quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Mais um atentado à liberdade de imprensa

Do site do FNDC:

O jornalista Glenn Greenwald, editor do The Intercept Brasil, foi denunciado por associação criminosa nesta terça-feira (21) pelo Ministério Público Federal (MPF). Ele é acusado pelo procurador Wellington Divino Marques de Oliveira, que assina a denúncia, de ajudar na invasão de celulares de autoridades brasileiras. Outras seis pessoas também denunciadas.

Moro ameaça, mas não deixará o governo

Por Fernando Brito, em seu blog:

Diz a máxima política que não se nomeia aquele que não se pode emitir.

Jair Bolsonaro, em busca de legitimação, o fez, nomeando Sérgio Moro como ministro da Justiça, para sinalizar um suposto combate à corrupção e um conflito de morte – que o elegera – com Lula e o PT.

Está, agora, às voltas com a complicada resolução desta equação que começou, entendam-me os que aprenderam limites da função matemática no 2° grau, para o que valia desde que houvesse a submissão ao projeto político bolsonarista.

Greenwald e a perseguição a Samuel Wainer

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Em outubro de 1955, um ano e dois meses após o suicídio de Getúlio Vargas, o Tribunal de Justiça do Rio condenava Samuel Wainer, fundador do jornal Última Hora, a um ano de prisão por “falsidade ideológica”. Wainer era acusado de se passar por brasileiro tendo nascido na Bessarábia, então parte do Império Russo. A Constituição proíbe que brasileiros não-natos possuam meios de comunicação, um protecionismo do qual os donos da mídia não abrem mão até hoje, ao contrário do que pregam em relação ao petróleo e demais riquezas nacionais.

Fux reforça facção que corrompeu a Justiça

Por Jeferson Miola, em seu blog:                 

“Excelente. In Fux we trust!”. Esta celebração do então juiz Sérgio Moro com o parceiro Deltan Dallagnol em mensagem do Telegram se assemelha ao brado efusivo da torcida de um time; é uma espécie de exaltação de um Deus.

Esta celebração, gozada em ambiente absurdo de promiscuidade entre juiz e procuradores que agem à margem da Lei, é impensável sob a vigência do Estado de Direito, e só é entendida no contexto da corrupção e decomposição do sistema de justiça brasileiro.

Além de Fux, Moro e Dallagnol festejam outros ministros do Supremo que eles também chamam de “seus”: “Aha, uhu, o Fachin é nosso!”, e “Barroso vale por 10 PGRs”.

Guedes foi um desastre na Suíça

Edital da Funarte proíbe bandas de rock

Da revista CartaCapital:

Um edital da Funarte (Fundação Nacional das Artes) para promover a reposição de instrumentos de sopro em bandas restringiu a participação para grupos de um gênero musical popular: o rock.

O detalhe passaria despercebido e, na verdade, já foi condição de um edital passado da Funarte, de 2013, que possuía o mesmo objetivo de conceder instrumentos para determinados tipos de banda. No entanto, a figura do novo presidente da Funarte, Dante Mantovani, deixa a situação ao menos irônica.

Isso porque Mantovani tem um vídeo publicado em seu canal do Youtube em que explica, com detalhes, como que bandas de rock foram “planos soviéticos” para espalhar o comunismo pelo mundo.

Alvim, nazismo e o momento da vergonha

Racismo alimenta ações genocidas da polícia

Lula receberá prêmio mundial em Madri

Luiz Fux afronta os Poderes da República

Editorial do site Vermelho:

A resposta do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à decisão autoritária do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux de suspender a implementação do juiz das garantias por tempo indeterminado é uma síntese precisa. Para ele, foi uma atitude “desnecessária e desrespeitosa com o Parlamento brasileiro e com o governo brasileiro, com os outros Poderes”.

Desrespeito, a rigor, ao próprio Poder Judiciário, à medida que subverte o papel do STF e revoga uma decisão do seu presidente, Dias Toffoli, que havia expedido liminar suspendendo a implantação do juiz de garantias por 180 dias. Com uma penada, Fux afrontou tudo isso e a própria história da democracia.

Petardos: Bolsonaro retira poder de Moro

Por Altamiro Borges

Destaque no site da Veja: "Moro 'fica na Justiça' mesmo se pasta da Segurança for recriada, diz Bolsonaro. Presidente admitiu que cisão do ministério está em estudo: 'Lógico que o Moro deve ser contra, né?'". Pelo jeito, o "capetão" vai humilhar novamente o "marreco de Maringá"

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Já Andréia Sadi, em sua coluna no site G1, da Globo, informa que os "moristas" foram pegos de surpresa e estão preocupados. "Para aliados de Moro, eventual recriação do Ministério da Segurança Pública enfraquecerá o ministro". O que será que está rolando no laranjal bolsonariano?