quarta-feira, 20 de maio de 2020

1.179 mortes em 24 horas. E daí, Bolsonaro?

Por Altamiro Borges

As manchetes fúnebres dos jornalões nesta quarta-feira (20). Folha: "Pela 1ª vez, país supera mil mortes por Covid-19 em 24h". Estadão: "Mais de mil mortes por dia e 1 a cada 7 novos casos no mundo". O Globo: Sem ministro, país passa dos mil mortos diários. “E daí?”, deve se perguntar o genocida que ocupa a presidência.

Enquanto a pandemia avança, o "capetão" Jair Bolsonaro, adepto da necropolítica, passeia de jet sky, agenda um "churrasco fake", dispara seu piriri verborrágico constante e libera a abertura dos “essenciais” salões de beleza e academias de ginástica. E o Brasil segue sem ministro da Saúde, com um general chefiando o posto!

Haverá vacina para os mais pobres?

Bolsonaro declara guerra aos governadores

Mengele e Lisenko. Sobre ciência e morte

Charge: Antonio Rodríguez/México
Por Tarso Genro, no site Sul-21:

“Bolsonaro não ignora a ciência, só tem uma visão diferente”, disse o General Walter Braga Netto, Ministro (militar) da Casa Civil, na entrevista do dia 15 (quinta-feira), ao defender seu Presidente, Capitão do Exército Nacional. Este, reformado com base em laudos psiquiátricos - aliás - foi considerado impedido de prosseguir na sua carreira militar por problemas sérios de conduta, o que liga diretamente o erro do General Walter ao personagem maníaco que ele defende. As experiências de submissão da ciência às necessidades políticas, na história da Humanidade, já trouxeram tragédias suficientes que deveriam ter sido absorvidas por todas as pessoas mentalmente sadias.

Governo coveiro de pessoas e da democracia

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Foram 1.179 mortes por coronavírus registradas somente nesta 3ª feira, 19 de maio. O número real, porém, que está subnotificado, é muito maior.

Além do Brasil, apenas França, Reino Unido e Estados Unidos tiveram mais de mil mortes por coronavírus num único dia.

Mas o Brasil é recordista neste ranking tétrico: enquanto aqui o milhar de mortes aconteceu depois de 62 dias da 1ª morte registrada [em 17/3], no Reino Unido, França e EUA esta marca foi atingida depois de 68, 69 e 70 dias, respectivamente.

Os ataques de Trump à China e à OMS

Editorial do site Vermelho:

A Assembleia Mundial da Saúde, reunião anual de tomada de decisões da Organização Mundial da Saúde (OMS) por seus 194 membros, foi um palco para o mundo conhecer ideias e propostas para o combate à Covid-19. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recusou-se a discursar, ao passo que o presidente da China, Xi Jinping, falou logo na abertura, anunciando que Pequim doará US$ 2 bilhões para combater o coronavírus e despachar médicos e suprimentos médicos para países pobres.

Centrão, 600 reais e caos social

Por João Guilherme Vargas Netto

O presidente Bolsonaro apoiado nas duas pilastras do bolsonarismo, as redes sociais robotizadas e as milícias bandidescas ou oficiosas, procura desenvolver suas três táticas provocadoras em prejuízo do povo e do combate à pandemia.

Ele conquista o apoio congressual do Centrão com prebendas individuais e coletivas, garantindo-se contra um eventual impeachment e modificando a correlação de forças em detrimento de Rodrigo Maia. Isto pode prejudicar o encaminhamento da votação da MP 936 com novas dificuldades para a aprovação do relatório do deputado Orlando Silva (PC do B-SP).

Em defesa da vida e da democracia!

Do site da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee):

O Brasil sofre com a evolução da Covid-19 e passa por grave crise sanitária, econômica e política. O número de mortos cresce diariamente, às centenas. O presidente Jair Bolsonaro insiste em negar a existência da crise na saúde e investe contra o isolamento social, única medida eficaz, até o momento, para conter a contaminação, e propagandeia o uso de um medicamento sem eficácia comprovada. Mais que isso, coloca o país na iminência de um golpe de Estado, incentivando e participando de manifestações antidemocráticas, ao arrepio da Constituição, que preconizam o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Morte de João Pedro e a frente antifascista

Por Luiz Eduardo Soares

João Pedro Mattos Pinto, 13 anos, estupidamente assassinado por policiais dentro de casa, brincando em família.

Uma criança saiu da casa quando alguns tiros foram ouvidos, para avisar: "aqui só tem criança". Policiais, diante disso, tomaram a casa por alvo. Lançaram uma bomba de efeito moral ao interior e invadiram a residência atirando.

Onde no mundo se age assim? Qual gatilho mental dispara essa insanidade homicida? Que cálculo justificaria invadir uma casa, atirando?

Alguém com um mínimo de bom senso, um mínimo de equilíbrio, poderia admitir uma ação assim covarde, tão absolutamente perversa?

Bolsonaro carrega um cemitério nas costas

As vezes que Bolsonaro debochou da Covid-19

Taxar fortunas para salvar vidas

Pandemia, crise e pacto federativo