domingo, 1 de setembro de 2019

“Veja” achou o Queiroz. Ele corre riscos?

Por Altamiro Borges

Após um longo e suspeitíssimo sumiço, Fabrício Queiroz, o “faz-tudo” da famiglia Bolsonaro, finalmente foi descoberto. A revista “Veja” encontrou o ex-motorista e ex-segurança de Flávio Bolsonaro, o pimpolho 01 do “capetão”, residindo no Morumbi, bairro nobre de São Paulo, e sendo atendido no Hospital Albert Einstein, um dos mais caros do país. Sergio Moro, o “superministro” da Justiça que já virou bagaço no laranjal, deve ter ficado surpreso com o trabalho investigativo dos jornalistas – já que a sua Polícia Federal não fez nada.

A deterioração da imagem de Bolsonaro

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

A mais recente pesquisa Vox Populi é péssima para Jair Bolsonaro. Em todas as dimensões pesquisadas, os números são muito ruins para ele e seu governo.

O levantamento foi realizado entre os dias 23 e 26 de agosto e, na amostra nacional, foram ouvidos 2 mil eleitores, número suficiente para identificar como a opinião pública vê a situação do País e o ocupante do Palácio do Planalto, seu comportamento e algumas políticas.

Pior do que uma notícia ruim, só duas notícias ruins. A pesquisa Vox foi a segunda na mesma semana a apresentar resultados poucos animadores para o ex-capitão. O instituto MDA, contratado pela Confederação Nacional dos Transportes, também mostrou que a imagem de Bolsonaro está em adiantado processo de decomposição.

Bolsonaro finge brigar com donos da mídia

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

¨Bolsonaro defende prisão de jornalistas que publicam mentiras” (Rádio CBN, do Grupo Globo, nesta sexta-feira).

Quem ainda é capaz de dizer o que é verdade ou mentira no Brasil de Jair Bolsonaro, além dele?

No velho Estadão, onde eu trabalhava nos anos 70 do século passado, uma grande crise entre a direção e a redação só foi estourar quando a censura saiu do jornal.

Os jornalistas achavam que agora estavam livres para publicar tudo, mas não foi bem assim.

Um dos donos do jornal, Ruy Mesquita, dizia publicamente que a redação era coalhada de comunistas.

Lava-Jato é uma catástrofe para o país

Casamento de conveniência: Bolsonaro e Moro

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Por mais que Bolsonaro e Sergio Moro finjam que não, a crise no casamento entre bolsonarismo e lavajatismo parece irreversível. Se durante a campanha eleitoral um se alimentou do outro, agora, com Bolsonaro no poder, as duas correntes começam a bater cabeça. Nas últimas semanas, o presidente tem se empenhado em sabotar Moro e controlar as rédeas da Lava Jato. O ex-superministro viu seus poderes sendo esvaziados e tem sido tratado com desprezo pelo presidente. Foram várias declarações, gestos e decisões que contrariam a cartilha lavajatista.

Mais-valia e previdência social

Por Carlos Fernando Galvão, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O Estado (poder público) é apropriador de mais-valia (sintética e resumidamente, lucro) pelo viés fiscal: ele recolhe os impostos e ainda administra empresas públicas. O Estado também é o garantidor da mais-valia privada do povo, do povo detentor de capital. E por capital não devemos entender, apenas dinheiro. Capital é isso, mas também são as máquinas e os aparelhos e instrumentos tecnológicos das empresas; capital é o acesso à crédito subsidiado; capital é a base educacional, de saúde, de transporte e segurança que poucos têm, efetivamente, para acessar os postos de poder na sociedade, enfim, capital é, como mostraram Marx e Engels, dentre outros, uma relação social de produção e poder. O Estado capitalista-liberal é, pois, o garantidor desse processo.

Arte e cultura na Jornada de Agroecologia

Internet dos ricos é diferente da dos pobres

Por Michael Fertik, no site Carta Maior:

Imagine uma Internet onde mãos invisíveis façam uma curadoria de toda a sua experiência. Onde terceiros escolham as notícias, os produtos e preços que você vê – e até as pessoas que você encontra. Um mundo em que você pensa estar fazendo escolhas, mas onde, na realidade, suas opções são reduzidas e refinadas e o seu controle é apenas uma ilusão.

Isso não está longe do que acontece hoje. Graças à tecnologia que permite ao Google, Facebook e outros coletar informações sobre nós e usá-las para adaptar a experiência do usuário aos nossos gostos, hábitos e renda pessoais, a Internet se tornou um lugar diferente para os ricos e para os pobres. Muitos de nós nos tornamos atores inconscientes em um conto de duas Internets. Há a sua e a minha, a deles e a nossa.

Glenn Greenwald e os lucros da Globo

Do blog Viomundo:

Em entrevista ao programa Entre Vistas, da TVT, o jornalista Glenn Greenwald, do Intercept Brasil, explicou a estratégia que usou para atrair parceiros e aumentar o alcance da Vaza Jato.

Ele também falou sobre a parceria preguiçosa do Jornal Nacional, da TV Globo, com a Operação Lava Jato.

Segundo Greenwald, o apresentador William Bonner fazia as chamadas sobre revelações de grandes escândalos e garantia audiência do telejornal, mas a emissora não gastava um tostão sequer na apuração das denúncias, ou seja, na confirmação das delações que propagava como verdadeiras.

Queiroz devia fazer Toffoli corar de vergonha

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Isso se o presidente do STF não figurasse hoje na galeria dos homens públicos mais execráveis da República, de mãos dadas a Bolsonaro, Moro e Dallagnol.

Isso se ele não pudesse ser comparado a um ser invertebrado, dado ao seu comportamento camaleônico, ao sabor das conveniências políticas de momento.

Isso se não tivesse se deixado tutelar por generais-assessores, feito inédito em toda a história do Supremo, impensável até durante a ditadura militar.

Isso se não tivesse se tornado “corda e caçamba” do sujeito que ocupa a cadeira presidencial de forma indigna.

Moro segue o ocaso dos generais

Charge: Gladson Targa
Por Fernando Brito, em seu blog:

Quando se iniciou o governo, 11 em cada dez analistas políticos previam que, por quantidade e postos, os militares teriam um papel reitor na gestão de Jair Bolsonaro.

Oito meses bastaram para ver que, de fato, se deu o contrário: Bolsonaro transformou os generais em solícitos ajudantes-de-ordens e espirrou para fora do governo o general Santos Cruz, o único que quis resistir aos ensandecidos métodos do ex-capitão.