sábado, 20 de abril de 2019

Aécio Neves foge dos holofotes e da Justiça

Por Altamiro Borges

Em uma nota minúscula publicada nesta sexta-feira (19), a revista Época tratou do sumiço de Aécio Neves, o grão-tucano que ajudou a atolar o Brasil na instabilidade política após perder as eleições presidenciais de 2014, sendo um dos responsáveis pela cavalgada golpista que derrubou Dilma Rousseff, alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer e permitiu a ascensão fascista no país com a vitória do miliciano Jair Bolsonaro. Segundo revelou o jornalista Guilherme Amado:

“Fugindo de qualquer holofote, Aécio tem recorrido a uma passagem discreta para entrar no plenário da Câmara Federal. Ele atravessa uma copa de cozinha e passa por dentro da TV Câmara para alcançar uma pequena escada em espiral que dá no plenário. Assim, não tem de pisar no lotado Salão Verde, onde ficaria exposto ao público”.

Militarização e retrocessos na Educação

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Os primeiros 100 dias de governo Bolsonaro foram catastróficos para o setor da educação. A pasta vive estado de caos, com troca de ministros que competem em termos de ideias absurdas e intolerantes. Para piorar, governos estaduais estão respondendo à falta de investimento, ao déficit de professores e às obras inacabadas nas escolas com uma solução que vem sendo muito criticada pela sociedade civil organizada, por juristas, sindicatos e parlamentares: a militarização.

Bolsonaro caminha de sandice em sandice

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

A cada passo que dá, Jair Bolsonaro tropeça em uma bobagem qualquer. Ou melhor, em sandices. Algumas delas insuportáveis, como esta, expelida a propósito dos 80 tiros disparados por militares para matar um inocente e ferir outros dois. “Quando eles começaram a atirar, não pararam”, nem mesmo sob os gritos de socorro, disse um parente das vítimas.

Jair Bolsonaro, vagaroso no passo, entrou em cena dias depois. Assim falou o presidente da República: “O Exército não matou ninguém. Houve um incidente, uma morte”. Ele está sempre disposto a contar a história a seu modo, em português elementar e contradições explícitas.

Brasil cai no ranking da economia mundial

Do site Vermelho:

Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que o Brasil completou, em 2018, o sétimo ano consecutivo de perda de participação na economia global. A fatia do país na produção de bens e serviços do mundo, que era de 4,4% em 1980, chegou, entre altos e baixos, a 3,1% em 2011 e, desde então, caiu sem parar, atingindo 2,5% no ano passado, o nível mais baixo ao longo das quase quatro décadas na série histórica que mostra as trocas realizadas entre Brasil e o resto do mundo.

Caos institucional e derrocada da democracia

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Se há algo característico da quebra do frágil equilíbrio que existia antes do golpe de 2016 contra Dilma, essa é a verdadeira Casa da Mãe Joana institucional em que se transformou o país com os sucessivos e permanentes embates entre evangélicos, olavistas e militares, caminhoneiros, ruralistas, entreguistas a serviço dos EUA, do "mercado" e de banqueiros, astrólogos, terraplanistas, oportunistas, pseudo anticomunistas que acham que Hitler era socialista, milicianos, bolsominions, coxinhas e petistas.

Débitos à Previdência superam R$ 1 trilhão

Por Anelise Manganelli e Daniela Sandi, no site Brasil Debate:

A PEC 06/2019 encaminhada pelo governo Bolsonaro ao Congresso Nacional apresenta justificativa enviesada, uma vez que ignora um conjunto de elementos que determinam a capacidade de manter a Seguridade Social, uma das políticas públicas mais antigas e que já passou por inúmeros ajustes se adequando ao perfil populacional. A proposta é fundamentada em dados contestáveis, e um deles refere-se à questão relativa à dívida das empresas junto à previdência. Essa dívida totaliza 1,055 trilhão de reais.

Direita não vai fazer o serviço da esquerda

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Tudo leva a acreditar que governo Bolsonaro está com os dias contados. Afinal, a equipe de governo bate cabeça o tempo todo, desagrada os próprios aliados e não consegue articular nenhuma votação no Congresso com o mínimo de competência. Vem colecionando desgastes até mesmo com parceiros de primeira hora, como empresários, religiosos e imprensa, além de começar a desagradar a classe média com os seguidos vexames na franja, digamos, mais ilustrada da direita.

O que significa Lula voltar a dar entrevistas

Por Renato Rovai, em seu blog:

Lula está há um ano silenciado em Curitiba. Tem escrito apenas cartas e bilhetes, que o PT não conseguiu transformar em um modelo de comunicação mais massivo e de caráter político.

Mas seria possível ter feito isso? Sim, evidente que sim. As cartas do subcomandante Marcos, por exemplo, espalhavam-se mundo afora. Suas análises sobre o neoliberalismo e a realidade dos povos tocavam fundo. Eram um misto equilibrado de emoção e razão. Eram manifestos.

Lula poderia ter seguido este caminho produzindo comunicados articulados ao povo brasileiro. Nos quais apontasse caminhos às organizações populares para enfrentar o sequestro da democracia brasileira cujo elemento mais cruel é a sua injusta prisão.

O troca-troca de generais na pasta do Esporte

Por Altamiro Borges

Há algo de muito misterioso, típico das casernas militares, ocorrendo na chamada Secretaria Especial de Esporte do Ministério da Cidadania. Para a frustração ainda não confessada de muitos "atletas de elite" que fizeram campanha para Jair Bolsonaro, o governo atual tem adotado inúmeras medidas de enfraquecimento da área. O "capetão" extinguiu o Ministério do Esporte, cortou vários programas de apoio aos esportistas e reduziu drasticamente a verba do setor. Para complicar ainda mais a situação, ele transformou a pasta em um quartel, controlado por generais que batem cabeça e não têm qualquer transparência em suas iniciativas. Nesta semana, mais uma alteração sinistra ocorreu na secretaria.

Bolsonaro acelera privatização dos Correios

Por Altamiro Borges

Para agradar o "deus-mercado", que ajudou a aplainar o terreno para sua chegada à presidência e que ainda lhe dá sustentação no poder, o "capetão" Jair Bolsonaro decidiu acelerar a entrega da fatura. Com a acelerada queda de popularidade, que inclusive abortou a "lua de mel" dos 100 primeiros dias, o valentão teme ser esfaqueado e traído pelos seus volúveis apoiadores.

Como está difícil aprovar a contrarreforma da Previdência, que novamente teve sua votação adiada na Comissão de Constituição e Justiça, o presidente decidiu entregar de vez as estatais – para o desespero dos otários dessas empresas que acreditaram na "redenção" com o "mito". Nos últimos dias, a mídia privatista especulou alegremente que a Petrobras já estaria na linha do tiro.