quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Porra Alckmin, cadê a água e a luz?

Por Altamiro Borges

A situação de São Paulo está ficando insuportável. Recorde de roubos, panes diárias nos trens do Metrô e da CPTM, falta de água e queda de luz. A sorte do governador Geraldo Alckmin, reeleito em primeiro turno, é que a mídia lhe dá total proteção. O tucano não aparece em manchetes negativas nos jornalões ou nos comentários hidrófobos nos telejornais. O tal jornalismo investigativo é dócil diante do mandatário em seu quarto mandato. As entrevistas lembram conversas de compadres, tamanho o servilismo. No ápice do caos, o “picolé de chuchu” some do noticiário. Esta vida mansa, porém, pode acabar. Muitos paulistas, inclusive os que votaram no tucano, já esbravejam: “Porra Alckmin, cadê a água e a luz?”.

Atentado à liberdade de opinião nos blogs

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não vou discutir sentença judicial através do Blog. Digo isso a propósito da condenação que me foi imposta pela justiça do Rio de Janeiro em ação movida pelo jornalista Ali Kamel, das Organizações Globo.

Mas é evidente que a série de ações de grupos de mídia contra jornalistas blogueiros são não apenas um atentado à liberdade de expressão, como um profundo fator de desequilíbrio em um dos pilares da democracia brasileira: o mercado de opinião.

Lançamento do novo site do MST


Marta Suplicy e o elogio à traição

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O velho Leonel Brizola, entre as centenas de frases memoráveis que criou, usava muito a que dizia que “a política ama a traição, mas abomina o traidor”.

Não que eu ache que dissentir de um partido político e deixá-lo seja um ato de traição. Ao contrário, corresponde à liberdade de consciência do indivíduo e não há ideologia que possa se sobrepor a isso.

Esquerda nativa é soviética ou cubana?

Por Breno Altman, em seu blog:

Muita calma nessa hora.

A pergunta não diz respeito a modelos de sociedade e Estado, mas exclusivamente ao paradigma de comunicação.

Apesar de ambas experiências pertencerem ao mesmo campo ideológico, percorreram diferentes caminhos e obtiveram distintos resultados.

Muitos se indagam, aliás, o porquê de Cuba ter resistido ao colapso do socialismo, apesar de sua fragilidade econômica.

O golpe de Veja na eleição de 2014

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:

O exemplar de Veja chegou às bancas na sexta, 24 de novembro, fora da rotina: sempre chega sábado. Não há dúvida de que a revista pretendia entregar munição ao candidato Aécio Neves e pautar o restante da mídia, cuja maior parte nunca regateou esforços para eleger o tucano. Era uma operação destinada a derrotar Dilma, pouco importando a veracidade da informação. E a publicação em si, como já demonstramos, era já um acréscimo, uma vez que a notícia estava devidamente divulgada, viralizada na internet, potencializando toda a carga de ódio e intolerância presente nas hostes aecistas. O Grupo Abril tinha absoluta consciência dos seus resultados.

Atentado na França e regulação da mídia

Foto: Jean-Pierre Muller/AFP

Por Mônica Mourão e Bia Barbosa, na revista CartaCapital:

Neste domingo (11), mais de um milhão e meio de pessoas foram às ruas em Paris em homenagem às doze vítimas do atentado à revista Charlie Hedbo, no último dia 7, e dos acontecimentos que o sucederam, quando outras quatro pessoas foram assassinadas dentro de um supermercado de produtos judaicos na cidade. Foi a maior manifestação da história da França. Mais de quarenta líderes e chefes de Estado se encontraram com o Presidente François Hollande e reafirmaram seu compromisso no combate ao terrorismo. Depois do Arco do Triunfo, foi a vez da estátua que simboliza a República Francesa e seus valores ser iluminada com a frase “Je suis Charlie”.

Mídia brasileira usa o sangue do Charlie

Foto: http://www.humanite.fr/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um jornalista britânico pergunta, no Independent, se haveria a mesma comoção se o atentado contra o Charlie Hebdo tivesse como alvo uma publicação de extrema direita.

Respondo com uma pergunta.

Alguém consegue imaginar uma marcha, no Brasil, que congregue pessoas emocionalmente arrasadas que segurem cartazes que digam: “Sou a Veja?” Ou mesmo: “Sou a Globo?” Ou ainda: “Sou a Folha?”

Fórum-21 define grupo executivo

Da Rede Brasil Atual:

Em reunião realizada hoje (13) em São Paulo, o Fórum 21 aprovou o grupo executivo encarregado de organizar textos, temas, seminários e livros para a produção e divulgação dos conteúdos que serão debatidos em seu âmbito.

Segundo a carta de princípios aprovada a partir de discussões por e-mail entre o final de dezembro do ano passado e o início deste mês, o Fórum 21 se propõe a ser um “espaço de convergência e debates em rede, horizontal, empenhado na conformação de sínteses programáticas que contribuam para a renovação do pensamento de esquerda no Brasil”. Ele foi instalado em 15 de dezembro. Segundo Igor Felippe, jornalista do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o fórum é um “grupo em construção”.

Carta Maior derrota ex-editor da 'Veja'

Do site Carta Maior:

O ministro Moura Ribeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou provimento ao recurso impetrado pelo jornalista Mário Sabino, ex-redator chefe da revista Veja, na ação que este movia contra o sociólogo Emir Sader e contra a Carta Maior. O ministro manteve, assim, decisão anterior do Tribunal de Justiça de São Paulo, contra Sabino, na ação de indenização por danos morais decorrentes de um texto publicado pelo sociólogo.

O showzinho de Marta Suplicy

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Em política, não existe vazio, já ensinavam os sábios mais antigos. Assim, nestas duas primeiras semanas de 2015, junto com as chuvas de verão, um calor dos infernos e as excelências maiores descansando em berço esplêndido, quem tomou conta da cena foi uma figura do segundo time, a ex-prefeita, ex-ministra e quase ex-petista Marta Suplicy. É a nova estrela da estação.

Um plebiscito para regular a mídia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A nomeação do ex-ministro da Secretaria de Relações Institucionais Ricardo Berzoini para o Ministério das Comunicações reacendeu a esperança dos ativistas pela regulação da mídia devido às posições dele nessa questão. Todavia, um fato recente revela que ter nessa pasta um ministro simpático a essa regulação está longe de ser suficiente.

"Máfia das próteses" e cobertura doentia

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O escandaloso caso de médicos que recebiam propina para recomendar próteses caríssimas e nem sempre necessárias, revelado em reportagens do programa Fantástico, da Rede Globo, ganha nova dimensão com um ou outro episódio que denuncia cirurgiões que realizam cirurgias cardíacas e vasculares utilizando materiais com validade vencida. No entanto, o leitor abre o jornal nos dias seguintes, procura e não acha qualquer referência a esses assuntos.