sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Desarticular base ideológica do bolsonarismo

Charge: Marcio Baraldi
Por Jair de Souza

O bolsonarismo foi derrotado nas urnas em 30 de outubro. Embora os líderes das forças de extrema direita brasileiras não esperassem por este desfecho, no campo popular, nós também demoramos um pouco para nos dar conta de como foi grandiosa a nossa vitória.

À medida que as informações iam sendo conhecidas, fomos entendendo como a máquina do governo bolsonarista fez de tudo para tentar garantir a reeleição de seu capitão. Além das centenas de bilhões de reais de dinheiro público desviados através do orçamento secreto para favorecer a viabilidade política de seus aliados, outros tantos foram descaradamente empregados para bancar a gigantesca compra de votos da população mais necessitada. As cenas estampadas na reportagem do jornalista Caco Barcellos dão boa ideia da dimensão do jogo sujo e da roubalheira de recursos públicos praticados nessa tentativa de impedir que os interesses reais do povo brasileiro fossem respeitados.

O novo desafio de Lula

Montes Claros/MG. Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


A campanha eleitoral de Lula representou de forma bastante fiel o sentimento da maioria da população brasileira quanto ao governo Bolsonaro e sua natureza fascista. Em especial, foi essencial a construção desta ampla frente democrática no segundo turno para impedir a continuidade desta aventura golpista da extrema direita por mais quatro anos em nosso País. Não havia outra liderança política capaz de dar cabo de tal tarefa, aglutinando em torno de sua candidatura o apoio de figuras como Guilherme Boulos e Fernando Henrique Cardoso, Marina Silva e Simone Tebet, José Sarney e Flávio Dino, Armínio Fraga e Luiz Belluzzo, Geraldo Alckmin e Renan Calheiros, Amoedo e Roberto freire, para citar apenas algumas.

Para desmontar o bolsonarismo

Charge: Céllus
Por João Feres Júnior, no Diário do Centro do Mundo:

Sempre digo aos jornalistas que me procuram em época de eleição: infelizmente, a bola de cristal que encomendei por uma bagatela do Ali Express ainda não chegou.

Contudo, eles insistem em demandar previsões sobre o futuro político do nosso país. A mais frequente é acerca do futuro do bolsonarismo.

Só posso utilizar o conhecimento acumulado sobre o bolsonarismo para ensaiar esse exercício de futurologia.

Em meados de 2021, coordenei no âmbito do Laboratório de Estudos da Mídia e Esfera Pública (LEMEP), junto com a cientista política Carolina de Paula, uma pesquisa qualitativa de alcance nacional com grupos focais de pessoas que haviam votado em Bolsonaro em 2018, cujos resultados podem ser encontrados nesse link.

Essa pesquisa serve de base ao exercício feito no presente artigo, juntamente com informações colhidas de outras pesquisas qualitativas feitas pelo LEMEP ao longo de 2022 e algumas análises quantitativas que venho produzindo a partir de micro dados de pesquisas de institutos conhecidos.

Os desafios da reconstrução

Curitiba, 18/9/22. Foto: Ricardo Stuckert
Por Roberto Amaral, em seu blog:


“O Brasil tem um potencial para o atraso e para a violência muito grande, que anos de governos mais ou menos civilizados não foram capazes de reduzir” - Maria Hermínia Tavares (Valor, 28/10/2022)

O pronunciamento da soberania popular no último 30 de outubro deu um basta a um governo em guerra contra o país. Mas, acima de tudo, afastou do horizonte visto a olho nu a mais grave ameaça à democracia desde a intervenção militar de 1º de abril de 1964, ao impedir a instauração da pior das ditaduras, aquela que se instala com o respaldo do pronunciamento eleitoral, e se legitima na ordem constitucional permanentemente revista segundo seus interesses. Há, pois, muito o que comemorar, e muito que agradecer à ação dos militantes, decisivos em momento de inédita e radical polarização política.

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