terça-feira, 28 de maio de 2019

McDonald´s promove assédio sexual e racismo

Foto: Scott Olson/Getty Images
Por Altamiro Borges

Na semana passada, o Ministério Público do Trabalho recebeu denúncias contra a rede estadunidense de fast-food McDonald´s por assédio sexual e racismo que vitimaram 25 ex-funcionários. As acusações foram entregues ao procurador regional Alberto Emiliano de Oliveira Neto do MPT do Paraná. O documento, elaborado pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), ressalta que as provas dos crimes confirmam um “padrão sistemático de abuso contra os direitos dos trabalhadores” e exige uma intervenção imediata do Ministério Público do Trabalho.

Atos pró-Bolsonaro acentuam divisão interna

IV Curso de Comunicação do Barão de Itararé

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O IV Curso Nacional de Comunicação do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé está com as inscrições abertas. Entre os dias 29 e 31 de julho, o Barão reunirá, na sua sede, em São Paulo, um timaço de debatedores para tratarem dos temas mais pulsantes envolvendo comunicação, mídia alternativa, ativismo digital e a complexa conjuntura instalada a partir do governo Bolsonaro.

Ato pró-Bolsonaro revela que governo vai mal

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Independentemente do seu sucesso, a manifestação deste domingo é uma demonstração de fracasso do governo. Bolsonaro assumiu com uma boa base de apoio no Congresso e apoio popular, mas conseguiu destruir tudo isso em poucos meses.

O ato foi convocado logo após dois episódios que fragilizaram ainda mais o presidente. O primeiro foi o avanço das investigações do caso Queiroz, mostrando que a lama na qual Flávio Bolsonaro está atolado é maior do que se supunha. Uma lama que respinga no presidente. Jair Bolsonaro manteve transações financeiras mal explicadas com Queiroz, um amigo de confiança de mais de 30 anos, que operou o esquema de corrupção no gabinete do seu filho e é suspeito de ser miliciano.

O histriônico Bolsonaro e o intimista Mourão

Por Clarisse Gurgel, na revista CartaCapital:

Nos últimos dias, começou-se a ventilar a hipótese de um impeachment do atual presidente, Jair Bolsonaro. Correlato a isto, o presidente alardeou contra as corporações, convocando um ato da sociedade civil, em combate à “velha forma de fazer política”, o que costumamos chamar aqui de “mercado político”.

Na chamada para o ato, Bolsonaro fez uso de um texto informal de um seguidor, em que afirma a “disfuncionalidade” do Brasil. O atual presidente, mesmo aparentando não entender o papel dos meios institucionais, só tem feito reafirmar os pilares das instituições liberais. Isto porque reproduz, mesmo que sem perceber, um valor fundante do pensamento funcionalista capitalista, que ensina a nós que a sociedade é como um corpo humano, cujos órgãos possuem uma função predeterminada e cujos problemas devem ser tratados como se fossem doenças, desvios. Assim seriam os órgãos públicos.

O covarde Moro diante das armas

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Globo divulga trechos das justificativas enviadas pelo Ministério da Justiça ao STF diante das ações que pedem que seja decretada a ilegalidade do decreto faroeste que estendeu para milhões de pessoas o direito a portar armas, inclusive as de calibres antes proibidos ao cidadão comum.

É, para variar, uma demonstração de sabujismo ao Planalto e covardia ante a discussão do essencial: a adequação ou não da extensão do direito de portar armas e fogo.

Empenho mobilizador e unitário

Por João Guilherme Vargas Netto

Depois da jornada do dia 26 ficou tudo como antes e, portanto, o ímpeto governista foi derrotado.

A cobertura da mídia grande de maneira unânime ressaltou o apoio dos manifestantes às deformas, mas não pode deixar de dizer que ele se chocará com a vontade da população quando ela for confrontada, por exemplo, com a deforma previdenciária.

Para o movimento sindical dos trabalhadores persiste a tarefa de resistência a ela e de preparação da greve geral de 14 de junho.

Tarefa fundamental é isolar o fascismo

Por Marcelo Zero

A tarefa fundamental e inadiável das forças que ainda têm um compromisso mínimo com a democracia é isolar politicamente o neofascismo tupiniquim.

A total ausência de real compromisso democrático das nossas forças políticas conservadoras tradicionais foi o que permitiu a ascensão de um mentecapto extremamente perigoso, que ameaça acabar com o que restou da nossa democracia, após o golpe de 2016 e a prisão política de Lula.

As últimas manifestações, apesar de seu volume apenas mediano, mesmo nos maiores redutos bolsonaristas, foram convocadas pelo capitão com o objetivo principal de emparedar as instituições democráticas, especialmente o Congresso Nacional, que demonstra alguma independência, face ao festival inacreditável de absoluta incompetência do governo.

Neofascismo foi às ruas travestido de amarelo

Charge: Cristóvão Villela
Por Valerio Arcary, na revista Fórum:

Sangue frio e olho vivo. Já é possível retirar duas conclusões rápidas sobre as manifestações de apoio a Bolsonaro.

Primeiro, foram ações de uma franja mais ressentida e enfurecida da contrarrevolução, mas sem conseguir arrastar setores de massa da classe média. Neste domingo (26), a mágoa da classe média com o Brasil em estagnação e decadência saiu às ruas vestida de amarelo. A ansiedade, a angústia, a insegurança diante do futuro continua radicalizando setores sociais intermédios, que fantasiam que a sua vida deveria ser mais segura, como se vivessem na Europa, ou nos EUA, que passaram a visitar em excursões. O que move esta multidão zangada é uma visão do mundo. Compartilham a percepção ingênua de que o problema do Brasil é a roubalheira. Mas é muito mais do que o mal-estar com a corrupção. É o cada um por si, todos contra todos.

Campanha Lula Livre e os podres poderes

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                         

Esta semana mais uma notícia capaz de chocar integrantes de judiciários ao redor do mundo que se sustentam nos pilares da imparcialidade, da impessoalidade e do distanciamento dos magistrados das querelas político-partidárias: o desembargador Thompson Flores está deixando a presidência do TRF-4 e fará parte da 8ª Turma, a que julga processos da Lava Jato na 2ª instância. Caberá a essa turma julgar o recurso de Lula relativo à condenação no processo do sítio de Atibaia.

Fim do bipartidarismo no Parlamento Europeu

Por Mirko C. Trudeau, no site Carta Maior:

A Europa despertou nesta segunda-feira (27/5) com o fim do bipartidarismo e o legislativo continental mais liberal e mais verde de toda a sua história: o Grupo Popular Europeu foi um dos que mais perdeu assentos, caindo de 216 a 179 eurodeputados, enquanto os socialdemocratas foram de 185 a 150. Na França, Marine Le Pen superou Macron, e no Reino Unidos o Partido do Brexit, de Nigel Farage, será o de maior representação, com 29 eurodeputados.

O perfil dos manifestantes pró-Bolsonaro

Da Rede Brasil Atual:

A maioria que atendeu aos apelos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e foi à Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (26), é composta por homens (65%), brancos (66%), de direita (76%), muito conservadores (72%), nada feministas (68%), antipetistas (88%) e com ensino superior completo (68%). O levantamento foi realizado pelo Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para Acesso à Informação da Universidade de São Paulo (USP) e ouviu 434 participantes.