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domingo, 22 de dezembro de 2024

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Desafios do movimento pela reforma agrária

Foto: MST
Por João Pedro Stédile, no site A terra é redonda:

No MST nós temos uma prática social de resolvermos tudo de maneira coletiva e mesmo que eu tenha uma cara mais conhecida na sociedade brasileira, sempre procuro expressar a opinião do nosso coletivo. Quando o MST nasceu e foi construído coletivamente há 40 anos atrás e o nosso ideal era a luta pela reforma agrária que se baseia naquela visão zapatista da Revolução mexicana: “tierra es para quien la trabaja”, que foi adotada em toda a América Latina pela luta dos movimentos camponeses, isso levava uma concepção campesinos da luta pela terra, ou seja se lutava de forma massiva mas a essência era resolver os problemas das famílias camponesas e agora nós estamos numa nova etapa do capitalismo internacional.

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Fogo na mata é pedra cantada

Foto: Joedson Alves/Agência Brasil
Por Manuel Domingos Neto

Três ramos industriais de alta rentabilidade estiveram na aurora da modernidade: o metalúrgico, o naval e o açucareiro. Rivalizavam em sofisticação tecnológica e importância estratégica. A indústria açucareira nasceu globalizada e o teor energético do açúcar mudaria a condição alimentar da humanidade.

Para produzir açúcar além-mar o colonizador assassinou nativos, trouxe escravizados da África e tocou fogo na mata.

O engenho precisava de gado vacum como fonte proteica, força de tração e meio de transporte. O couro servia para mil aplicações. A produção de tabaco e a extração do ouro também precisavam do boi.

quinta-feira, 30 de maio de 2024

Sem Terra, a nova casta sem direitos

Agricultura familiar. Foto: João Pompeu/MST
Por Igor Felippe Santos

Quando os portugueses chegaram ao Brasil no século 16, fiéis à doutrina da Igreja Católica, diziam que os indígenas não tinham alma. Assim, justificavam a colonização, a exploração e o genocídio de um povo. Consideravam como seres inferiores, praticamente sub-humanos, que deveriam ser subjugados e civilizados.

Mais pra frente, durante o período da escravidão dos negros africanos, foi retomada a ideia de que não tinham alma. Nesse processo de desumanização, justificavam a exploração, a violência e a morte, embora a Igreja Católica já reconhecesse formalmente que todos os seres humanos tinham alma.

Os deputados brasileiros decidiram que os sem-terra não têm alma. Assim como os indígenas que resistiram à violência da invasão portuguesa e os negros africanos que não admitiram a condição de escravização, aqueles que lutam hoje contra a chaga da pobreza, do latifúndio e da ordem imposta pelo poder vigente não têm a mesma condição dos outros.

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Câmara Federal criminaliza luta pela terra

Charge: Junião
Por Altamiro Borges


A Câmara Federal, que conta com expressiva presença de deputados ruralistas – a famigerada "bancada do boi" –, aprovou nesta terça-feira (21) um projeto de lei que representa um duro golpe na luta pela reforma agrária no Brasil. Ele proíbe que lavradores sem-terra que ocupem propriedades improdutivas recebam benefícios de programas sociais do governo federal ou se inscrevam em concursos públicos, entre outros retrocessos. Partidos de esquerda tentaram obstruir a votação, mas foram tratorados.