domingo, 2 de fevereiro de 2025

Desafios em um mundo em convulsão

Foto: Paulo Pinto/AGPT
Por Roberto Amaral, em seu blog:


A crise política – anunciante do que virá – exige da esquerda brasileira o engenho e a arte que lhe têm faltado: compreender as circunstâncias e o caráter do governo Lula e, nele e em face dele, identificar seu papel e arrecadar os elementos de que carece para agir. Procuramos compreender a realidade para modificá-la, o que exige reflexão, um olhar histórico e um simultâneo comprometimento com o futuro em construção.

Carecemos de uma esquerda preparada para rever objetivos e corrigir paradigmas, despida de partis pris, ousada o suficiente para reavaliar certezas e axiomas, sempre em benefício do processo revolucionário real. Processo que, exatamente por não abdicar das utopias fundadoras, mantém-se atento ao mundo objetivo e suas circunstâncias – não como ditadura da história, mas como fenômeno; não como esfinge, mas como solução.

O que perdemos com a demissão de Bocardi

Foto: Divulgação
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Fiquei chateado com a demissão de Rodrigo Bocardi por “descumprir normas éticas do jornalismo da Globo”, conforme comunicado da empresa.

Sempre achei que, mesmo com atraso, Bocardi seria o jornalista da Globo que iria noticiar e comentar o jantar oferecido pelo véio da Havan a oito desembargadores e dois juízes de Santa Catarina, no dia 16 de dezembro num casarão em Brusque.

Sempre achei que, pelo cumprimento de seu dever ético com o jornalismo, a Globo, com centenas de jornalistas, iria noticiar o banquete.

Lula está pronto para a disputa de 2026

Foto: Ricardo Stuckert
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Estreando uma fórmula de relacionamento direto e mais frequente com a imprensa, o presidente Lula concedeu nesta quinta-feira uma longa entrevista coletiva informal em que abordou questões de governos diversas e mandou um aviso político-eleitoral, embora evitando declarar-se candidato: o de que está pronto, em todos os sentidos, para enfrentar a disputa eleitoral de 2026.

Antecipando-se a uma eventual exploração de problemas de saúde e idade, pontuou: “eu tive um acidente, não uma doença. Estou com 79 anos de idade e energia de 30”.

Os governos e a batalha da carestia

Reprodução da internet
Por Jeferson Miola, em seu 
blog:

Após a pandemia da Covid-19 houve forte disparada dos preços de itens essenciais como alimentos, moradia, energia, transporte, armazenamento, logística, medicamentos, combustíveis.

Com o aumento do custo de vida, os governos nacionais passaram a enfrentar ameaças inflacionárias corrosivas. Devido ao abalo na popularidade, no ano de 2024 uma série de governantes amargaram derrotas nas eleições presidenciais disputadas.

O caso mais notório é dos Estados Unidos, em que a candidata democrata Kamala Harris, pressionada pela carestia e pela inflação dos produtos básicos de consumo, sofreu uma derrota acachapante, a despeito dos indicadores econômicos do seu governo melhores que aqueles herdados da administração Trump.

Alta de juros beneficia o capital financeiro

Reprodução da internet
Editorial do site Vermelho:


A decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de promover mais um forte aumento na taxa básica de juros, a Selic, de 12,25% para 13,25% ao ano, tem sérias consequências para o país e para a vida do povo. É a quarta elevação consecutiva, num ciclo de muita pressão do mercado financeiro. Com um detalhe: é a primeira reunião do Copom sob o comando de Gabriel Galípolo, novo presidente do BC, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Copom, agora sob nova direção, errou ao se submeter a uma diretriz que já se apresentara gravemente equivocada, agravada pelos efeitos danosos já patentes de uma política monetária de matriz neoliberal. E, aos olhos do povo, ficou a mensagem negativa: ano novo e a velha e nociva política de juros altos.