sábado, 20 de julho de 2019

"Future-se": um golpe na educação

O capacho diplomático e os navios do Irã

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao assumir publicamente a vocação de capacho diplomático, sempre a disposição para ser pisoteada por Donald Trump, a diplomacia de Jair Bolsonaro confirma que não há limites para quem não reconhece a soberania nacional como referência. O destino sempre será rebaixar-se cada vez mais.

A adesão ao bloqueio norte-americano ao comércio do Irã, expressa pela recusa da Petrobras em abastecer dois navios atracados no Porto de Paranaguá, é apenas o primeiro passo para outras medidas que virão. Num país onde o agronegócio constitui um dos raros setores da economia que conserva algum dinamismo, o episódio ajuda a compreender a nova prioridade.

A fome está de volta, Bolsonaro

Por Tereza Campello, no site da Dilma:

Nesta sexta-feira, 19 de julho, o mundo assistiu estarrecido Jair Bolsonaro, numa farta mesa de café da manhã, debochando dos pobres. Chegou a dizer que é uma grande mentira falar em fome no Brasil.

Ele deveria ter começado reconhecendo o legado de Lula, que de fato reduziu a fome no Brasil em 82%. Por isso, o governo do PT recebeu das Nações Unidas o prêmio por ter tirado o país do Mapa da Fome. O Brasil caminhava rapidamente para um país de Fome Zero.

Antes de Lula, muitos passavam fome, mesmo o Brasil sendo um dos maiores produtores de alimentos do mundo.

Bolsonaro e o tempo do fascismo

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

“Ruptura”, livro mais recente de Manuel Castells, trata das relações em rede na sociedade atual e das normas que essas relações promovem na crise da democracia liberal. Trata dos “tempos curtos” que as tecnologia infodigitais e aquelas relações em rede proporcionam aos cidadãos do nosso tempo. Estes “tempos curtos” de Castells são gerados por fluxos de informações sucessivas, pelos quais os emissores remetem as informações que desejam, sem hierarquia – independentemente de parâmetros éticos – oferecem tudo o que pensam para quem as quer receber. Os receptores dessas informações compostas por fluxos de ódio, convites, juras de solidariedade ou simples manifestações de desejos, recebem-nas como querem. E as buscam para confirmar o que já pensam e assim se integram nelas, sedimentando aquilo que já está na sua personalidade, alimentando, portanto, a sua cultura com as confirmações que selecionam no universo etéreo e sem hierarquia das redes sociais. Elas se ramificam em cada território e em cada movimento cotidiano das suas vidas previsíveis.

Governo esconde dados sobre feminicídio

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Desprezar o conhecimento parece ser a inspiração dos governos autoritários. Afinal, nada mais transformador e comprometedor que a verdade. Por isso, acompanhamos cenas lamentáveis e repetidas de desprezo pela educação, pela ciência, pelo meio ambiente e pelos dados estatísticos que ajudam a compreender a realidade. No Brasil e em Minas Gerais. Quando o saber é deixado de lado, abre-se terreno para todas as formas de mistificação, do autoritarismo ao preconceito.

O ódio de Jair Bolsonaro ao trabalhador

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Brasil tem um dos maiores índices de rotatividade no mercado de trabalho do mundo.

Anualmente, nada menos de 15 milhões de trabalhadores são demitidos e – os que têm sorte – contratados outra vez.

Muitos, para não esquentar a cadeira

A taxa média de rotatividade no Brasil na década passada foi de aproximadamente 36%. Dos contratados, 13% eram demitidos antes de completarem 3 meses de emprego.

O dobro do que acontece entre os norte-americanos e europeus e o triplo do que se dá entre os japoneses.