terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Matança no Ceará indica chantagem policial

Por Fernando Brito, em seu blog:

O número de assassinatos no Ceará em quatro dias, desde que começou o motim policial, disparou.

Relata a Folha:

O mês todo de janeiro teve 261 homicídios, uma média de pouco mais de oito por dia. Em fevereiro de 2019, foram 164 homicídios, uma média de menos de seis por dia - em 2020, já são 286 no mesmo mês. Na segunda-feira (17) antes do início da paralisação houve três homicídios e, na terça (18), dia em que os policiais começaram a parar no início da noite, foram cinco. (…)


Na quarta-feira, foram foram 29; na quinta, 22; e, na sexta; 37 e ontem, 32. O gráfico do jornal O Povo, de Fortaleza, deixa bem claro.

É evidente que isso vira um instrumento de pressão – chantagem, melhor dizendo – para a concessão de vantagens e do perdão aos amotinados policiais.

Paguem, senão morrem 25 pessoas a mais por dia.

Sabe Deus quantas por balas dos mesmos policiais-milicianos.

Não são mortes nas principais vias públicas, que estão sendo policiadas com a Força Nacional e com o Exército.

Mas, apara usar as palavras do Presidente da República, é o bicho que está pegando.

Aqui no Rio a gente conhece há mais de décadas a técnica policial de “barbarizar” quando querem fazer pressão.

Nos anos 50, “quebrar caixotes” era a expressão que se usava quando delegacias queriam aumentar as propinas do jogo-do-bicho que eram sua fonte de renda.

Os caixotes, agora, são vidas humanas.

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