domingo, 27 de março de 2022

Mídia lavajatista abafa condenação de Deltan

Por Altamiro Borges

Na última terça-feira (22), a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por quatro votos a um, condenar o ex-procurador Deltan Dallagnol pelo famoso showzinho do PowerPoint contra Lula. Foi fixada uma indenização de R$ 75 mil – uma merreca se comparada a fortuna acumulada pelo carrasco da Lava-Jato nos últimos seis anos.

A condenação, porém, não mereceu as manchetes dos jornalões O Globo, Folha e Estadão no dia seguinte e também não foi destaque na televisão e nem capa das revistonas semanais. A mesma mídia lavajatista, falsamente moralista, que protegeu os abusos de poder do ex-juizeco Sergio Moro e do seu jagunço Deltan Dallagnol, agora decidiu abafar uma decisão do STJ.

Wal do Açaí volta a assombrar Bolsonaro

Por Altamiro Borges


A ex-funcionária fantasma Wal do Açaí volta a assombrar Jair Bolsonaro – que tem insônias constantes, choraminga no banheiro e dorme com uma arma ao lado da cama. Na semana passada, o Ministério Público Federal apresentou à Justiça uma ação de improbidade administrativa contra o presidente e a “laranja” Walderice Santos da Conceição.

Colérico, o “capetão” reagiu em sua live semanal. “Por que não investiga todo mundo? Só para cima de mim? Se bem que isso é um tiro n'água, dá até vergonha o MP investigar isso aí. Pega mal para o Ministério Público fazer isso aqui”. Puro jogo de cena! Ele sabe que conta com o seu bajulador Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República (PGR).

Bolsocaro faz disparar preço dos alimentos

Por Altamiro Borges

O presidente "Bolsocaro" tira a comida da mesa dos brasileiros. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), divulgado na sexta-feira (25) pelo IBGE, confirma que o principal puxador da inflação foi o grupo Alimentos e Bebidas, que acelerou em relação ao mês anterior (1,20%) e apresentou a maior variação (1,95%) no período.

O segundo maior impacto no bolso do povão foi do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, cujos preços subiram 1,30%. Na sequência, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, aparece o grupo Transportes, com alta de 0,68%. Juntos, estes três grupos representaram 75% do impacto total sobre o IPCA-15 de março.

Roubalheira em nome de Deus

Charge: Dorinho
Por Jeferson Miola, em seu blog:


A roubalheira no Ministério da Educação [MEC] é bastante original: pastores evangélicos cobram propina em barras de 1kg de ouro para intermediar verbas públicas que, antes de chegarem ao destino final, decerto ainda ficam sujeitas à rapinagem por outros atravessadores – leigos ou religiosos.

Tudo endossado pelo ministro Milton Ribeiro e a mando do Aberração do Planalto, que sempre repete o bordão “deus acima de todos”.

A descoberta da roubalheira indica o quão ilimitado é o propósito de degradação e destruição da educação pública brasileira. E revela, também, as entranhas do poder miliciano e fascista-militar ancorado no charlatanismo/fundamentalismo religioso.

Sanções imperialistas e a maldição do dólar

Por Jair de Souza


Desde o final da II Guerra Mundial, o mundo está submetido ao dólar estadunidense como moeda da transação internacional.

A partir de 1971, com o fim do lastreamento do dólar com o ouro, o mundo passou a operar com base numa moeda inteiramente vinculada aos caprichos das autoridades monetárias dos Estados Unidos. Foi este mecanismo que possibilitou que a economia estadunidense entrasse numa fase de parasitismo como nunca antes havia sido visto na história da humanidade.

Sendo o dólar a moeda fiduciária internacional e sem necessidade de estar amparada em reservas em ouro para sua validade, os Estados Unidos passaram a se despreocupar com a questão de seu déficit orçamentário. Afinal, qualquer desequilíbrio que viesse a surgir seria compartilhado (na verdade, transferido) ao restante do mundo. Bastava emitir mais dólares e as contas seriam acertadas. E isso os Estados Unidos poderiam fazer sem dificuldades.

Os pastores que os jornalistas não viam

Charge: Brum
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Se o próprio Milton Ribeiro não tivesse aberto a boca grande para fazer média com os pastores traficantes de verbas do MEC, tudo estaria numa boa até hoje.

Nessas circunstâncias em que o criminoso é o delator, é de se perguntar como a imprensa não sabia que o tráfico de verbas dos homens de fé existia há muito tempo?

Por que só agora a Folha conta que os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura tinham até um QG em um hotel de Brasília para negociar com prefeitos a liberação de verbas em troca de ouro e propinas?

Os pastores eram há muito tempo atravessadores que intermediavam a liberação de dinheiro, a mando de Bolsonaro, mas só foram descobertos agora, no último ano do mandato de Bolsonaro?

O fósforo queimado da propaganda da direita

Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, em seu blog:


Desligue, por uns minutos, da historinha que a grande mídia conta, sobretudo na Folha, de que “Jair Bolsonaro está se recuperando” e “Lula tem tendência de queda”.

Nem mesmo nas pesquisas, das quais jornais e bancos – insuspeitos de “lulismos” – conseguem “engatar” esta versão, embora haja muita gente boa que deixa se levar por isso.

Eleição não se ganha de véspera, e é claro que entre ser favorito e eleger-se há um oceano que Lula tenta transpor com alianças políticas mais amplas que o PT jamais ousou.

Observe, porém, que por detrás dos comentários sobre os números das pesquisas, volta, sem se mostrar abertamente, a história de que a rejeição ao ex-presidente, obra da Lava Jato, não lhe permitiria formar a maioria necessária para vencer Jair Bolsonaro.

Alta da gasolina e a política da Petrobras

TV pode ser a principal mídia nestas eleições

A guerra híbrida total contra a Rússia

Frente ampla para florescer a esperança