quinta-feira, 3 de julho de 2025

Marina sofre novos insultos no Congresso

Hugo Motta promete votar anistia a golpistas

Marina Silva sofre novos insultos no Congresso

Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Por Altamiro Borges


O Congresso Nacional virou realmente um antro da extrema direita, com seu comportamento agressivo e suas posições fascistas, negacionistas, machistas e preconceituosas. Nesta quarta-feira (2), novamente a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, foi alvo de insultos em uma audiência da Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara dos Deputados. Em maio último, ela já tinha sido agredida durante uma sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado.

Desta vez, a ministra não se retirou do antro de provocadores e aguentou mais de cinco horas de ataques. O ruralista Evair de Melo (PP-ES), autor do requerimento de convocação, chegou a comparar a ação de Marina Silva com a de grupos armados, como as Farc da Colômbia e o Hamas da Palestina, e voltou a associá-la ao câncer. “Um dia, eu fiz aqui uma comparação com um câncer. E eu pedi desculpas depois, porque o câncer muitas vezes tem cura”.

Bolsonaro tem 15 dias para alegações finais

Charge: Izânio/Portal AZ
Por Altamiro Borges


O ministro Alexandre de Moraes negou nesta quarta-feira (2) o pedido da defesa do general Walter Braga Netto por mais prazo para apresentar as alegações finais na ação penal sobre a trama golpista. Com isso, ele e mais sete réus no processo – incluindo Jair Bolsonaro, o chefão da Orcrim (Organização Criminosa) –, terão 15 dias para expor suas derradeiras desculpas. Na sequência, o Supremo Tribunal Federal (STF) concluirá o julgamento – o que pode ocorrer até final de agosto e gerar históricas penas aos golpistas de mais de 40 anos de cadeia.

Deputados patronais sabotam fim da escala 6x1

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Por Altamiro Borges


A mesma Câmara Federal que rejeitou na quarta-feira passada (25) o reajuste da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), num ato de sabotagem contra o governo Lula para servir aos interesses dos super-ricos, é contra o fim da desumana escala 6 por 1. Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (2) revela que 70% dos deputados federais são contrários a redução da jornada de trabalho sem redução de salário.

O instituto entrevistou 203 dos 513 parlamentares. A maior rejeição foi registrada entre os deputados da oposição de direita: 92%. Já entre os que se dizem independentes, ela foi de 74%. E mesmo entre os governistas, na eclética base de apoio de Lula, a rejeição foi de 55%. Esses números evidenciam que só mesmo com muita pressão – das ruas e das redes – será possível destravar esse tema no parlamento dominado por serviçais do patronato.

Motta baixa a bola! Lula parte para a briga!