segunda-feira, 4 de novembro de 2019

O jogo duplo de Bolsonaro com a imprensa

Bolsonaro aposta na paralisia social

Por Leandro Fortes

Imersa em um sentimento cada vez mais profundo de impunidade, a família Bolsonaro decidiu abandonar, por completo, o senso de ridículo e, mais grave, o vínculo com a realidade factual.

Bolsonaro, que declarou publicamente, em entrevista gravada por jornalistas, ter roubado os registros da portaria do Condomínio Vivendas da Barra, agora, nega o que disse. Assim, na cara dura.

O fato de ter confessado um crime de obstrução de justiça referente à investigação de um duplo assassinato talvez tenha pesado nesse recuo.

Por que Bolsonaro pegou lista da portaria?

Governo coleciona mortes de ambientalistas

Arte: Gladson Targa
Por Ronnie Aldrin Silva, no site da Fundação Perseu Abramo:

Na sexta-feira, 1 de novembro, foi assassinado mais um ambientalista, o líder indígena Paulo Paulino Guajajara, dentro da Terra Indígena Araribóia (MA). Paulo, e mais um indígena (Laércio Guajajara), que está internado em um hospital, foram emboscados por um grupo de madeireiros ou caçadores enquanto retornavam de uma caça para levar alimentos para sua comunidade. Ambos faziam parte do grupo Guardiões da Floresta, responsáveis por fiscalizar e denunciar as invasões e desmatamentos nesta Terra Indígena, que possui uma área equivalente a três cidades de São Paulo e que abriga catorze mil indígenas Guajajaras e outros sessenta índios não contactados.

Bolsonaro se safa da prisão preventiva

Por Jeferson Miola, em seu blog:           

“Nós pegamos [as gravações da portaria], antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano. A voz não é a minha”, confessou Bolsonaro neste sábado, 2 de novembro.

Com a confissão, Bolsonaro [que, não por coincidência, residia no mesmo condomínio do assassino de Marielle e Anderson] deixou no ar perguntas que, se não forem respondidas, reforçarão os indícios de envolvimento do clã com milícias e com o submundo do crime:

[1] quem são os “nós” “que pegamos toda a memória da secretária eletrônica”?;

O AI-5 e o silêncio ensurdecedor

Por João Guilherme Vargas Netto

Nestes textos que escrevo sempre evito tratar de política (principalmente política partidária) não porque considere o assunto irrelevante, mas para manter disciplinadamente o foco nas atividades sindicais.

Vou abrir uma exceção, justificada e criticar veementemente a mal intencionada declaração do deputado Eduardo Bolsonaro sobre o AI-5, que mereceu a repulsa de quase todas as forças políticas e da esmagadora maioria das personalidades relevantes. Ditadura, nunca mais!

A grande batalha pela democracia

Periferias debatem educação popular

Guedes e o fim do Estado brasileiro

Trabalho informal volta a bater recorde

Por Altamiro Borges

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na quinta-feira passada (31) que 11,8 milhões de pessoas trabalharam sem carteira assinada no setor privado no terceiro trimestre deste ano – crescimento de 2,9% (338 mil pessoas) com relação ao trimestre encerrado em junho. Já o trabalho por conta própria, atividade em que a maioria é informal, atingiu 24,4 milhões de pessoas no período – alta de 1,2% (293 mil pessoas). Ambas as vergonhosas marcas batem novos recordes na série histórica do IBGE.