sábado, 9 de janeiro de 2016

Marina Silva volta aos braços de Aécio

Por Altamiro Borges

A egocêntrica Marina Silva não aguentou ficar muito tempo distante dos holofotes da mídia. Nos últimos meses, no processo de legalização do seu partido, ela até controlou os seus ímpetos. A Rede conseguiu garantir o seu registro e fisgar cinco deputados federais. Diante da conspiração orquestrada pelo correntista suíço Eduardo Cunha e os líderes do PSDB, DEM, PPS e SD, a nova sigla procurou se diferenciar, rejeitando a proposta golpista do impeachment de Dilma. Agora, porém, ela sofre uma nova recaída e retorna aos braços do cambaleante Aécio Neves, a quem apoiou no segundo turno das eleições presidenciais. Com isso, lógico, Marina Silva garante generosos espaços na imprensa tucana.

Estupro, a gente vê na tela da Globo!

Do site da União da Juventude Socialista (UJS):

Durante a minissérie da Rede Globo, “Ligações Perigosas”, que foi ao ar na noite dessa quinta (07), os personagens Augusto e Cecília protagonizaram uma cena de estupro.

Em tempos de grandes mobilizações feministas na luta contra a cultura machista em nossa sociedade, a emissora (que, sempre é bom lembrar, apoiou a ditadura) nada contra a maré e apresenta uma cena que reforça justamente o tipo de comportamento que vem sendo combatido nas ruas e nas redes sociais.

Governo entrega o ouro ao bandido

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Pergunto aos meus botões qual seria o propósito de quem entrega o ouro ao bandido. Ao que tudo indica, comover o bandido, respondem prontamente. Insisto: com quais chances de êxito? Concluem: com bandido de 18 quilates, nenhuma. Moral da história: quem entrega o ouro ao bandido, ou é ingênuo ou néscio.

Tenho reunido há tempo farta documentação da incapacidade do governo de perceber em toda a sua extensão o papel da mídia nativa. Vem de tão longe a colheita que, a esta altura, é do conhecimento até do mundo mineral a exata dimensão da quadrilha midiática. Mas nem todos entre os humanos têm a sensibilidade do quartzo e do feldspato.

Ação do TCU contra os acordos de leniência

Por J. Carlos de Assis, no site Carta Maior:

Em artigo anterior cometi o erro de atribuir à Procuradoria Geral da República a iniciativa de contestação da medida provisória editada em dezembro pela Presidenta para regular os acordos de leniência – isto é, o marco jurídico pelo qual empresas envolvidas na Lava Jato, por exemplo, podem estabelecer acordos com o poder público para continuar trabalhando com órgãos do Governo mediante colaboração com a Justiça na admissão de irregularidades. A iniciativa não foi do Ministério Público. Foi da infame Procuradoria do TCU.

RR Soares, Cunha e a dívida "demoníaca"

Direita incita o ódio na Venezuela

Por Max Altman, no site Opera Mundi:

Quem incita ódio e intolerância? Quem viola a Constituição e o “mais absoluto respeito à democracia e ao Estado de Direito” de que falava a mensagem do Itamaraty a propósito da situação na Venezuela?

O presidente da nova Assembleia Nacional da Venezuela, Henry Ramos Allup, ordenou na quarta-feira, no seu primeiro dia de gestão, a expulsão de todas as imagens de Chávez e de Bolívar das dependências do Parlamento. E o fez com rasgos de ódio, intolerância e menosprezo. A ação foi registrada em vídeo divulgado amplamente nas redes sociais e percorreu o mundo. Nele se vê Ramos Allup ordenando retirar as imagens e placas de Bolívar e Chávez com gestos e palavras infames e depreciativas: “Levem tudo. Mandem para Miraflores [palácio presidencial] ou para Sabaneta [lugar onde nasceu Hugo Chávez e onde ainda vive sua família]. Se não quiserem pode jogar tudo no lixo”.. No dia seguinte, Allup reiterou que seriam retiradas todas as imagens restantes de Chávez e todas as imagens conhecidas da reconstrução científica do rosto do Libertador.

Assim se desfaz a herança do Lulismo

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

O Banco Central divulgou ontem dados que deveriam ser examinados com atenção, por quem pensa que a crise econômica brasileira é uma ladainha construída pela oposição à presidente Dilma. A chamada “demanda interna” (que corresponde ao consumo dos brasileiros mais os investimentos feitos no país) despencou 6,2% em 2015. O recuo é muito superior à queda do PIB (-3,6%), que considera também o resultado das compras e vendas ao exterior. Prevê-se, além disso, que o fenômeno prossiga em 2016, quando, segundo os dados do próprio governo, haverá uma retração de 3,7%. No período de dois anos, a demanda interna terá caído 10%. O retrocesso será inédito, superando tanto a recessão que antecedeu o fim da ditadura militar quanto a que levou o presidente Collor de Mello ao impeachment.

Protesto, violência e os responsáveis

Foto: Jornalistas Livres
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O protesto contra o aumento nas tarifas de ônibus, metrô e trens, organizada pelo Movimento Passe Livre, nesta sexta (8), terminou – novamente – com a polícia tentando queimar o estoque de bombas de gás e de estilhaços e balas de borracha no centro de São Paulo.

A justificativa policial replicada em reportagens que tratam do assunto é a mesma de uma criança de seis anos que reclama do amiguinho após uma briga: foi ele quem começou.

Imagens que estão circulando na rede, contudo, mostram que os primeiros atos de violência contra pessoas partiram – novamente – dos próprios policiais.

A violência policial e a sombra de 2013

Por Igor Carvalho, na revista Caros Amigos:

O enredo nos é muito familiar. Começo de ano, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT), aumentam o valor da passagem de ônibus, Metrô e CPTM. O Movimento Passe Livre (MPL) reage e convoca manifestações. Nas ruas, um aparato militar de guerra que, com carta branca, ataca os manifestantes e encerra o protesto antes de seu ponto de chegada.

O seu "reinado" está no fim, sr. Cunha!

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:


Prezado senhor,

Quem lhe escreve é apenas e tão-somente uma das cerca de duas mil pessoas que, no dia 9 de dezembro do ano passado, tiveram a honra de, no Blog que edito, tornarem-se signatárias de pedido à Procuradoria Geral da República, via representação popular, para que o senhor seja retirado da Presidência da Câmara dos Deputados.

A pistolagem política contra Jaques Wagner

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A Lava Jato tornou-se um covil de bandidos políticos. E não estou falando dos réus, e sim das autoridades.

Tem bandido do lado dos réus, mas tem bandido também do lado das autoridades. E, francamente, não sei quais são os piores.

Ninguém tira a importância da Lava Jato, mas quem poderá também negar que ela está sendo usada com finalidade político-partidária, vazando seletivamente, sempre com objetivo de produzir instabilidade e crise?