terça-feira, 23 de outubro de 2018

O chefe de milícia e o vendedor ambulante

Por Gilberto Maringoni, no blog Diário do Centro do Mundo:

O discurso de Jair Bolsonaro na tarde deste domingo – proferido em sua casa no Rio e transmitido via celular a uma manifestação na Paulista – é muito pior que a intervenção de um de seus filhos defendendo o fechamento do STF.

O capitão não falou em ambiente fechado e nem é figura lateral na onda fascista brasileira. Trata-se de um candidato á frente das pesquisas e que já age como eleito. Não discursou como dirigente politico. Mandou recado como chefe de milícia.

Os três tipos de eleitores de Bolsonaro

Por Rosana Pinheiro-Machado, no site The Intercept-Brasil:

Uma possibilidade de lidar com o atual cenário político é partir do princípio de que metade da população é composta por fascistas, ignorantes – ou ambos. Sendo assim, podemos jogar a toalha e repetir que cada povo tem o governante que merece. Outra possibilidade, que me parece mais interessante, é diferenciar esse espectro de eleitores, tentando entender como e por que diferentes perfis são capturados por essa pulsão autoritária de Jair Bolsonaro.

Hora do corpo a corpo

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Bolsonaro é fascista. Haddad democrata. O ex-capitão é ignorante. Haddad é preparado. Para o militar reformado, o SUS gasta muito e educação tem que estar na mão de militares ou ser ministrada à distância. Já Haddad defende a saúde pública e é um dos maiores especialistas brasileiros em educação, responsável por índices expressivos de inclusão no ensino técnico e superior no país. O candidato do PSL defende a tortura, desconfia dos métodos democráticos e chama a CNBB de “banda podre”, num dos mais vis atos de desrespeito religioso já registrado na história política brasileira. O candidato do PT é humanista, tem histórico de defesa dos valores democráticos e respeita o pluralismo religioso, sem deixar de afirmar a caráter laico do Estado.

Crime Eleitoral: Justiça subirá no telhado?

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

Na última quinta-feira, 18 de outubro, reportagem da jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo, expôs o crime eleitoral cometido pela campanha de Jair Bolsonaro:

“Empresas estão comprando pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp e preparam uma grande operação na semana anterior ao segundo turno. A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada. A Folha apurou que cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan. Os contratos são para disparos de centenas de milhões de mensagens”.

Dia D brasileiro: democracia ou ditadura

Por Marcus Ianoni, no site Brasil Debate:

Nas urnas eleitorais do dia 28 de outubro serão depositados votos para a disputa presidencial cujo resultado final terá um impacto imenso, não só para o país, mas para o mundo. Afinal, o que estará em jogo, indo ao ponto essencial, são dois tipos de regime: a democracia ou o autoritarismo (ditadura, protofascismo etc.). No título, uso o termo ditadura para expressar o autoritarismo do Estado que novamente ameaça com veemência a sociedade brasileira e que pode alterar também a relação de forças no Cone Sul e na esfera internacional como um todo, beneficiando forças políticas e regimes que atacam as liberdades fundamentais nos planos civil e político. Além disso, na política econômica, estará em questão outra clivagem fundamental: a disputa entre o ultraliberalismo excludente e o capitalismo inclusivo, social-desenvolvimentista.

Bolsonaro: se eleito, volta a ditadura

Editorial do site Vermelho:

Se havia ainda alguma máscara sobre o que representa o candidato presidencial Jair Bolsonaro, ela acaba de cair. Seu vídeo exibido em telões na Avenida Paulista neste domingo (21), na cidade de São Paulo, é mais uma prova contundente do quanto a democracia corre efetivo risco.

De acordo com o candidato da extrema direita, o jornal Folha de S. Paulo, que denunciou o gigantesco esquema de recursos financeiros injetados em sua campanha por empresários via “caixa 2” para disparar avalanches de notícias falsas, as chamadas fake news, vai pagar caro pelo que fez. “A Folha de S.Paulo é a maior fake news do Brasil. Vocês não terão mais verba publicitária do governo”, afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro é covarde; Globo é sua cúmplice

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ilusão é pra quem gosta de achar que as nossas “instituições funcionantes” são a garantia de impor limites ao obscurantismo de Jair Bolsonaro.

Mesmo com repetidas declarações dos médicos que o assistem de que a decisão sobre participar de debates dependia apenas dele, estando liberado clinicamente para participar, bastou um e-mail do candidato do PSL para que a Rede Globo cancelasse o debate final do 2° turno, negando, como alguns esperavam (não este blog), que Fernando Haddad pudesse ser entrevistado no horário reservado ao programa.

Fascistas pregam “fechar” o Supremo

Discurso do ódio incentiva a violência

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

Em um segundo, na hora do voto, o país pode consolidar uma situação que provocará um tropeço histórico que poderá durar anos. É o que avalia o advogado Belisario dos Santos Jr. ao falar da eleição ao Tutaméia. Junto com centenas de personalidades do mundo do direito, ele assinou um manifesto em favor de Fernando Haddad (leia o conteúdo ao final deste texto). Para ele, hoje, “não há espaço para omissão”.

Nesta entrevista (acompanhe no vídeo), ele conta que a mobilização de advogados foi motivada pela necessidade de defender a democracia, os direitos humanos, o Estado de Direito, a Constituição. “Quem representa essa alternativa é o Haddad, no qual votamos”, declara.

O capitão fascista quer o Brasil em guerra

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

Os fatos do último fim de semana são bastante esclarecedores sobre a deriva direitista que pode ocorrer no Brasil.

O fascismo assoma, os fascistas espreitam e é mais real do que nunca o perigo de repressão generalizada contra partidos políticos, movimentos sociais, instituições e personalidades democráticas e progressistas.

O Brasil está sob a ameaça de retroceder décadas não apenas quanto à liquidação da democracia e das políticas sociais. A ameaça é real também na frente externa. O Brasil poderia mesmo virar uma ameaça à paz mundial, porquanto os fascistas agora se arrogam o direito de proclamar que podem atacar vizinhos para derrubar governos. Bolsonaro quer levar o país à guerra e assim transformar o Brasil num fator negativo no concerto regional e internacional, um agente de instabilidade e tensão.