quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Lambe-botas de Trump já assusta ruralistas

Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (8), na primeira entrevista do ano concedida ao imperdível blog DCM (Diário do Centro do Mundo), o ex-presidente Lula disse que Jair Bolsonaro “é um lambe-botas dos EUA”. Ele se referia à postura subserviente e vergonhosa adotada pelo Itamaraty diante do atentado terrorista do genocida Donald Trump contra o Irã. A crítica do petista deve ter obtido a concordância até de setores da cloaca burguesa, como os barões do agronegócios, que financiaram a campanha do “capetão”.

Bolsonaro ataca jornalista: ‘raça em extinção’

Por Altamiro Borges

A mídia monopolista – que adora o programa ultraneoliberal de Jair Bolsonaro, mas que teme a sua agenda civilizatória regressiva e o seu autoritarismo na política – até que tentou fazer as pazes com o “capetão” no final do ano. No clima festivo do período, ela propagou descaradamente a retomada do crescimento da economia, criando um clima de otimismo com a falaciosa explosão das vendas de natal e parcial queda do desemprego.

Finalmente Jair Messias diz uma verdade!

Por Eric Nepomuceno

Bem: é preciso reconhecer que antes ele disse outra verdade, quando assegurou que não pretendia construir um novo Brasil mas ‘desconstruir’ o que existia. E também é preciso reconhecer que ele vem ‘desconstruindo’ tudo com uma voracidade e um ódio sem precedentes.

E qual a segunda das duas únicas verdades que ele proferiu desde que assentou sua deplorável figura na poltrona presidencial?

Que no Brasil o jornalismo é uma espécie em extinção.

Devo admitir que pela primeira e única vez estou de acordo com Jair Messias.

Por razões radicalmente diferentes, é claro. Mas de acordo.

O jornalismo, ao menos o praticado pela minha geração e talvez pelas duas ou três que vieram imediatamente depois, começou a desaparecer há muito, muito tempo. Mais exatamente a partir de 1985, quando a ditadura acabou (ao menos formalmente...) e um civil retomou a presidência.

A vergonhosa entrega do patrimônio nacional

Por Cézar Manoel de Medeiros, na revista Teoria e Debate:

As privatizações e as concessões efetivadas no Brasil desde o início da década de 1990 não vêm resultando em investimentos conforme o esperado. Ao contrário, as empresas alienadas e a maioria das concessionárias ficaram estagnadas ou foram desativadas.

A maioria absoluta foi adquirida por empresas estrangeiras, cujo processo decisório para realização de investimentos passou a ser de suas matrizes no exterior.

As aquisições das empresas estatais na década de 1990, mesmo tendo sido realizadas com títulos públicos pelos valores de faces de cada título a vencer em mais de 20 a 25 anos sem qualquer deságio (denominadas moedas podres), logo, sem comprometer dispêndios financeiros próprios e não menos grave as empresas foram alienadas por preços aviltados devido a avaliações subestimadas via cálculo do valor presente usando elevadas taxas de desconto, superestimativa da evolução de custos operacionais e subestimativa da evolução de receitas.

O Brasil virou Ninguém

Por Gilberto Maringoni

O Brasil perde relevância. Paul Krugman termina sua coluna sobre o ataque dos EUA – publicado ontem na FSP e em vários jornais – da seguinte maneira:

“As autoridades de Trump parecem surpresas com as consequências uniformemente negativas do assassinato de Suleimani: o regime iraniano está fortalecido, o Iraque tornou-se hostil, e ninguém se manifestou em nosso apoio”.

Ninguém, não.

O Brasil apoiou.

Sandices de Bolsonaro e o inferno da guerra

Por Renato Rovai, em seu blog:

O Brasil tem uma das diplomacias mais competentes do planeta há algumas décadas. Não entramos em bola dividida. Sempre nos colocamos como solução para a paz.

Mas com o amadorismo de Ernesto Araújo e a sandice de Bolsonaro estamos próximos a nos envolver numa guerra que não é nossa e com a qual só temos muito a perder, mesmo que ela não atinja nosso território.

O contra-ataque do Irã às bases dos EUA são apenas a ponta do iceberg do que pode vir a ocorrer. O mundo pode estar vivendo o preâmbulo de uma 3a guerra mundial se o Congresso americano não interditar Trump.

Araújo joga a bomba e sai de férias

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

O chanceler Ernesto Araújo fez como o menino que atira uma pedra na vidraça da vizinha, e no meio do estrondo sai correndo e se esconde.

É inacreditável que ele esteja de férias no exterior numa hora destas.

Mas Bolsonaro informou que está, e que só quando ele voltar (onde estará descansando off-line neste mundo conectado?) irão conversar sobre a cobrança de explicações do Irã, após o Brasil ter oferecido respaldo eloquente ao ataque de Trump que matou o general iraniano Soleimani.

Os últimos sinais são de que Bolsonaro, na ausência do chanceler olavista, agora está confuso, sofrendo pressões internas para que o governo fique “pianinho”, conforme o colunista Lauro Jardim, de O Globo, disse ter ouvido de ministro palaciano.

A mobilização contra as privatizações

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Lunáticos, desqualificados e perigosos