quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Daniel Silveira e Bob Jefferson serão soltos?

Prevent Senior e a subnotificação seletiva

Por Fernando Brito, em seu blog:


A reportagem de Ana Clara Costa, na revista Piauí, e o atestado de óbito mostrado pelos senadores Otto Alencar e Randolfe Rodrigues, revelando que as mortes do médico cloroquinista Antonio Wong e Regina Hang, mãe do dono das lojas Havan, embora diagnosticados com Covid, tiveram esta informação omitida no registros mortuários, mostra uma inacreditável manipulação para esconder a doença em pacientes “selecionados”, que poderiam ser um forte questionamento ao charlatanismo do “tratamento precoce”.

A mentira como principal política de Estado

Por Bepe Damasco, em seu blog:


Ah, que preguiça!

Comentar sobre o discurso de Bolsonaro na tribuna da ONU é chover no molhado.

Alguém tinha dúvida de que o inominável cobriria mais uma vez o Brasil de vergonha?

Esperar o que de um sujeito que não tem estatura nem para falar em reunião de boteco ou assembleia de condomínio?

Mas o buraco é mais embaixo. Há que se questionar a intocabilidade da tradição que confere ao Brasil o privilégio de abrir as assembleias gerais. Por representar a negação de todos os valores da ONU, Bolsonaro deveria ser impedido de discursar, ou pelo menos de fazer a fala inaugural.

Prevent Senior deixa CPI da Covid estarrecida

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

As denúncias reveladas no depoimento do diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, nesta quarta-feira (22), foram consideradas por senadores da CPI da Covid como “estarrecedoras”, como classificou a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA). O representante da operadora admitiu que, depois de 14 dias de internação ou 21 de terapia intensiva, as orientações no hospital eram para mudar o dignóstico de Covid para outra doença. Depois da quarentena, os pacientes eram transferidos para enfermarias ou quartos, para “tratamento paliativo”, e teriam a CID (classificação internacional de doença) alterada.

Governador do Amazonas vira réu no STJ

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

O Brasil e o mundo inteiro assistiram ao desespero que viveu o Amazonas desde o início da pandemia, em março de 2020. O estado passou por duas fortes ondas, perdendo milhares de vidas, muitas delas por colapso na saúde e por puro descaso do poder público.

Na primeira onda, entre abril e maio de 2020, o estado foi o primeiro do País a entrar em colapso no sistema de saúde, por conta do alto número de infectados, do aumento de internações e pela falta de leitos e equipamentos nos hospitais, ou seja porque o governo não se preparou para enfrentar o problema, para salvar vidas.

Ao mentir na ONU, Bolsonaro fica ainda menor

Editorial do site Vermelho:


Não convinha nutrir expectativas elevadas com o discurso de Jair Bolsonaro, na sessão de abertura da 76ª Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (21), em Nova York (EUA). Mas era razoável supor que o presidente brasileiro dificilmente conseguiria sair das Nações Unidas menor do que entrou, haja vista a rejeição já recorde a seu governo, a crise generalizada no Brasil e a imagem tão deteriorada do País na comunidade internacional.

Na ONU, Bolsonaro discursou para sua escória

Por Jeferson Miola, em seu blog:


No discurso na ONU Bolsonaro foi Bolsonaro. Aliás, foi transparentemente Bolsonaro.

Como sempre, recitou mentiras, disparates, delírios e reafirmou sua cosmovisão fascista e reacionária. Bolsonaro se postou como se estivesse conversando com apoiadores no chiqueirinho do Alvorada.

No conteúdo do discurso, ele simplesmente ignorou a enorme audiência planetária que costuma acompanhar o principal evento anual das Nações Unidas – que, decerto, ficou assombrada com as barbaridades que ouviu.

Bolsonaro não se referiu aos temas centrais da agenda internacional da atualidade, apenas desfilou questões doutrinárias e ideológicas que conformam o ideário da extrema-direita: “família tradicional”, anticomunismo, fundamentalismo religioso, negacionismo e ataques à democracia.

No discurso da vergonha, o medo de Lula

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


O discurso que o Itamaraty preparou para Bolsonaro ler na ONU buscava melhorar a imagem do país e de seu governante.

Já em Nova York, Bolsonaro e seu filho Eduardo enxertaram os "cacos" ideológicos e negacionistas que produziram críticas caudalosos mundo afora, para vergonha dos brasileiros, em meio a delírios mitômanos sobre um êxito inexistente. Bolsonaro mentiu diante do mundo da primeira à última linha.

Os "cacos" ideológicos, como a pregação do uso de drogas ineficazes, o famigerado tratamento precoce, e a negação do passaporte vacinal, foram afagos na extrema direita interna e externa, que está festejando o discurso da mentira e da vergonha.

Já foram muito comentadas as mentiras sobre êxitos do governo em áreas onde ele é fracasso, como meio ambiente, combate à pandemia, gestão econômica, combate ao racismo, proteção aos índios e tudo o mais.

Juntar forças para formar uma maioria

Por Roberto Amaral, em seu blog:


O “Fora Bolsonaro!”, a palavra de ordem que unifica a ação das massas, cobra da esquerda socialista a tarefa pedagógica de denúncia da sociedade de classes. A campanha pelo impeachment, portanto, é, a um tempo, tática e estratégica, pelo seu claro objeto, em si, e por constituir espaço privilegiado para a retomada do papel de sujeito pelo movimento popular. Para além da remoção do entulho presidencial nosso objetivo mira a construção de um novo pacto que aponte para uma nova ordem econômico-social. Não há hierarquia de metas, mas simultaneidade na ação.

Primavera?

La puerta, 1966/Juan Genovés
Por João Guilherme Vargas Netto


Quais surpresas nos trará a primavera? Do jeito que as coisas estão será uma mistura de um gélido inverno, um tórrido verão e um desolado outono.

Para os trabalhadores a situação é desesperadora e, em certos aspectos, desmoralizante. O desemprego desorganiza e amedronta, o salário despenca e os direitos são pisoteados; sopra um vento mau contra a classe.

Para o movimento sindical, que representa o núcleo duro do mundo do trabalho, as dificuldades são terríveis.

Há uma contradição entre o conjunto das tarefas a serem enfrentadas – tarefas que dizem respeito à toda mala vita dos trabalhadores – e a capacidade de ação dos sindicatos, limitada ainda aos representados formais e ainda mais pelo garroteamento sucessivo dela.