segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Veja, IstoÉ e Época detonam o clã Bolsonaro

Por Altamiro Borges

As quatro principais revistas do país deram capa nesta semana para Flávio Bolsonaro, o filhote do “capetão” Jair, aquele que se elegeu presidente da República posando de ético e que enganou tanto inocente – ou otário – com seu discurso anticorrupção.

A revista Veja, da falida e caloteira Editora Abril, deu uma foto sombria do novo senador carioca e estampou o título em letras garrafais: “A lambança do zero um”.

Já a IstoÉ, mais conhecida no meio jornalístico como QuantoÉ por seu histórico mercenarismo, também publicou uma foto do bem-sucedido agente imobiliário e adorador das milícias cariocas e deu a manchete: “O filho problema”.

Mas quem ou o que elegeu Bolsonaro?

Por Marcos Verlaine, no site do Diap:

Dragada por profunda crise, que começou com as jornadas de junho/julho de 2013, a sociedade brasileira chegou nas eleições de 2018 moralmente, eticamente, socialmente, politicamente e, sobretudo, economicamente exaurida. O processo eleitoral não produziu nada de novo ou palpável que pudesse apontar caminhos para a solução ou pelo menos, a redução dos graves problemas econômicos e sociais que acometem o País.

Diante desse quadro, os eleitores foram levados à optar pela volta do PT ou algo, em tese novo, que foi se consolidando como o candidato antipetista ou antilulista visceral - o eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Flávio Bolsonaro repercute nas redes sociais

Por Natasha Bachini e João Feres Jr., no site Manchetômetro:

A despeito da bandeira anticorrupção que conduziu Jair Bolsonaro e seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos ao sucesso eleitoral, não tardou a estourar um escândalo de corrupção envolvendo a família e que tem no senador eleito pelo Estado do Rio de Janeiro seu pivô.

Em dezembro de 2018, a imprensa [1]divulgou dados do relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividade Financeiras) para a Operação Furna de Onça, braço da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, que identificou movimentações atípicas de cerca de R$1,2 milhões na conta do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, entre os anos 2016-2017. O relatório informava ainda que uma das favorecidas por essas movimentações foi Michele Bolsonaro, esposa do presidente, que teria recebido R$ 24mil reais em cheque. Na época, Flávio saiu em defesa de Queiroz, e Bolsonaro e a primeira-dama preferiram não se manifestar sobre o assunto.

O governo vai mudar de fora para dentro

O amadorismo do clã Bolsonaro

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

O Brasil não é para amadores, diz o adágio.

Pois os estrambóticos 20 e poucos dias iniciais do governo Bolsonaro não deixam dúvidas quanto à precisão do ditado.

Comecemos por Flávio Bolsonaro. O que antes parecia um clássico - não por isso menos vergonhoso - esquema de confisco de parte dos salários dos seus funcionários está tomando contornos de House of Cards.

A ligação de Flávio com suspeitos do assassinato de Marielle Franco é escandalosa e potencialmente explosiva. O fato de Flávio colocar a culpa pela contratação de parentes de um chefe de milícia no ex-assessor Queiroz é mais uma de suas justificativas que apenas deixam tudo mais suspeito ainda.

Brumadinho não foi acidente, é crime!

Por Beatriz Cerqueira, no blog Viomundo:

Voltei a Brumadinho neste sábado.

Uma sofrida retrospectiva do outro crime cometido por mineradoras, em Mariana, me veio à memória.

Vi o local do rompimento da barragem em Córrego do Feijão.

Como uma mineradora coloca o refeitório, sua área administrativa e enfermaria na beira da barragem?

Não consegui compreender como fizeram isso e como nenhum órgão fiscalizador fez nada a respeito.

O avanço do poder das milícias no Brasil

A Vale será a nova Embraer?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Quando Fernando Henrique Cardoso ordenou a venda da Vale não estava entregando apenas nossas jazidas minerais e mais de meio século em conhecimento extrativo.

Estava entregando a empresa a um completo divórcio com o Brasil, cujo momento mais simbólico foi a desastrada contratação na China e na Coreia dos navios de transporte, enquanto nossa indústria naval agonizava por falta de encomendas.

Agora, há um perigo ainda maior.

Brumadinho e a lógica do lucro sob Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

O desastre ocorrido nesta sexta-feira (25), em Brumadinho (MG), que já foi descrito como uma “tragédia anunciada” poderá infelizmente ser o prenúncio de outras calamidades, prevalecendo no governo brasileiro a orientação imprudente e funesta que só favorece o lucro empresarial e rejeita a fiscalização rigorosa sobre as atividades das empresas, principalmente daquelas cuja atividade atinge populações e o meio ambiente. Tudo indica que a concepção que rompe com o necessário equilíbrio entre proteção ambiental e desenvolvimento prevalece num governo onde o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles - que, em tese, deveria implementar a fiscalização - considera o órgão responsável por ela, o Ibama, uma "fábrica de multas".

A esperteza ridicularizada

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Rede Brasil Atual:

Não se deve lutar contra um apelido por mais que ele nos desgoste. Essa lição aprendi ainda criança. Quanto mais o apelidado repudia o apelido mais a alcunha fica nele grudada. Lembro disso porque soube que o ex-juiz Moro está injuriado com a excelente denominação recebida: “Marreco de Maringá”. É mais um erro na sua já longa carreira de desacertos. Sua irritação só fez crescer o número de referências ao apelido nas redes sociais. Para quem ousa revelar o ridículo dessa figura surgida das trevas brasileiras, com voz em falsete e conteúdo insosso, é um tiro na mosca, com perdão da analogia bélica.

MST celebra 35 anos de luta e resistência!

Por Gustavo Marinho, no site do MST:

Reunindo cerca de 400 militantes do Movimento, o ato político em homenagem aos 35 anos de existência do MST, contou com a presença de parlamentares, representantes de movimentos populares, professores universitários e amigos e amigas da organização.

O ato reafirmou em toda sua mística a disposição dos Sem Terra em todo o país de seguir na construção da resistência, que possa avançar na construção do projeto de Reforma Agrária Popular e de um novo modelo de sociedade.

Moro virou um soldado raso do bolsonarismo

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Nos últimos anos, Sergio Moro se tornou o grande herói brasileiro do combate à corrupção. Ganhou prêmios, deu muitas entrevistas, viajou pelo mundo contando seus feitos, enfim, se sentiu muito bem no papel de salvador da pátria. Depois de se dedicar em apressar a prisão do candidato que liderava as pesquisas presidenciais e, consequentemente, pavimentar o caminho para o desfile vitorioso da extrema direita, topou fazer parte do novo governo.