sexta-feira, 5 de março de 2010

Mídia contra Cuba: mártir ou delinqüente?




A morte do Orlando Zapata, ocorrida durante a visita do presidente Lula a Cuba, desencadeou nova onda de terrorismo midiático contra a revolução cubana – e, de quebra, contra a política externa do governo brasileiro.

Boris Casoy, o âncora da TV Bandeirantes que é “uma vergonha do jornalismo nacional”, só faltou chorar o falecimento do “dissidente” e fez histéricos ataques ao “ditador” Raul Castro e ao presidente Lula. Na mesma linha, Willian Waack, da TV Globo, criticou as prisões em Cuba, mas nada falou sobre as torturas na base militar ianque de Guantánamo. Os editoriais dos jornalões tradicionais também estrebucharam.

O vídeo acima, produzido em espanhol, revela que Orlando Zapata não tem nada de mártir ou dissidente político. É um delinqüente comum que a mídia hegemônica tentou transformar em herói. Mais um capítulo da guerra psicológica contra a revolução cubana, fabricada nos laboratórios da CIA nos EUA e difundida pela mídia colonizada no mundo inteiro.

O circo de rua e a palhaçada da mídia

FHC e os marqueteiros do golpe em Honduras

Artigo publicado no blog “Honduras en Lucha” ajuda a entender melhor porque o ex-presidente FHC, que adora criticar a política externa do governo Lula, quase nada falou sobre os golpistas hondurenhos. O seu partido, o PSDB, até que se pronunciou, sempre com posições mais à direita, justificando a conspiração civil-militar e condenando a diplomacia brasileira por ter dado abrigo ao presidente eleito Manoel Zelaya, deposto em junho de 2009. Mas FHC preferiu a cautela!

O texto, intitulado “FHC, Bush, Uribe e Micheletti são cúmplices documentados”, revela que a agência publicitária Chlopak, Leonard, Schecther y Asociados (CLSA), sediada em Washington, que ajudou a divulgar a versão dos gorilas hondurenhos nos EUA, já havia prestado serviços aos presidentes Álvaro Uribe e FHC, entre outros. O escritor de ficção Peter Schecther, fundador da empresa, recebeu US$ 290 mil para produzir uma das peças publicitárias justificando o golpe.

“O chefe dos ilusionistas”

Segundo o registro obrigatório no Departamento de Justiça dos EUA, os marqueteiros da CLSA receberam fortunas para promover os golpistas “através da utilização dos meios de comunicação, contatos políticos e difusão de informações a funcionários do governo e das organizações não governamentais”. O objetivo seria “disseminar uma campanha de persuasão” junto à sociedade estadunidense, em especial junto aos congressistas, para garantir respaldo ao golpe.

O blog não deixa margem a dúvidas. “Schecther, o chefe ilusionista da CLSA, sabe como vender uma ficção política. Ele já fez isso antes. Como parte da sua consultoria eleitoral, ele já trabalhou para o ex-presidente mexicano Ernesto Zedillo, para o presidente colombiano Álvaro Uribe e para o ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso”. A mesma denúncia foi confirmada pelo sítio Rebelión, editado na Espanha e um dos mais respeitados da internet.