quarta-feira, 6 de março de 2024

Escravos dos aplicativos conquistam direitos

Um péssimo dia para o governo Lula

Cresce a desaprovação do governo Lula

Ameaças contra ativistas dos direitos humanos

Grafite de Banksy
Por Flavio Aguiar, no site da RFI:


Intimidação, ameaças com armas de fogo, telefones grampeados, criminalização de ativistas dos direitos humanos… Não, não estamos falando de acontecimentos em alguma ditadura na América Latina, África ou Ásia. Estamos nos referindo a denúncias de práticas que estão ocorrendo no coração da Europa democrática.

A denúncia consta de relatório recentemente divulgado por Dunja Mijatovic´, desde 2018 Alta Comissária eleita do Conselho Europeu de Direitos Humanos, que faz parte da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa. Apesar do nome, esta organização atua também na América do Norte e na Ásia.

Nascida na Bósnia e professora da Universidade de Sarajevo, especialista em regulação da mídia e liberdade de expressão, Dunja Mijatovic tem um longo currículo de atuação em favor dos direitos humanos em organizações europeias.

O Brasil e o conclave dos querubins

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


A política externa independente do governo Lula parece incomodar os propugnadores da nova Guerra Fria e os warmongers de sempre.

Seus arautos querem impor uma escolha maniqueísta, um falso dilema geopolítico, ao Brasil e aos demais países. Ou se está do lado “bem”, o Ocidente e as “democracias”, ou se está do lado do “mal”, as “autocracias” e os países rivais ou não-alinhados ao bloco ocidental.

Recentemente, a revista The Economist, por exemplo, afirmou que a política externa de Lula “quer tudo”. Segundo ela, o Brasil quer ser amigo do Ocidente e líder do Sul Global. Quer ser líder ambiental e potência petrolífera. Quer ser propugnador da paz e “amparo de autocracias”.

Para a The Economist, ainda presa a paradigmas da década de 50 e 60 do século passado, tudo isso é uma contradição. A política externa brasileira tem de ceder ao dilema geopolítico imposto pelo “Ocidente”, visto como uma espécie de conclave de desinteressados querubins. Tem de se alinhar com o lado do “bem”. Não pode permanecer em pecado.

Novos e velhos desafios dos sindicatos

Foto do site APLB Sindicato
Por Pedro Carrano, no jornal Brasil de Fato:

A apresentação por parte do governo Lula de proposta de regulação do trabalho dos motoristas de aplicativo ontem (4) traz à tona também o debate sobre o atual momento da luta dos trabalhadores e de uma das suas principais ferramentas de organização: os sindicatos. Quais são os desafios depois de longo período de ataques e aumento da precarização? Que erros as organizações de esquerda não podem repetir?

Sem dúvida, o desafio e os riscos para o governo federal, depois de sete anos de políticas de ataques neoliberais, que colocaram os trabalhadores em situação defensiva, agora deve ser a preocupação com a recomposição das condições de vida dos trabalhadores, ampliando o mercado de trabalho, o que certamente ampliaria as condições de luta e organização.