terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

União de sindicatos é tendência global

Do site Mundo Sindical:

A Força Sindical, que reúne quase 1,3 mil sindicatos representantes de 1,6 milhão de trabalhadores, colocou à venda a sede da entidade, um prédio de 12 andares no bairro da Liberdade, em São Paulo, por R$ 15 milhões. Sem a parte do imposto sindical que recebia – que em 2017 somou R$ 45 milhões –, a central perdeu mais de 80% de sua receita.

O secretário-geral João Carlos Gonçalves, o Juruna, diz que provavelmente a Força vai ocupar algumas salas do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, onde esteve até os anos 90, antes de adquirir sua sede própria.

Adianta derrubar Maduro na Venezuela?

Por Marcelo Zero

O 23 de fevereiro fracassou, para a oposição e os EUA, na Venezuela.

Maduro resistiu e decidiu romper relações com a Colômbia de Iván Duque, sabujo dedicado do Império.

Nossa imprensa oligárquica, que não conseguiu esconder sua torcida pela morte de Chávez, no golpe de 2002, agora não consegue ocultar sua decepção. Achava que o golpe deste ano já estava consumado.

Mas o fracasso do dia 23 não significa o fracasso do golpe. Os EUA e seus miquinhos amestrados continuarão a forçar a derrubada de Maduro por todos os meios.

Só bancos ganham com PEC da Previdência

Por Juca Guimarães, no jornal Brasil de Fato:

A coordenadora de pesquisas do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Patrícia Pelatieri, analisou todos os pontos da Proposta de Emenda Constitucional nº 6/2019, do governo Jair Bolsonaro (PSL), que altera o sistema previdenciário brasileiro. A elaboração da proposta foi supervisionada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, defensor da política neoliberal e favorável à atuação dos bancos e empresas privadas com a menor regulamentação estatal possível.

Desocupação atinge recordes históricos

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Apesar da queda da taxa nos últimos meses, a desocupação tem atingido fortemente os grandes núcleos urbanos brasileiros. É o que mostram os dados regionalizados do Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE). No gráfico abaixo, montado com dados da instituição, percebe-se a taxa de desocupação média anual nas capitais para o ano de 2018. Destacam-se as capitais (em laranja) em que a taxa de desocupação atingiu o maior valor dos últimos sete anos, mostrando que, apesar da queda nos últimos meses, a situação do mercado de trabalho em algumas capitais está dramática.

Bolsonaro sucumbirá frente à mídia tradicional

Por Marco Aurélio Cabral Pinto, no site Brasil Debate:

1. Ultraliberalismo neopentecostal

Enquanto os detalhes para a compreensão da macroeconomia encontram-se nas finanças, para a microeconomia interessam as tecnologias e suas transformações estruturais, de longo termo. De um lado, banqueiros, de outro, grupos industriais.

No Brasil, a hegemonia financeira sobre o Estado se impôs desde o fim dos anos oitenta, quando se estabeleceram as condições para renegociação da então impagável dívida externa. Tomadas conjuntamente, a liberalização, o programa de privatizações e a sobrevalorização cambial permitiram a reinserção do Brasil no sistema financeiro internacional.

O carnaval dos generais e dos 'olavetes'

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

No grande picadeiro federal, os ministros olavetes endoidaram de vez.

Ficam batendo palmas para ver louco dançar, enquanto os generais do Planalto não se entendem sobre o que fazer com a Venezuela.

A porta-bandeira Dalmares e o mestre-sala colombiano evoluem com garbo pela avenida da insensatez, trocando o samba pelo Hino Nacional ao pé da goiabeira.

O chanceler aloprado quer guerra a qualquer preço e, sem saber o que fazer, o capitão sumiu até das redes sociais.

O fracasso de Trump na batalha de Cúcuta

Por Jeferson Miola, em seu blog:                           

Washington concebeu a batalha de Cúcuta, na Colômbia [23/2], para ser o momento apoteótico da derrubada do presidente constitucional da Venezuela, Nicolás Maduro.

A maior reserva de petróleo do mundo existente no país caribenho é o motivo para os EUA se auto-conceder o direito de provocar, agredir, invadir e tentar mudar o regime de uma nação livre, independente e soberana, em notória ofensa à Carta de Princípios da ONU [aqui].

De Cúcuta, cidade colombiana fronteiriça com a Venezuela, o autodeclarado“presidente encarregado” [sic] Juan Guaidó, num gesto épico, atravessaria a ponte que liga os 2 países com caminhões carregados de alimentos e remédios – e, suspeita-se, carregado também de armas para serem distribuídas a sicários e contrarrevolucionários – doados pelos EUA como “ajuda humanitária”.

Juíza censura em 'segredo' e imprensa se cala

Por Marcelo Auler, em seu blog:

“Pois é definitiva a lição da História que, em matéria de imprensa, não há espaço para o meio-termo ou a contemporização. Ou ela é inteiramente livre, ou dela já não se pode cogitar senão como jogo de aparência jurídica”.

(…) “Não há liberdade de imprensa pela metade ou sob as tenazes da censura prévia, inclusive a procedente do Poder Judiciário”. (Ministro Carlos Aires Brito , no histórico voto na ADPF 130, em 30/04/2009)



A liberdade de imprensa – que Carlos Aires Brito, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), já classificou como “irmã siamesa da democracia” – costuma ser um dos primeiros direitos constitucionais combatidos e renegados em ditaduras e/ou governos autoritários.

Milicianos e laranjas no PSL de Bolsonaro

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

“Estão nomeando corruptos e gente de esquerda no segundo escalão. Não foi esse o combinado e o prometido durante a campanha. Falei para o ministro que, agindo assim, o governo está ‘dando pano para manga’ e aí vão bater mesmo”, disse a senadora do PSL Soraya Thronicke, como se o grande problema do governo estivesse no segundo escalão, e não no Planalto.

Não, senadora. Não estão batendo no governo por causa dos corruptos e “esquerdistas” do segundo escalão, mas pelos vários esquemas de desvios de verbas públicas em esquemas de candidatos laranja comandados por líderes do PSL. Também pelo envolvimento da família presidencial com o crime organizado do Rio de Janeiro. O noticiário desta semana mostra inclusive que há conexão entre os dois assuntos.

A 'narrativa política' do golpe da Previdência

Editorial do site Vermelho:

O Brasil não é para amadores. A frase atribuída a Tom Jobim é um bom ponto de partida para se desvendar a complexidade de uma proposta tão cruel, do ponto de vista social, como essa da “reforma” da Previdência Social, que tem elementos de “reforma” trabalhista para beneficiar unicamente o patronato; no caso, a inclusão da extinção do FGTS para os aposentados, que nada tem a ver com Previdência Social. Outra maldade, também fora da “reforma” propriamente dita, foi a inclusão do mecanismo que autoriza a aprovação de futuras mudanças nas regras de aposentadoria por meio de projetos de lei, que exigem menos votos no Congresso.

Bolsonaro asfixia o Cine Belas Artes

Por Altamiro Borges

Seguindo celeremente os passos do fascismo, que queimou livros, fechou teatros e cinemas e perseguiu artistas e intelectuais, o presidente-capetão Jair Bolsonaro tem reforçado o cerco à cultura no país. Desde sua posse, várias iniciativas já foram tomadas para estrangular o setor – inclusive com a extinção do ministério responsável por seu fortalecimento. A principal medida até agora, porém, tem sido a da asfixia do financiamento da criação artística. Nesta segunda-feira (25), em mais uma emblemática ação contra a cultura, a Caixa Econômica Federal anunciou o corte do patrocínio ao Cine Belas Artes, um dos cinemas mais famosos de São Paulo e do Brasil.