sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

França reedita protestos de 2013 do Brasil

Foto: AFP
Por Rosana Pinheiro-Machado, no site The Intercept-Brasil:

Tem sido assim nos últimos dias: acordo, acesso as redes sociais e metade dos meus amigos está dizendo que as manifestações dos “coletes amarelos” na França – os gilets jaunes – são de extrema-direita, fascistas e ajudarão a eleger Marine Le Pen, a deputada da Frente Nacional. A outra metade comemora a revolta popular e está contente que os 50 anos das agitações de 1968 não passaram despercebidos.

Nós já vimos esse filme. E ele não leva a lugar algum.

Moro arquitetou em 2005 plano contra Lula

Por Jeferson Miola, em seu blog: 

Em entrevista a Roberto D’Avila/Globo News, Onyx Lorenzoni revelou que Moro arquitetou o plano para prender Lula ainda em 2005, depois de frustrada a primeira tentativa durante o processo do chamado mensalão.

Naquele mesmo ano, no bojo da conspiração para derrubar o primeiro governo Lula, o oligarca Jorge Bornhausen, então presidente do PFL [atual DEM, partido do Onyx], fez a célebre declaração genocida, defendendo a “eliminação dessa raça [dos petistas] do país pelos próximos 30 anos”.

Deixando transparecer orgulho da amizade antiga com Moro, na entrevista Onyx acabou fazendo 1 confidência que tem o efeito de 1 bomba nuclear:

Caso Palocci e o jornalismo venal

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Ainda não chegou o dia em que os jornais brasileiros voltarão a fazer jornalismo. Na área policial e na primeira página, continuam, todos, meros joguetes de procuradores, delegados e juízes, enquanto nos artigos de fundos aumentam as preocupações com o estado policial, que eles mesmos ajudam a alimentar.

É um jogo desmoralizador para o jornalismo.

Esperança: Indignação e coragem

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Vivemos no Brasil nos últimos dois anos dois grandes golpes: o primeiro, o impeachment e a deposição de Dilma Rousseff, e neste ano de 2018 a ascensão da extrema-direita com a eleição de Jair Bolsonaro a presidente do Brasil.

Não foi Bolsonaro que ganhou. Foi o PT que perdeu e com ele o Brasil.

1. Vivemos tempos sombrios e incertos


Militares darão as cartas no futuro governo

Por Fernando Rosa, no blog Viomundo:

O atual governo conta com sete ministérios sob comando de militares, além de outros cargos ocupados por oriundos do meio militar.

Além do presidente, do vice e vários ministérios, duas secretarias chaves, a Secretaria de Assuntos Estratégicos e a Secretaria de Comunicação, serão ocupadas por militares.

A presença de militares no governo Bolsonaro é a mais expressiva desde a redemocratização e tão visível quanto os governos da ditadura militar, entre 1964 e 1985.

As dificuldades de ser patrão no Brasil…

Por Jean Wyllys, no blog Diário do Centro do Mundo:

Na sua mais recente declaração sobre como vê a situação dos trabalhadores no país, o presidente recém-eleito resolveu ser bem claro, e disse aos jornalistas que “está difícil ser patrão no Brasil”.

Isso, mesmo. Ser patrão.

Segundo Bolsonaro, tamanhos são os benefícios de empregados (na verdade, irrelevantes se comparados aos de outros países mais desenvolvidos), que os patrões locais estariam em uma situação “horrível”.

Os mitos da privatização da Previdência

Do site Vermelho:

Em artigo no jornal Valor Econômico, intitulado “Previdência e regime de capitalização”, os professores da FEA-USP Carlos Luque - também presidente da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) -, Simão Silber e Roberto Zagha descrevem uma série de mitos sobre o chamado regime de capitalização para a aposentadoria, uma das propostas para substituir o atual sistema da Previdência Social. Eles recorrem à obra "A Balada de Narayama", escrita em 1956 Shichigoro Fukuzawa, para fazer uma analogia com a proposta.

Já apareceu um PC Farias dos Bolsonaro?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Reportagem de Fábio Serapião, publicada no Estadão desta quinta-feira, informa: “Coaf relata movimentação atípica de ex-assessor de Flávio Bolsonaro”.

Relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou movimentação atípica de R$1,2 milhão, no período de 12 meses, na conta do PM Fabrício José Carlos de Queiroz, assessor parlamentar, motorista e segurança do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro, que foi exonerado entre o primeiro e o segundo turno da eleição de outubro, quando a eleição já parecia decidida a favor do capitão reformado.

Brasil chega a 2019 entre 64 e 68

Por Renato Rovai, em seu blog:

Daqui a alguns dias chegamos em 2019. Parece muito que foi ontem quando conversávamos o que causaria o bug do milênio e dizia-se que muitos computadores iriam apagar por conta da programação da virada do seculo 19 para 20.

Parece que foi ontem, mas já faz 19 anos que o tal bug do milênio “assombrou” a terra.

Mas o que isso tem a ver com o título? Talvez muito pouco. Mas me lembro que no século passado falávamos muito do Brasil do próximo milênio, do cidadão do novo milênio etc. E agora na virada para 2019 estamos revivendo uma história que se passou a 60 anos como farsa.

A guerra de valores no Brasil

Por Silvio Caccia Bava, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Não nos iludamos, vivemos apenas um interregno em um processo que deve se acirrar depois de 1º de janeiro, quando toma posse o novo governo. Ocupados com a montagem da equipe ministerial, Bolsonaro, seus generais e os grupos evangélicos que o apoiam deram uma trégua na guerra de valores que está orientando a estratégia de recrutamento de sua equipe.

Colocando a economia de lado, porque esta será dirigida por economistas ultraliberais provenientes do mercado financeiro, inspirados por sua formação na Escola de Chicago e orientados a promover em larga escala a privatização de estatais para atender aos interesses especialmente do grande capital internacional e a direcionar os recursos públicos para alavancar os processos de acumulação, o governo que se constitui tem como projeto político a defesa de valores conservadores e de uma moral fundamentalista.

IBGE: é um país miserável!

A rebelião dos 'coletes amarelos' na França

Foto: AFP
Por Nuno Ramos de Almeida, no site Correio da Cidadania:

Se­gundo as es­ta­tís­ticas do Mi­nis­tério do In­te­rior francês, di­vul­gadas no mo­mento em que está convocada para o pró­ximo sá­bado uma quarta mo­bi­li­zação dos co­letes ama­relos, 136 mil pes­soas mani­fes­taram-se no dia 1 de de­zembro, 166 mil em 24 de no­vembro e 282 mil em 17 de no­vembro.

Mais de 682 pes­soas foram in­ter­pe­ladas pela po­lícia, 630 co­lo­cadas sob de­tenção. Pelo menos 281 pes­soas fi­caram fe­ridas, entre as quais 81 po­li­ciais.