terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Revolução Cubana: 60 anos de resistência

Por Fania Rodrigues, no site Opera Mundi:

Há 60 anos, o Exército Rebelde cercava a cidade de Santiago de Cuba, na última batalha liderada pelo comandante Fidel Castro, no final de dezembro de 1958. Ao amanhecer o dia 1º de janeiro de 1959, o ditador Fulgencio Batista abandonava a ilha. Com a destituição do ditador alinhado aos Estados Unidos, consolidava-se assim a Revolução Cubana.

Naquele início de ano seis décadas atrás, bastaram algumas horas para os militares do Quartel de Moncada anunciarem a rendição diante dos guerrilheiros da Sierra Maestra. Essa batalha no oriente do país, também chamada de Operação Santiago, definiu o triunfo da Revolução Cubana. Era o mesmo lugar onde, cinco anos antes, havia começado a luta contra a ditadura de Batista, com o assalto ao Quartel de Moncada, no dia 26 de julho, data que deu origem ao nome do movimento guerrilheiro.

Posse de Bolsonaro foi um fiasco

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Sob muitos aspectos, a posse de Jair Bolsonaro foi um fiasco.

O primeiro deles é o público.

A equipe do presidente anunciou que colocaria na Praça dos Três Poderes e na Esplanada dos Ministérios mais de 250 mil pessoas - havia assessores falando em 500 mil.

A ideia era quebrar o recorde de público na posse de Lula, em 2003 - 250 mil.

Na festa de Bolsonaro, segundo cálculo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), compareceram 115 mil.

Os brasileiros são todos fascistas?

Por Renaud Lambert, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Há poucos meses, o Brasil caminhava para uma guinada à esquerda. Tudo indicava que Luiz Inácio Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores, PT) venceria facilmente a eleição presidencial em outubro de 2018. Com 40% das intenções de voto, o ex-chefe de Estado desfrutava de uma vantagem confortável sobre seus adversários, inclusive em um contexto de volatilidade que complicava as estimativas. No entanto, condenado por corrupção após um processo duvidoso – marcado por uma intransigência que a justiça não impôs aos dirigentes de direita [1] –, Lula teve de renunciar à sua candidatura em 11 de setembro de 2018. Em seguida, um deputado de extrema direita, que propõe purgar o Brasil do comunismo e restaurar a ordem, emergiu como o homem forte do quinto país mais povoado do planeta. Será que os brasileiros se tornaram fascistas em poucas semanas?

PSDB: Partido Só do Dória e Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A ausência de Geraldo Alckmin, Fernando Henrique e José Serra na posse de João Dória no Governo de São Paulo, e o recado do novo governador paulista de que irá alinhar seu partido a Jair Bolsonaro é sinal de que o PSDB completou a sua transição do seu desejo fundador de ser “um partido social-democrata, de tinturas liberais” como se descrevia, para se transformar numa linha auxiliar da extrema-direita, e talvez mais.

A não ser como esqueletos empoeirados num quartinho de despejo, para eles não há lugar no velho ninho.

Feliz ano velho

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Há vários dias estou em busca do que dizer para vocês neste final de 2018, como quem medita à beira do abismo. Não temos, nenhum de nós do campo progressista, qualquer ilusão de que 2019 será um ano bom para o nosso país. Ou algum indício.

Teremos anos difíceis pela frente, não faz falta bola de cristal para prever. Economicamente, ao contrário da aposta alta que fizeram nele, Bolsonaro será um desastre para todas as camadas da população, a não ser para os rentistas, que vão ganhar muito dinheiro em seu governo, e para os ocupantes do topo da pirâmide, que se tornarão ainda mais ricos do que no ano passado. Estes, sim, têm razão para soltar fogos e se desejar feliz ano novo.

Mensagem de ano novo de Lula

Curitiba, na Vigília Lula Livre (31/12/18). Foto: Ricardo Stuckert
Do site Lula:

Meus amigos e minhas amigas,

Quero agradecer a Deus por estarmos iniciando mais um ano. Espero que esta noite todos possam estar reunidos à família e aos amigos, festejando a renovação da esperança em um mundo melhor.

Como vocês sabem, vou passar o Ano Novo numa cela em que fui preso sem ter cometido crime nenhum, condenado sem provas e sem direito a um julgamento justo. Mas não me sinto só. Não estou só.

De onde me encontro, posso ouvir e até mesmo imaginar as expressões de solidariedade e amor dos companheiros e companheiras que me acompanham nessa vigília pela democracia desde a noite de 7 de abril, quando fui ilegalmente encarcerado.

Jornalistas criticam militarização da posse

Da Rede Brasil Atual:

"Hoje, há nas avenidas de Brasília uma ostentação militar inadequada numa democracia. Esse rigor remete a imagens do passado, imagens sombrias de 1964", descreveu em seu blog o jornalista Kennedy Alencar, da CBN, um dos vários a criticar o esquema de segurança montado para a posse de Jair Bolsonaro (PSL) na Presidência da República. "É injustificável o rigor na segurança na posse presidencial de Jair Bolsonaro, especialmente no tratamento destinado à imprensa. Não há razão plausível para a montagem de um esquema de segurança inédito em posses presidenciais no Brasil."