terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Petardo: Ex-aliados detonam Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Gustavo Bebianno, que chefiou a campanha presidencial do "capetão" e depois foi enxotado do laranjal, segue atirando: “O conselho que eu daria a ele [Bolsonaro] é: seja mais humilde, menos beligerante, manda os filhos pra Disney (mesmo com o dólar a R$ 4) e governa o país com inteligência".

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Na entrevista a Mônica Bergamo, na Folha, o ex-braço direito de Bolsonaro também revelou que Bolsonaro “não é um homem que trabalhe muito. Qualquer jornalista que acompanhe sua agenda oficial percebe que é muito fraca. Infelizmente ele tem como meta a próxima eleição. E com isso não governa".

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Outra ex-bolsonarista que anda irritada com o "capetão" é a deputada Janaína Paschoal (PSL-SP), que entrou em transe no golpe do impeachment contra Dilma e é uma das culpadas pelo avanço do fascismo no país. Segundo o site UOL, ela agora jura que "não sou e nunca fui bolsonarista".

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Os negócios da legalização dos cassinos

Ambulantes sofrem com a precarização

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Brasil na contramão da publicidade infantil

Da Rede Brasil Atual:

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, propôs uma portaria para que os meios de comunicação voltem a veicular publicidade infantil. Esse tipo de propaganda foi proibida no Brasil justamente por deixar as crianças desprotegidas. Uma lei vigente desde 2014 considera a publicidade infantil abusiva e proíbe a prática, mas agora o ministro Moro abriu uma consulta pública para rever essa regulamentação.

A trilha de sangue do ódio político

Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:

O sangue derramado pelo ódio político marca com força esta semana. No sábado, dia 15, o dirigente comunista Afonso João Silva foi assassinado por pistoleiros em Jaciara, no Mato Grosso. Afonso João Silva era presidente municipal do PCdoB e grande liderança na luta pela reforma agrária, líder do acampamento próximo à BR-364.

O mesmo ódio sangrento que o assassinou está por trás da mão que, nesta quarta-feira (19) baleou no peito o senador Cid Gomes (PDT), em Sobral, no Ceará. Prontamente atendido na Santa Casa de Misericórdia no município, Cid Gomes felizmente está salvo e não corre risco de vida.

Mas o ódio político difundido desde o vértice da presidência da República, faz os democratas de todos os matizes pagarem com sangue pela ousadia de se contrapor à intolerância , ao arbítrio, à intolerância fascista.


O julgamento da extradição de Assange

Do site Carta Maior:

Esta segunda-feira, 24 de fevereiro, começa a ser julgado o pedido de extradição de Julian Assange para os Estados Unidos, pela juíza Vanessa Baraitser do tribunal de Westminster. O julgamento decorrerá durante esta semana, depois será interrompido e recomeçará em 18 de maio, prevendo-se que dure três semanas e que a sentença seja lida em junho. A primeira parte do julgamento será dedicada à discussão das motivações políticas e ao possível abuso processual da acusação norte-americana ao fundador da wikileaks.

Como os jornalistas podem reagir a Bolsonaro?

Por Rogério Christofoletti, no Diário do Centro do Mundo:

Ele já te constrangeu publicamente, disse que você só espalha mentiras. Já te ofendeu, falou da sua mãe e “deu uma banana” para o seu trabalho. Constantemente, não respeita o que você faz, e te xinga porque você é mulher ou porque trabalha para esse jornal ou aquele. Seus subordinados já te impediram de participar de entrevistas coletivas, e tentaram convencer empresas a não anunciar mais nos veículos em que você trabalha. Milícias virtuais te perseguem nas redes sociais, muitas vezes instigadas pelo desprezo que ele tem por você. Não é novidade nenhuma que Jair Bolsonaro – o presidente da república – odeia o jornalismo e os jornalistas, e faz de tudo para atacá-los. A questão é: como reagir a isso?

Brasil miliciano: todo poder às bancadas BBB

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“Uma certeza se pode ter: a maluquice perversa a que o Brasil está entregue não terminará bem” (abertura da coluna de Janio de Freitas na Folha com o título “Nosso andar no escuro”).

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Todo mundo já desconfiava disso, desde o início deste desgoverno, caro Janio, mas nada acontece para evitar o desastre.

Líder sindical de militares e policiais por 28 anos na Câmara, Jair Bolsonaro hoje nem partido tem e despreza a articulação política, mas mesmo assim controla o Congresso como quem manipula um boneco de ventríloquo.

Como isso é possível, com mais de 30 partidos no parlamento, e tantos interesses difusos?

Matança no Ceará indica chantagem policial

Por Fernando Brito, em seu blog:

O número de assassinatos no Ceará em quatro dias, desde que começou o motim policial, disparou.

Relata a Folha:

O mês todo de janeiro teve 261 homicídios, uma média de pouco mais de oito por dia. Em fevereiro de 2019, foram 164 homicídios, uma média de menos de seis por dia - em 2020, já são 286 no mesmo mês. Na segunda-feira (17) antes do início da paralisação houve três homicídios e, na terça (18), dia em que os policiais começaram a parar no início da noite, foram cinco. (…)


Aula de história é na Sapucaí

Por Conceição Oliveira, no Blog da Maria Frô:

A Tuiuti há dois anos arrasou na Sapucaí contando toda a narrativa do golpe. Nos atuais governos neopentecostais fundamentalistas de Bolsonaro/Crivella, em que as escolas de samba perderam financiamento público como forma autoritária de silenciamento, elas ficaram ainda mais independentes e críticas.

Foram raras as escolas de samba que não fizeram crítica social este ano. Seguindo uma tradição que em tempos de golpe, censura, autoritarismo a arte tem obrigação de fazer refletir, as escolas de samba ensinaram ao povo brasileiro, muito além do samba: na Sapucaí podemos ver um Brasil nu e cru, furando a mediação narrativa da Globo.