terça-feira, 26 de junho de 2018

O lupanar do pensamento em Roda Viva

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

Na primeira metade do século 19, indignado com as trampolinagens dos que usavam os jornais para a autopromoção, difamação de adversários, intrigas e picaretagens de todo o tipo, Honoré de Balzac, na obra prima “As Ilusões Perdidas”, livro dos livros da majestosa “Comédia Humana”, qualificava a imprensa da época como o “lupanar do pensamento”.

A fértil imaginação e o agudo senso de realidade do maior de todos os escritores franceses não imaginaria, contudo, o nível de abjeção, indignidade, desonra e sujeira a que poderiam decair os meios de comunicação do Brasil de quase dois séculos depois.

Edson Fachin, 'o carcereiro da Lava Jato'?

Por Leonardo Fernandes, no jornal Brasil de Fato:

“Apoiamos Dilma para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens naturais. Um país socialmente justo que continue acelerando a inclusão social e que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional. Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade e a erradicação da miséria. Um país que preserve sua dignidade reconquistada. O governo que queremos é o governo que preservou as instituições democráticas e jamais transigiu com o autoritarismo”.

Quem votou a favor do Pacote do Veneno


Por 18 votos a 9, o PL 6.299/2002, conhecido como Pacote do Veneno, foi aprovado em comissão especial da Câmara dos Deputados, que votou a favor do relatório apresentado pelo deputado Luiz Nishimori (PR-PR), da bancada ruralista da Casa. O projeto atende apenas interesses de setores agroindustriais e autoriza o registro de agrotóxicos com substâncias que comprovadamente potencializam câncer, mutações genéticas, desregulações endócrinas e malformações fetais, além de retirar prerrogativas dos ministérios do Meio Ambiente e da Saúde nos processos de análise e registro de pesticidas, concentrando o poder de veto no Ministério da Agricultura.

A agressão a Manuela no Roda Vida

Por Dilma Rousseff, em seu site:

Manifesto minha integral solidariedade à deputada Manuela D’Ávila, alvo de ataques machistas e misóginos no ‘Roda Viva’. Convidada para falar sobre sua candidatura, Manuela foi hostilizada pelo âncora e pelos entrevistadores.

Foi interrompida dezenas de vezes para que não pudesse concluir as respostas. Um chefe de campanha de Bolsonaro foi convocado para insultá-la. Mas Manuela foi corajosa e firme. Saiu do programa engrandecida, como política e como mulher.

Manuela desmonta bancada do Roda Viva

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Há mais de 30 anos no ar e um dos mais tradicionais programas de entrevista da TV brasileira, o Roda Viva desta segunda-feira (25) subverteu a sua premissa "de ser um espaço plural para debater ideias". A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila, não se intimidou com as ironias e os ataques provocativos destilados por uma parte da bancada que não estava interessada em fazer perguntas, muito menos ouvir o que uma presidenciável tinha a dizer.

MST aponta mentiras da revista IstoÉ

Do site do MST:

Em matéria intitulada: “A corrupção por trás das invasões do MST”, publicada pela revista IstoÉ, declaramos que:

1 - A reportagem, assinada por Ary Filgueira, não possui consistência jornalística e muito menos investigativa. Trata-se de especulações, sem comprovações ou vínculos com a realidade, próprio de matérias que objetivam a criminalização da luta do MST;

2- É notório que o MST sempre combateu a Medida Provisória 759, convertida na lei 13.465 de 2017. Diversas foram as manifestações públicas denunciando a lei, que é uma tentativa de acabar com a Reforma Agrária no país, regularizar a grilagem de terra e privatizar os assentamentos já existentes. O MST é contra a regularização fundiária proposta pela lei 13465, defendendo a manutenção da Concessão do Direito Real de Uso (CDRU), com a proibição da venda de lotes do Programa Nacional de Reforma Agrária;

A crise e o grande dilema da economia

Por Paulo Nogueira Batista Jr., na revista CartaCapital:

Com quais problemas macroeconômicos se defronta o Brasil? Com dois, fundamentalmente: o desemprego e as finanças públicas. O governo atual nada mais fará, a não ser agravá-los. Mas e o próximo? Os dois problemas são graves, e o pior é que a solução do segundo agrava o primeiro. O corte de gastos ou o aumento dos impostos deprime ainda mais a atividade econômica e o emprego. Este é o grande dilema.

Não é Lula pré-candidato?

Por Luna Sassara e João Feres Jr., no site Manchetômetro:

No último dia 8 de junho, o Partido dos Trabalhadores promoveu um ato na cidade mineira de Contagem para lançar a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto. Mesmo preso em Curitiba desde 7 de abril, Lula mantém-se em primeiro lugar isolado nas pesquisas de intenção de voto para a disputa da Presidência da República. A cobertura do evento feita pelos veículos de mídia impressa analisados pelo Manchetômetro foi exígua. Deparamo-nos com uma questão clássica daquilo que a literatura de estudos de mídia chama de agendamento: afinal, que assuntos são escolhidos pelos editores de jornais brasileiros e quais são descartados?

PSDB faz 30 anos: Retrato na parede

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Depois de uma reunião da Comissão Executiva, o PSDB fará hoje um ato modesto para celebrar os 30 anos de sua criação.

O partido atual lembra pouco a dissidência de centro-esquerda que se insurgiu contra os métodos fisiológicos do quercismo, então dominante no PMDB, rachando em plena Constituinte para fundar o PSDB.

A fotografia dos fundadores formando um semicírculo no gramado hoje é mesmo apenas um retrato na parede.

No Roda Viva, Manuela desmascara ruralista

Da revista Fórum:

A deputada estadual e pré-candidata à presidência pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, foi a entrevistada do tradicional programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (25).

O primeiro bloco do programa foi marcado por provocações dos entrevistadores, que tentaram associar o fato de a pré-candidata ser do PCdoB a regimes totalitários equivocadamente chamados de “esquerda” ao redor do mundo.

Um dos entrevistadores que fez a provocação foi Frederico D’Ávila, diretor da Sociedade Rural Brasileira. Em sua pergunta, ele afirmou que o fascismo é “de esquerda”, já que a CLT foi baseada em uma lei de Benito Mussolini e que ela, assim como os demais candidatos de esquerda, defendem a legislação em detrimento da reforma trabalhista. A pré-candidata, respondendo à provocação, desmascarou Frederico, que é coordenador programa de agronegócio do PSL, partido de Bolsonaro.

Bancada da Bíblia não fala por evangélicos

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

O campo evangélico é heterogêneo e muito complexo. A chamada bancada evangélica, que surgiu com apoio midiático, não fala em nome da comunidade evangélica – ela expressa apenas interesses particulares dos parlamentares.

É o que afirma Anivaldo Padilha, histórica liderança pelos direitos humanos, em entrevista ao Tutaméia. Sociólogo, membro da igreja metodista e articulador de movimentos ecumênicos no Brasil e na América Latina, ele é um dos fundadores da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, grupo que surgiu em 2016.


PSDB chega aos 30 anos com a cara de Aécio

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Nesta segunda-feira, 25 de junho de 2018, o PSDB chega aos 30 anos no pior momento da sua vida, sem motivos para comemorações.

Certamente, este partido aliado à bancada do boi e ameaçado pela Lava Jato, não era o dos sonhos de Mario Covas, o seu primeiro presidenciável, em 1989.

Ameaçado, na verdade, é apenas força de expressão, já que a Justiça sempre dá um jeito de livrar os tucanos das denúncias que pesam contra eles, mas a imagem do do partido está tão desgastada que sequer consegue lançar um candidato competitivo a presidente.

Vai faltar gás de cozinha no Brasil

Do site da Federação Única dos Petroleiros (FUP):

Um dos itens do programa de desinvestimento privatização da Petrobrás é a redução das cargas nas refinarias, o que influencia diretamente o abastecimento do GLP (gás liquefeito de petróleo), o gás de cozinha.

Em 2014, a produção das Refinarias do país bateu recorde, chegando a refinar uma carga de 2,1 milhões de barris de petróleo por dia de acordo com o portal da Petrobrás. O que, consequentemente, gerou um aumento no processamento do GLP.

Ao contrário desta política do governo Dilma, em 2014, que visava a redução das importações de derivados através da gestão integrada do sistema de abastecimento, na gestão do entreguista Mishell Temer, a partir de 2016, a lógica foi invertida. Agora a ordem é reduzir o processamento das cargas das refinarias para comprar do mercado estrangeiro o que o país tem tecnologia e capacidade para produzir nacionalmente.

O apagão do jornalismo no Roda Viva

Por Renato Bazan, no blog Diário do Centro do Mundo:

O jornalismo brasileiro sofreu um apagão na noite desta segunda-feira (25). Não há outra forma de definir a tempestade de estupidez e machismo em que se transformou o Roda Viva sob o comando de Ricardo Lessa.

O que deveria ser ser uma sabatina com a pré-candidata à presidência Manuela D’Ávila, do PCdoB, tornou-se a vitrine da malícia reacionária que domina a nossa imprensa. Por uma hora, Manuela se viu cercada de jornalistas menos interessados em seu projeto e mais em vê-la tropeçar nas perguntas-pegadinha normalmente direcionadas à esquerda brasileira. Não a levaram a sério. Interromperam-na centenas de vezes.

Pejotização e precarização dos jornalistas

Por Reginaldo Cruz, no site Brasil Debate:

O contexto da desregulamentação das relações de trabalho na década de 1990 favoreceu a proliferação de contratações chamadas atípicas, ou seja, com a diversificação da forma do uso e remuneração da força de trabalho. A forma de contratação por tempo indeterminado, característica das relações regulamentadas pela CLT, pode ser legalmente substituída por formas diversificadas de regime de trabalho como ocorre, por exemplo, com as terceirizações – quando uma parte de trabalho é separada e fatiada e sai da estrutura da empresa, ou mesmo na transformação direta do empregado em empresa, por meio dos contratos Pessoa Jurídica (PJ), que transformam uma relação de trabalho subordinado em um contrato entre empresas – a pejotização (Pochmann, 2008).