sexta-feira, 17 de maio de 2019

O Irã e os idiotas úteis do Brasil

Por Marcelo Zero

Mais uma vez, o governo Bolsonaro demonstra que está disposto a atirar contra os interesses do Brasil para satisfazer os delírios psicopatas de assessores de Trump e os interesses do governo Netanyahu.

A notícia de que o Brasil e Israel promoveram reunião sigilosa no Itamaraty, para que nosso país se some aos esforços para desestabilizar o Irã, inteiramente crível, face às fantasias ideológicas do presidente e do seu folclórico chanceler, indica que está em andamento outro gigantesco tiro no pé do Brasil. Não bastassem as agressões à China, à Rússia, aos países árabes, a membros do Mercosul, etc., chegou agora a vez do Irã. Essa gente vive, definitivamente, fora da realidade, num mundo irracional e pré-iluminista.

Lula e Dilma não fizeram corte na Educação

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Bolsonaro tenta enganar o povo dizendo que Lula e Dilma também fizeram cortes na Educação. Sim, também fizeram cortes, mas elevaram os gastos de R$ 18 bilhões em 2002 para R$ 127,9 bilhões em 2015 e de 2,46% do PIB em 1980 para 5,95% em 2015. Deram muito mais do que tiraram. Ou seja: não tiraram nada. O que Bolsonaro deu à Educação? Ameaças.

Os fascistas exumaram vídeo de um telejornal de 2010 em que a apresentadora disse que Lula cortara “mais de dois bilhões de reais” da Educação. Vejamos o tal vídeo [aqui].

Religião, violência e loucura

Por José Luiz Fiori, no site da Fundação Maurício Grabois:

O meu anjo irá adiante de ti e te levará aos amoreus, aos heteus, aos ferezeus, aos cananeus, aos heveus e aos jebuseus, e eu os exterminarei. Não adorarás os seus deuses, nem os servirás; não farás o que eles fazem, mas destruirás os seus deuses e quebrarás as suas colunas. (Êxodo, 23, Bíblia de Jerusalém, Edições Paulinas, São Paulo, p.140)

Na segunda década do século XVI, o humanista cristão Erasmo de Roterdã sustentou um famoso debate teológico com Martim Lutero sobre a “regra da fé”, ou seja, sobre o critério de verdade no conhecimento religioso. Essa batalha não teve um vencedor, mas ajudou a clarificar a posição revolucionária de Lutero, que rejeitou a autoridade do Papa e dos Concílios e defendeu a tese de que todo cristão deveria julgar por si mesmo, o que fosse certo e o fosse errado no campo da fé.

A intervenção dos EUA no Brasil

Por Marco Aurélio Cabral Pinto, no site Brasil Debate:

Daqui a apenas três anos sobrevirá na mídia corporativa o centenário da independência brasileira. Independência política de Portugal, sucedida por subordinação econômica à Inglaterra. Uma independência sem soberania, sem graus rasteiros de autodeterminação.

Da mesma maneira, a República pode ser celebrada como segundo momento histórico de transição entre dominadores externos sobre o Brasil – a aristocracia Inglesa cedeu espaço para a burguesia inovadora-gestora norte-americana.

Governo contra o progresso da ciência

Por Luiza Dulci, na revista Teoria e Debate:

Em todas as áreas, o presidente Jair Bolsonaro estimula o combate ao que ele associa à ideologia comunista, de esquerda, petista e autoriza a desconstrução de políticas públicas que estariam sob essa égide. O presidente que se coloca contra o exercício da política indicou para o Ministério do Meio Ambiente alguém contra a preservação ambiental; para o Incra alguém contra a reforma agrária, para os direitos humanos alguém contra a diversidade; para as relações exteriores alguém contra a cooperação, o diálogo e a soberania nacional. Para o MEC, a diretriz é desinvestir em educação e combater a “balbúrdia” do ensino público, mesmo que isso custe o fechamento de universidades e institutos federais. O primeiro indicado para o ministério, um olavista de carteirinha, mais trabalhou para desconstruir a pasta do que implementar uma política educacional.

Bolsonaro se aproxima da hora da verdade

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não há que se surpreender com Paulo Guedes, assim como não havia razões para esperar algo diferente de Jair Bolsonaro.

Desde o começo se sabia que Guedes era um gestor atrapalhado. É muito mais fácil comandar uma equipe de analistas, do que uma equipe multidisciplinar como o super-ministério que ele assumiu. No caso do banco de investimento, o objeto é um só, assim como o nível de conhecimento e de analise. Mesmo assim, Guedes foi um desastre, criando conflitos desnecessários com seus sócios e suas equipes, não demonstrando capacidade de convivência e de liderança. Sempre foi um grande desorganizado – e nem se tome como ofensa, porque é a característica dos intelectuais.

Como e quando Bolsonaro vai cair?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Renúncia? Internação? Impeachment? Golpe dos generais?

Como diria o êmulo Trump, todas as opções estão sobre a mesa, mas uma coisa é certa: Jair Bolsonaro não tem mais condições políticas, mentais e morais para governar o país.

Já não tinha quando tomou posse. Mas, de lá para cá, tudo só piorou - para ele e para nós.

O país esta perto de um colapso político e econômico sem precedentes na nossa história.

Antes de completar cinco meses no poder e de começar a governar, o tempo do capitão já acabou.

Desigualdade no Brasil é medida pelos dentes

Transplante de dentes/Thomas Rowlandson, 1787
Por Rosana Pinheiro-Machado, no site The Intercept-Brasil:

Maria da Luz teve sua primeira escova de dentes aos 15 anos. Antes disso, usava folhas para limpar os dentes, como era de praxe em Mulungu do Morro, interior da Bahia, onde nasceu. Aos 14, sentiu uma dor forte no dente da frente e seu avô a levou ao farmacêutico, ordenando que extraísse todos os dentes da frente de uma vez só - sem anestesia - para que não voltasse a incomodar. Aos 17 anos, depois de muito trabalhar na roça, ela conseguiu juntar dinheiro para comprar uma dentadura, com a qual nunca se adaptou.