terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Fake news de Bolsonaro aos italianos

Por Dilma Rousseff, em seu site:

O presidente Jair Bolsonaro divulgou uma fake news que seus apoiadores vêm disseminando há bastante tempo. Tornou-se transparente, assim, a origem dessas acusações, uma vez que agora foram feitas diretamente pelo próprio presidente para um público internacional.

Em entrevista concedida a um programa de auditório da RAI, emissora italiana de TV, o presidente proferiu acusação falsa e ignomiosa, atribuindo a mim participação na VPR, organização de oposição à ditadura militar. Construiu a sua fala, de modo a passar a ideia de que eu teria participado de ações violentas, em especial de uma que causou a morte de um soldado.

Globo já está no projeto Mourão 2019

Por Renato Rovai, em seu blog:

A Globo não disfarça mais sobre qual é o seu projeto a curto prazo, derrubar Bolsonaro. Ou no limite torná-lo um pato manco ou um jacaré banguela.

No JN de ontem a vênus platinada deu generosos minutos para o general que assumia a presidência em substituição ao capitão que foi passar vergonha em Davos. E ao mesmo tempo detonou Flávio Bolsonaro, demonstrando por a + b que o álibi do dinheiro do apartamento depositado em 48 vezes de 2 mil reais não se sustentava.

Um estudo sólido para um país em desmanche

Por Felipe Maruf Quintas, no site Brasil Debate:

Nos últimos anos, os brasileiros presenciaram uma movimentação política de magnitude ainda não mensurada, tanto menos porque seus desdobramentos ainda estão em processo e são absolutamente imprevisíveis. A velocidade e a intensidade das transformações assumem feições revolucionárias, em mais uma etapa da revolução burguesa brasileira na qual a estrutura do capitalismo nacional é alterada pelos impulsos cêntricos do capitalismo mundial, aqui irradiados pelos grupos dominantes, “modernizando” e aprofundando o subdesenvolvimento e a dependência, chagas de origem do Brasil. Tempos interessantes para a ciência política, assim como angustiantes para o cientista e demais observadores. Em meio à tempestade, não basta saber onde se está, mas como se chegou até aí e para onde vai. Deixemos essa segunda tarefa para outras ocasiões, uma preocupação de cada vez.

O 'Mito' acabou, seu governo ainda não

Por Marcelo Zero

As últimas notícias sobre a corrupção na família Bolsonaro, evidenciada em provas materiais, mostraram à opinião pública o que qualquer pessoa bem informada sobre política já sabia há muito tempo: o "Mito" nada mais é que um político do mais baixo clero, incompetente, mentalmente fronteiriço, sem ideias e projetos racionais para o país e que entrou na política para enriquecer e defender interesses paroquiais.

O rei está nu e o "Mito" acabou.

As ligações de Bolsonaro com as milícias

Por Cecília Olliveira, no site The Intercept-Brasil:

"Hoje é no amor!". A cena do miliciano Major Rocha felizão em um churrasco, em que ele comemora com tiros para o alto os quatro anos do centro comunitário em “Rio das Rochas”, no filme Tropa de Elite 2, é um bom retrato da realidade das milícias no Rio de Janeiro. “É tudo nosso!”, ele grita. Mas um dia a casa cai. E foi o que aconteceu hoje, quando o Ministério Público e a Polícia Civil anunciaram a prisão de cinco milicianos acusados de grilagem de terras na zona oeste do Rio de Janeiro. Não era a intenção – mas, por tabela, a operação, batizada de Intocáveis, também esbarrou em dois suspeitos da execução de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Ministério do Trabalho e a pauta Bolsonaro

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

A extinção do Ministério do Trabalho e a distribuição de suas competências e atribuições para outros quatro ministérios (Economia, Justiça e Segurança, Cidadania, e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) são simbólicas da visão social do governo Bolsonaro. Com esse gesto, o governo sinaliza o desmonte dos direitos trabalhistas, sindicais e previdenciários, entregando a gestão desses temas a instituições e a agentes políticos com mais capacidade de colocar em prática a visão governamental.

A hipótese do “pitbull encoleirado”

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Entusiasmado - com justíssimas razões… - pela rápida erosão do governo Bolsonaro, o jornalista Luís Nassif formulou, domingo (20/1), uma hipótese audaz. “A certeza, no quadro político atual é que o governo Bolsonaro acabou”, escreveu ele. A dúvida seria sobre o que virá depois. Os escândalos envolvendo o filho Flávio respingariam inevitavelmente sobre o Palácio do Planalto, a ponto de inviabilizar a continuidade do governo. O comentário pareceu ecoar a agora célebre capa de Veja, em que Bolsonaro aparece, em montagem, com os pés trocados, à la Jânio Quadros – o presidente que renunciou menos de sete meses após tomar posse, em 1961.

A imprensa e o pavor dos Bolsonaro

Por Jeferson Miola, em seu blog:               

A estratégia do clã Bolsonaro no escândalo Queiroz é de um primitivismo rudimentar e até pueril. Eles se iludem que, fugindo e se escondendo da justiça, o escândalo pode desaparecer, cair no esquecimento ou deixar de existir. Pensamento mágico.

Considerando os detalhes escabrosos descobertos até aqui, é compreensível a dificuldade da família conseguir apresentar uma versão coerente e consistente, que consiga ficar em pé. Por isso eles precisam fugir.

O caso Queiroz é como a metáfora citada pelo falecido juiz do STF Teori Zavascki: “a gente puxa uma pena e vem uma galinha”. Ou seja, o “rolo” do Queiroz é apenas uma pequena ponta de um iceberg muito mais profundo, abrangente e antigo.

Armas de fogo, mulheres e barbárie

Por Patrícia Valim, no jornal Brasil de Fato:

Quinze de janeiro de 2019 é uma data que certamente entrará para a história do Brasil como uma grande derrota da civilização para a barbárie. O presidente Jair Messias Bolsonaro assinou o Decreto, sem o aval do Congresso, que libera a posse de até quatro armas por cidadão sem precisar explicar as razões pelas quais uma arma de fogo é necessária. Reduz de 25 para 21 anos a idade mínima para compra de armas, estende o porte de armas para autoridades políticas e pessoas que respondam a processo criminal e/ou que sejam condenadas por crime culposo.

De verde e amarelo, 'coxinhas' voltam às ruas

Por Altamiro Borges

Os “coxinhas” não se emendam. Trajando as camisetas da “ética” CBF e carregando os patinhos amarelos da Fiesp, eles foram às ruas para golpear a democracia e derrubar Dilma Rousseff. Na prática, serviram de massa de manobra da elite – ou melhor, da cloaca burguesa – e ajudaram a alçar ao poder a quadrilha de Michel Temer. Aos poucos, com a contrarreforma trabalhista e outros golpes, muitos se arrependeram da besteira que fizeram. Mesmo assim, não se emendaram. Nas eleições de 2018, manipulados pelo discurso da negação da política, a egoísta classe “mérdia” ajudou a eleger o “mito”, um deputado com 28 anos de mandato que se dizia novo na política e vestal da ética. Não durou muito e já surgem várias denúncias de corrupção contra a famiglia Bolsonaro. E o que fazem os desnorteados “coxinhas”, que não tomam vergonha na cara?