sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

A mídia descontrolada: um livro obrigatório

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

As eleições presidenciais de 2018 desorientaram os meios de comunicação tradicionais. Todos eles apostavam numa candidatura palatável para os seus interesses políticos e empresariais mas não encontraram quem a encarnasse. De repente se viram às voltas com uma realidade inesperada. Têm pela frente um governo que os despreza, que assusta muito dos seus leitores, ouvintes e telespectadores, mas do qual não podem se afastar totalmente, como sempre acontece no Brasil. A dependência das verbas publicitárias oficiais e de outros favores governamentais é muito grande.

'Época', Damares e a criança indígena

Do blog Socialista Morena:

Reportagem de capa da revista Época acusa a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (sic) do governo Bolsonaro, Damares Alves, de ter adotado irregularmente uma criança indígena aos 6 anos de idade, que vive com ela e tem hoje 20 anos, Lulu Kamayurá. A repórter Natália Portinari, que esteve no Parque Nacional do Xingu e assina a reportagem junto com Vinicius Sassine, antecipou no twitter parte do teor do texto, que estará disponível na edição deste fim de semana.

Perseguição a Lula em ponto máximo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Pode-se ler, no inciso 1 do artigo 120 da Lei de Execução Penal, o motivo pelo qual Luiz Inácio Lula da Silva tinha direito líquido e certo de deixar a cela de Curitiba, viajar a São Bernardo e despedir-se de Genivaldo Inácio da Silva, o irmão mais velho, metalúrgico, morto de câncer, aos 79 anos.

Diz o texto que "os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios" poderão "obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão".

Até quando vai o “lawfare” contra Lula?

Por Viviane Ávila, no site Jornalistas Livres:

No mesmo dia em que o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva é capa no jornal francês L’Humanité como um possível candidato ao Nobel da Paz, na terça-feira 29, ele é terminantemente proibido pela Justiça Federal de ir ao velório de seu irmão mais velho Genival Inácio da Silva, 79 anos, carinhosamente chamado de Vavá, que morreu devido a um câncer. No dia seguinte, quarta 30, quando o ministro do STF Dias Toffoli liberou a ida de Lula à São Bernardo, já era tarde demais: Vavá já estava sendo sepultado e enterrado.

Os militares e a fábula dos sete cegos

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Sete cegos caminhavam por uma estrada quando cruzaram com um elefante. Todos queriam saber como era um elefante. Um deles apalpou a barriga do elefante e disse que elefante era uma parede. Outro apalpou a perna, e disse que elefante era um tronco. Um terceiro apalpou as presas do elefante e concluiu que o elefante era um chifre.

Acontece algo semelhante com a cobertura brasiliense sobre o pensamento militar.

Lula, Antígona e os canalhas

Por Marcia Tiburi, na revista Cult:

Antígona não pode enterrar o próprio irmão. Desesperada, ela decide por conta própria enterrar Polinices, condenado a ficar insepulto por Creonte, o tirano de Tebas. Foi punida por seu gesto com a prisão e nela preferiu morrer do que amargar a conivência com a injustiça de Creonte que não respeitou a lei dos mortos.

No Brasil, a lei dos mortos da antiguidade clássica reaparece no Artigo 120 da Lei de Execução Penal: “Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos: I – falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão”.

Covardes e perversos carrascos

Por Eric Nepomuceno, no site Carta Maior:

Na terça-feira (29/1), faleceu aos 79 anos o operário metalúrgico Genival Inácio da Silva, vítima de um câncer pulmonar. Era irmão mais velho de Luiz Inácio da Silva e uma figura essencial em sua vida e sua memória.

Quando Lula nasceu, Genival tinha seis. Ao longo de toda a infância e adolescência, foi uma espécie de guia protetor do benjamim de uma família abandonada pelo pai. Era, dos outros seis filhos de Dona Lindú, o mais apegado, o mais íntimo de Lula.

Ajuda israelense teve motivação teológica

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Os soldados, técnicos e oficiais israelenses chegaram rápido a Brumadinho, ainda no domingo. Trouxeram toneladas de equipamentos sofisticados e inservíveis. O número de desaparecidos em razão do crime da Vale estava em torno de 180 e em breve a estimativa seria revista para cima, passando de duas centenas.

Assim como chegou, a tropa de cerca de 130 homens e mulheres voltou celeremente para seu país, na quinta-feira. Boa parte dos equipamentos não foi desencaixotada e o número de vítimas já batia algumas dezenas acima. A relação com as equipes locais foi tensa e criou um indesejável duplo comando.

A direita no Brasil e o governo Bolsonaro

Por Wilson Ramos Filho, no site Esquerda:

O país não sabe o que esperar. Ou melhor, cada grupo espera algo, não necessariamente o mesmo. Na campanha eleitoral os eleitos não se comprometeram com um programa de governo detalhado. De toda sorte, pesquisas de opinião. De toda sorte, pesquisas de opinião demonstram que três em cada quatro brasileiros têm uma expectativa positiva, consideram que suas vidas irão melhorar [1].

Nos círculos intelectuais estabeleceu-se o debate sobre eventual caráter fascista do próximo governo. No presente artigo será discutida esta questão, com o alerta prévio de que as ideias aqui lançadas foram redigidas ainda antes do início do governo, ou seja, com base apenas nas informações disponíveis na imprensa, considerando-se a composição do futuro ministério.

Lula é refém de facínoras

Foto: Ricardo Stuckert
Por Jeferson Miola, em seu blog:

“Para o júbilo o planeta está imaturo.
É preciso arrancar alegria ao futuro.
Nesta vida morrer não é difícil.
O difícil é a vida e seu ofício”.
Vladimir Maiakóvski

A crueldade do regime de exceção contra Lula alcançou o paroxismo e expôs uma realidade incontornável: Lula é refém de facínoras.

Lula foi sequestrado pelo regime de exceção e encarcerado na masmorra da Lava Jato. Lá, ele permanece sob contínua vigilância de abutres e facínoras – juízes, procuradores, policiais federais – que se revezam na função de carcereiros delinquentes, fora da lei.

França: Onde estão os “Coletes Amarelos”?

Por Antônio Martins, no site Outras Palavras:

Sumido dos jornais brasileiros, o movimento francês que se opôs ao aumento dos preços dos combustíveis e propôs como alternativa tributar os ricos, segue vivo. Duas matérias publicadas nos últimos dias – uma no New York Times, outra no site alternativo norte-americano Counterpunch são um sinal.

Densa porém elegante, a reportagem do NYTimes, que saiu na edição de 20 de janeiro, é quase um ensaio sociológico. Foi escrita por Alissa Rubin. Parte de um fato desconhecido no Brasil: desde meados de janeiro, o governo Emmanuel Macron proibiu os “coletes amarelos” de acampar nas rotatórias das rodovias. Qual o sentido desta interdição, aparentemente estranha?