Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Reportagem de Fábio Serapião, publicada no Estadão desta quinta-feira, informa: “Coaf relata movimentação atípica de ex-assessor de Flávio Bolsonaro”.
Relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou movimentação atípica de R$1,2 milhão, no período de 12 meses, na conta do PM Fabrício José Carlos de Queiroz, assessor parlamentar, motorista e segurança do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro, que foi exonerado entre o primeiro e o segundo turno da eleição de outubro, quando a eleição já parecia decidida a favor do capitão reformado.
O documento foi anexado pelo Ministério Público Federal à investigação que deu origem à Operação Furna da Onça, que levou à prisão dez deputados estaduais no Rio.
“O Coaf informou que foi comunicado das movimentações de Queiroz pelo banco porque são incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira do ex-assessor parlamentar”, segundo a reportagem do Estadão.
Foram encontradas na conta do ex-assessor parlamentar transações envolvendo dinheiro em espécie, embora Queiroz exercesse uma atividade cuja “característica é a utilização de outros instrumentos de transferência de recurso”.
Queiroz ganhava R$ 8.517 como assessor parlamentar e mais R$ 12,6 mil da Polícia Militar. Como poderia movimentar R$ 1,2 milhão em sua conta bancária em um ano?
Uma das transações na conta de Queiroz citadas no relatório da Coaf é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A compensação do cheque em favor da mulher do presidente eleito Jair Bolsonaro aparece na lista sobre valores pagos pelo PM.
“Dentre eles constam como favorecidos a ex-secretária parlamentar e atual esposa de pessoa com prerrogativa de função - Michelle de Pàula Firmo Reinaldo Bolsonaro, no valor de R$ 24 mil”, diz o documento do Coaf.
No período de um ano pesquisado pelo órgão de controle também foram encontrados cerca de R$ 320 mil em saque na conta mantida pelo motorista do filho de Bolsonaro.
Desse total, R$ 159 mil foram sacados numa agência bancária no prédio da assembléia Legislativa.
Nos dias seguintes à sua vitória, causou estranheza o fato do presidente eleito ir pessoalmente em dias seguidos a uma agência bancária da Barra da Tijuca, onde mora, acompanhado de forte esquema de segurança.
Vida que segue.
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