sexta-feira, 4 de maio de 2018

O trabalhador que se vire?

Por Jandira Feghali, no Blog do Renato:

Passadas 48 horas do Dia do Trabalhador, o Governo Temer pôs a guilhotina mais uma vez sob a cabeça dos milhões de brasileiros e brasileiras desempregados. Sob o pretexto de criar crédito suplementar no valor de R$ 1 bilhão para despesas internacionais, Temer cortou o mesmo valor do Fundo de Amparo ao Trabalhador, o seguro-desemprego. Tesoura o elo mais fraco de nossa sociedade, o trabalhador mais pobre, num cinismo absurdo.

A PF e a "Veja" da porta de cadeia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É claro que a revista Veja e o pena de aluguel que se prestou ao papel de escrever a “reporcagem” da edição que estará amanhã nas bancas, sobre a suposta vida de Lula na cadeia se prestaram ao papel de canalhas que, afinal, nem lhes seria novidade.

Afinal, não é possível imaginar que o dito “repórter” tenha entrado clandestinamente numa ala onde, por todas as razões, ninguém tem acesso não-autorizado, onde nem mesmo um Prêmio Nobel da Paz, como Adolfo Perez Esquivel ou governadores de Estado não podem entrar.

A emenda suprema do STF

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

“Não estamos interpretando a Constituição, estamos reescrevendo”, disse a certa altura de seu voto o ministro Gilmar Mendes, na sessão em que o STF aprovou conclusivamente a restrição do foro especial para parlamentares. Agora eles só serão julgados pelo STF por crimes cometidos durante o mandato e a ele relacionados. A contrário do que foi proposto por Dias Toffoli, e apoiado por Gilmar, as cortes especiais foram mantidas para ocupantes de outros cargos a que se chega, não pelo voto, mas por concurso ou nomeação. Os aplausos de agora ao suposto golpe na impunidade podem virar críticas quando as consequências aparecerem.

Como o golpe aumentou o desemprego

Por Lucas Vasques, na revista Fórum:

Dois anos depois do golpe que afastou a ex-presidenta Dilma Rousseff, as perdas sociais são inquestionáveis e marcam profundamente a vida de milhões de brasileiros. Um dos aspectos mais contundentes desse processo de retirada de direitos dos trabalhadores influencia diretamente as estatísticas de desempregados no país. No 1º de maio de 2016 eram 10 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho. Já às vésperas do Dia do Trabalhador de 2018, o número supera os 13 milhões, sob a gestão de Michel Temer, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Reformas estruturais e os direitos sociais

Do site da Fundação Maurício Grabois:

Na próxima terça-feira, 8 de maio, às 18h30, no Auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa/RS, será realizado o sexta e último debate do Seminário "Desenvolvimento Nacional - Dilemas e Perspectivas", intitulado Reformas Estruturais e Direitos Sociais.

Serão palestrantes o jornalista Altamiro Borges (Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé), a psicopedagoga Abgail Pereira (CTB/UBM), o auditor fiscal Floriano Sá Neto (Presidente da ANFIP), Frei Sérgio Gorgen, Edson Carneiro Índio, com mediação de Jorge Branco.

Governo Temer acabou e STF apequenou

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Entramos em maio vendo no horizonte a formação de uma tempestade perfeita na política e na economia.

A cinco meses das eleições, e faltando oito para acabar este governo, o Brasil engatou o ponto morto.

Na verdade, o governo Temer já acabou e as instituições caminham para a autodestruição.

Confinado no Palácio do Planalto, o presidente da República apenas cumpre tabela e arma sua defesa para enfrentar novas denúncias. Sem “reformas”, não tem mais nada para fazer.

Sobre fogo, direitos e Justiça

Por Roberto Andrés, no site Outras Palavras:

O incêndio que consumiu um edifício de 24 andares no centro de São Paulo é responsabilidade de agentes que não respeitam as leis. Que agem à revelia das regras pactuadas no estado democrático e da constituição. Correto?

Sim, mas erra quem pensa que os criminosos aí são as pessoas que viviam no prédio.

Existe um livro de capa verde, que em suas 512 páginas estabelece as leis que devem reger a vida coletiva no país. Chama-se Constituição da República Federativa do Brasil, e pode ser inteiramente lido na Internet.

Blogueiros discutirão a crise política

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O primeiro Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas ocorreu em 2010, concomitantemente ao processo eleitoral que elegeu Dilma Rousseff pela primeira vez.

A ideia partiu do jornalista Luiz Carlos Azenha, repórter da TV Record e fundador do site Viomundo. Azenha se inspirou em evento semelhante que reuniu milhares de blogueiros norte-americanos na eleição de Barack Obama, um ano antes.

Uma reunião foi marcada pelo idealizador do evento no tradicional restaurante paulistano Sujinho.

Unidade das Esquerdas: Quando e como?

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Carta Maior:

Tenho escrito muito sobre as esquerdas, o seu passado e o seu futuro.

Tenho preferência pelas questões de fundo, coloco-me sempre numa perspectiva de médio e longo prazo e evito entrar nas conjunturas do momento. Neste texto sigo uma perspectiva diferente: centro-me na análise da conjuntura de alguns países, e é a partir dela que coloco questões de fundo e me movo para escalas temporais de médio e longo prazo.

O Reichstag processual de Sergio Moro

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Os conflitos que atravessam, hoje, o nosso Sistema de Justiça, não são apenas incidentes na ordem jurídica. Nem apenas um ponto fora da sua curva política. Opino que sejam originários, na verdade, de um novo modo de produzir o Direito como “exceção”. De uma parte, porque esta dispensa a norma escrita, que a instala -seja qual for a sua origem- e de outra, porque dispensa a força das armas para inaugurá-la. Este novo modo de instalação da “exceção”, porém, promove a perversão dos princípios constitucionais de tal forma que cria um Sistema Jurídico paralelo, cuja origem é um falso corpo “Constituinte”: a “opinião pública”, produzida e induzida pelos meios de comunicação hegemônicos.

A perversidade da reforma trabalhista

Do site Brasil Debate:

O livro “Dimensões críticas da reforma trabalhista”, organizado por José Dari Krein, Denis Gimenez e Anselmo dos Santos no âmbito de um convênio entre o Ministério Público do Trabalho e o Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) da Unicamp, é, possivelmente, o mais completo trabalho sobre a reforma trabalhista aprovada pelo Congresso Nacional em 2017.

Mais de 20 pesquisadores foram mobilizados para tratar de várias dimensões da reforma trabalhista; a experiência internacional, os impactos sobre a flexibilização das relações de trabalho, sobre os sindicatos, sobre a desigualdade e a vulnerabilidade dos trabalhadores, sobre o financiamento da Previdência Social, dentre outros temas.

Corpos que incomodam merecem o fogo

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A história da expansão e ocupação de áreas centrais das cidades no Brasil é um conto de horror. As pessoas foram retiradas de suas casas, expulsas para a periferia cada vez mais distante, consideradas estrangeiras em sua própria terra. Pelo menos, na medida do possível, as vidas eram respeitadas. Os habitantes de cortiços e casas em regiões valorizadas eram despejados antes que chegassem “os homens com as ferramentas que o dono mandou derrubar”, como registrou Adoniran Barbosa em Saudosa maloca.

O que dizer sobre o desabamento em SP?