quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Inclusão social provocou reação conservadora

Por Marcio Pochmann, no site da Fundação Perseu Abramo:

O projeto de inclusão experimentado pelo capitalismo avançado seguiu, em geral, a tríade sucessiva dos direitos civis, políticos e sociais. Com ingresso tardio no modo de produção capitalista, após longeva superação da escravidão, o Brasil constituiu lenta e gradualmente o seu processo próprio de inclusão social demarcado por três ciclos imediatos e fortemente contestados e atacados pelo conjunto de forças liberais conservadoras.

Justiça ou Judiciário: Qual a nossa escolha?

Por Denise da Veiga Alves e Giselle Mathias, no site Jornalistas Livres:

Em um primeiro momento, é possível crer que “Justiça” e “Judiciário” sejam a mesma coisa. Afinal, naturalizou-se nomear o Poder Judiciário de “Justiça”.

Porém, desde muito cedo a humanidade aprende que Justiça é mais do que um mero conceito. Justiça é um sentimento que transforma e diferencia as pessoas daquilo que é bestial; é o que retira as pessoas da barbárie e faz todos iguais. A Justiça é o equilíbrio, a equidade, o respeito e o reconhecimento da humanidade do outro. O outro, mesmo diferente, mas cuja humanidade é reconhecida e respeitada.

"Mercado" aposta suas fichas em Alckmin

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Segundo informações divulgadas na mídia comercial, boatos que circularam na tarde de terça-feira (7) derrubaram o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, que fechou em queda de 0,87%. O motivo seria uma possível delação premiada envolvendo o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin.

Uma segunda corrente de boatos, porém, teria informações de que uma pesquisa traria notícias de que o desempenho do candidato não estaria dando sinais de recuperação. A pesquisa CNT/MDA, divulgada hoje a partir de sondagem restrita ao estado de São Paulo – que traz Alckmin atrás de Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera –, não permitiu comparação com o levantamento anterior, de maio, que teve abordagem nacional.

Venezuela: Drones no ar, povo nas ruas

O tiroteio entre Alckmin e Bolsonaro

Alckmin, Bolsonaro ou BTG Pactual?

Por Alexandre Andrada, no site The Intercept-Brasil:

Quando o jornalismo se refere a esse ente abstrato chamado “mercado”, saiba que é apenas o nome impessoal dado um punhado de empresas do setor financeiro, de origem nacional e estrangeira, cujas sedes se concentram no Rio e em São Paulo.

O Banco Central divulga semanalmente o Relatório Focus, que apresenta as expectativas do “mercado” sobre uma série de variáveis econômicas. Em seu último número, vê-se que “ele” espera para 2018 uma inflação de 4,11%, e de 4% para 2019 e 2020.

As Fintechs e o futuro dos bancos no Brasil

Por Marco Aurélio Cabral Pinto, no site Brasil Debate:

O termo Fintech poderia ser tanto o mais celebrado como o mais subestimado que a indústria tem visto nas últimas décadas. Por um lado, do ponto de vista do investidor, o funding para a revolução Fintech por Venture Capital tem sido explosivo, resultando em bilhões de dólares em investimentos. Contudo, muito poucas startups têm mostrado habilidade e agilidade para inovar nos gaps de experiência que os consumidores têm enfrentado junto aos bancos tradicionais. [World Fintech Report 2017, Kapgemini/Linkedin].

Até agora a literatura sobre o tema Fintechs tem sido majoritariamente composta por relatórios de bancos e consultorias gerenciais, os quais possuem grande poder de influência sobre investidores e gestores de fundos de investimento. Agrupam-se ainda estudos produzidos por universidades sem tradição de independência de pensamento, as quais replicam a narrativa ao mesmo tempo em que a confirmam por meio de “casos” emblemáticos.

Debate na Band é marco da semiditadura

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O debate presidencial da Band, marcado para hoje, traça uma linha divisória na política brasileira.

Em 1989, coube à mesma emissora realizar o primeiro debate presidencial após o restabelecimento das eleições diretas para presidente. Um marco da democratização.

Em 2018, o debate é um marco da semi-ditadura em que o país foi colocado após o golpe que afastou Dilma Rousseff sem crime de responsabilidade, favorecendo a criação de um regime sob tutela judicial. O veto a dois nomes do Partido dos Trabalhadores, o mais popular partido brasileiro, é a expressão clara dessa situação.

Supremo escárnio: STF se dá aumento de 16%

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

No país em que 13,2 milhões de trabalhadores estavam desempregados em junho, segundo o IBGE, e o salário mínimo fica abaixo de R$ 1 mil, empresas, hospitais e escolas fechando por falta de recursos, os supremos ministros do país decidiram, por 7 votos a 4, se conceder um aumento de 16,3%.

Com o aumento, o salário deles passa de R$ 33,8 mil, o teto do funcionalismo, para R$ 39, 3 mil, ou quase 40 salários mínimos, fora todos os penduricalhos.

O jovem militante na greve de fome

Por Juliana Gonçalves, no jornal Brasil de Fato:

O estudante Leonardo Soares participa do Levante Popular da Juventude desde 2015 e se somou à greve de fome em Brasília que entra nesta quarta-feira (8) em seu nono dia. Aos 22 anos, Soares é o mais jovem militante a aderir à "Greve de Fome por Justiça no STF". O grupo que agora conta com sete pessoas está sem ingerir alimentos desde o dia 31.

As armações do grupo Sarney/Murad

Do site Vermelho:

Sem votos para impedir a reeleição do governador Flávio Dino, a oligarquia Sarney volta a usar de uma artimanha já conhecida: o uso da justiça para tentar barrar a candidatura do comunista. Um filme já visto quando do processo de cassação do mandato de Jackson Lago.

A decisão de tornar o governador inelegível é de uma juíza de Coroatá, berço da oligarquia Murad, que não se conforma com a derrota nas últimas eleições. Como não é uma decisão colegiada, o governador continua com seus direitos políticos assegurados.

Alckmin vai levar metade do fundo partidário

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Geraldo Alckmin terá 48% de todo o fundo eleitoral, ou R$ 828 milhões, exatamente o triplo do orçamento disponibilizado para a campanha de Lula, que terá R$ 270 milhões.

Henrique Meirelles, que atua quase como um zagueiro de Alckmin, defendendo as mesmas ideias, terá quase a mesma coisa que Lula.

As informações, incluindo o gráfico abaixo, constam de reportagem da Folha.

Figuras referenciais no reino da hipocrisia

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Uma análise histórica das crises nacionais revelaria o seguinte

1. Fases de turbulência e de perda de referenciais. Morre o velho sem o que o novo tenha sido criado, gerando a grande crise.

2. Em períodos de estabilidade, o processo de criação de reputações é lento. Na transição, especialmente quando surgem novas formas de comunicação – como o rádio, nos anos 20, e as redes sociais, agora – a construção de reputações muda de padrão. Surgem novos personagens, dando um bypass nos caminhos tradicionais, esboroando a hierarquia anterior e abrindo espaço para novas celebridades.

O protagonismo do povo organizado

Por Leonardo Boff, em seu blog:

O Papa Francisco além de ser um líder religioso emerge também como um dos maiores líderes geopolíticos atuais. Ele tem um lado. Não reproduz um discurso equilistra, próprio dos pontífices passados. Pelo fato de ter claramente um lado, o dos pobres, das vítimas e da vida ameaçada, anuncia e denuncia. Denuncia um sistema que idolatra o dinheiro e se faz assassino dos pobres e depredador da natureza. Entende-se-: é o sistema e a cultura do capital. Temos que ouvir suas palavras porque é de alguém que tem consciência dos riscos que pesam sobre toda a humanidade e a natureza.

Lula, grandeza e miséria do Direito

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Em 1886, a Corte Suprema Americana, evocando a cláusula de “proteção igual”, da 14a. Emenda, decidiu que “um funcionário administrativo da Califórnia” era obrigado a conduzir-se pelo princípio da “imparcialidade”, para deferir aos chineses residentes no Estado os mesmos direitos deferidos aos nacionais, concernentes às licenças para “abertura de lavanderias”, porque estes – como os nacionais – tinham direito de “ganhar a vida”. Em 1896 esta mesma Corte, ao tratar de um caso do Estado da Louisiana – referente a passageiro negro que reclamou da “validade constitucional” de uma Lei que orientava o oferecimento de acomodações “iguais mas separadas” nos seus trens- decidiu que esta regra de “apharteid” não era inconsistente, juridicamente, frente à mesma Emenda.

A escalada da extrema-direita na Venezuela

Por Socorro Gomes, no blog Resistência:

No último sábado (4), a direita venezuelana, mancomunada com seus patrões imperialistas passou a uma nova fase em sua escalada terrorista para derrocar a Revolução Bolivariana. Sicários a mando de forças obscurantistas, recorrendo a tecnologias modernas, tentaram tirar a vida do presidente legítimo da Venezuela, Nicolás Maduro.

Lado a lado com as forças democráticas e amantes da paz em todo o mundo, rechaçamos esta ação terrorista, tanto quanto temos lutado energicamente contra as intentonas golpistas que sucessivamente ocorrem na Venezuela.