jimenez, na Folha, informou que a atriz Sônia Braga está processando a TV Globo pelo não pagamento dos direitos autorais na retransmissão da novela “Dancin’ Days”. A notícia, porém, simplesmente sumiu dos jornalões, das revistonas e das emissoras de rádio e tevê.

Se Dilma quer paz, que faça a guerra

Por Breno Altman, em seu blog:

A oposição mudou sua estratégia.

Das eleições findadas em 26 de outubro, extraiu a conclusão de que deveria passar imediatamente à ofensiva.

Nada de acumular progressivamente forças, como em pleitos anteriores. A nova orientação é cristalina: acuar e sabotar o governo desde o primeiro momento.

Câmara homenageia os 30 anos do MST

Por Mayrá Lima, no site do MST:

Nesta segunda-feira (17), a Câmara dos Deputados, em Brasília, realizou uma sessão solene para homenagear os 30 anos do MST.

A iniciativa, proposta pelo deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), comemorou o aniversário do Movimento e apresentou para a Casa a unidade dos diversos movimentos de luta pela terra, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf).

Golpe sem impeachment está em curso

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O processo de impeachment exige aprovação de 2/3 do Congresso. Já a rejeição das contas impede a diplomação. A decisão fica com o Judiciário. Este é o golpe paraguaio.

Já entrou em operação o golpe sem impeachment, articulado pelo Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Antonio Dias Toffoli em conluio com seu colega Gilmar Mendes. O desfecho será daqui a algumas semanas.

As etapas do golpe são as seguintes:

A rica campanha de Eduardo Cunha

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Corre nos corredores da Câmara dos Deputados a lenda de que o líder do PMDB, Eduardo Cunha, do Rio, prestou ajuda financeira a algumas dezenas de colegas na recente eleição. A montagem de uma bancada própria seria um dos motores da ambição dele de assumir a Presidência da Casa no início da próxima legislatura, em fevereiro. A lenda pode ser só fofoca de rivais do peemedebista. Mas uma coisa é certa. Cunha tem uma incrível capacidade de arrecadar fundos em eleições.

Faltam canalhas no Brasil?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Amigo leitor: se você, como eu, preza a lógica, tente ajudar-me a entender a proeminência do doleiro Alberto Youssef nesta história das fraudes.

Afinal, era um sujeito que tem uma biografia “invejável”, que a Folha resume em um curto parágrafo:

FHC, o engavetador da corrupção

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Andam dizendo que Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff não só não têm mérito pelo STF da era petista ter interrompido sua prática histórica de sepultar processos contra políticos importantes como também por hoje estarmos vendo donos de empreiteiras indo ver o sol nascer quadrado.

A tese desses caras-de-pau é a de que como Polícia Federal, Ministério Público, Tribunal de Contas da União etc. são “órgãos de Estado” eles atuariam independentemente dos desejos do presidente, de forma que Dilma estaria enganando a sociedade ao dizer que investigações como a da Operação Lava-Jato só são possíveis porque ela, presidente da República, deu liberdade para investigarem.

Os desafios do governo Dilma

Editorial do site Vermelho:

Reunida no último fim de semana (14 a 16) em São Paulo, a direção nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) emitiu uma clara mensagem sobre o quadro político nacional e adotou resoluções que contemplam tarefas que se propõe realizar no curto e médio prazos.

O PCdoB, que participou ativamente da vitoriosa jornada da campanha pela reeleição da presidenta Dilma Rousseff, reafirma o engajamento pelo êxito do novo governo.

México "sangra por todos os poros"

viCman/Rebelión
Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

O México foi o primeiro país da América Latina a assinar um Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos (o Nafta, do qual também participa o Canadá). Foi em 1994, no mesmo ano em que explodiam a primeira crise neoliberal no continente na sua própria economia e a rebelião de Chiapas. Eram os sinais das consequências do caminho que o México escolhia. Mas nada impediu que o país seguisse adiante – incluídas fraudes eleitorais – nessa aliança subordinada com os Estados Unidos, que ao mesmo tempo distanciava ainda mais o México dos outros países da América Latina.

Pelo fim dos autos de resistência

Do site Muda Mais:

Você sabe o que são os autos de resistência ou resistência seguida de morte? São um mecanismo usado desde a ditadura militar, que serve para encobrir mortes cometidas por agentes do estado. Traduzindo: os policiais matam, mesmo quando estão de folga, e escrevem nos autos do crime que houve resistência à prisão. Isso faz com que os crimes não sejam investigados.

Dilma e o golpe pós-moderno

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Embora o significado geral da campanha presidencial de 2014 ainda não tenha permitido uma análise final por parte de nossos analistas, há um consenso em torno de duas constatações. A primeira: jamais a política brasileira assistiu a um conflito eleitoral onde os interesses de classe ficaram tão nítidos para a maioria dos eleitores. A segunda constatação: consumando a quarta vitória eleitoral consecutiva de um bloco de poder historicamente excluído do comando do Estado, a eleição impôs uma derrota sem precedentes aos sistemas de poder que governaram o país ao longo da maior parte de sua história. Mesmo em países cuja democracia é rotulada de madura pelos estudiosos é raro observar tamanha sequência de vitórias consecutivas de partidos ligados aos interesses das camadas subalternas.

Paulo Francis não morreu

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais do fim de semana registram o que pode vir a ser o ponto de inflexão das relações viciadas entre a política e os interesses privados no Brasil. A prisão de 24 altos executivos, entre os quais quatro presidentes de grandes empresas e um ex-diretor da Petrobras, coloca nas mãos da Justiça o material necessário para aprofundar as investigações sobre a corrupção e passar a limpo o sistema de financiamento de campanhas eleitorais.