sexta-feira, 17 de junho de 2022

Justiça barra escola cívico-militar em SP

Por Altamiro Borges


O “capetão” e seus generais devem estar ainda mais furiosos contra setores do Poder Judiciário. A Folha informa que “um juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a suspensão da implantação do programa do governo Jair Bolsonaro de escolas cívico-militares na rede de ensino paulista”. 

A decisão do TJ-SP tem caráter liminar e ainda pode ser anulada. Mesmo assim, ela deve ter irritado os milicianos fardados, que estão se achando os donos do Brasil. De forma direta e certeira, o juiz José Eduardo Cordeiro Rocha detonou o Programa Escola Cívico-Militar (Pecim) em sua sentença:

Carla Zambelli e os devastadores da Amazônia

Sob Bolsonaro, Funai é contra os indígenas

O ativismo digital e as mudanças políticas

Crime na Amazônia derrete imagem do Brasil

A culpa de Bolsonaro na tragédia do Javari

Charge: Thiago
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Bárbaro, hediondo, macabro, covarde... Nenhuma palavra basta para qualificar o crime. O assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips dizem ao mundo a quê ponto o Brasil chegou na regressão civilizatória e até onde pode ir a disputa pela Amazônia.

Os fascínoras que os mataram não seguiram apenas o comando do instinto primitivo e bruto.

Agiram segundo a lógica e o ambiente criados por Jair Bolsonaro e seus asseclas.

Na disputa sangrenta pela Amazônia, o governo que investe contra o ativismo ambiental e demoniza os indígenas, é complacente com o garimpo ilegal, o desmatamento, a grilagem, a pesca ilegal e todo tipo de predação, dá sinal verde para os assassinos e arma suas mãos.

A indiferença do general-candidato Mourão

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O general vice-presidente Hamilton Mourão preside o Conselho Nacional da Amazônia, órgão responsável por políticas, estratégias e ações do governo federal naquela região.

Apesar desta atribuição legal, no entanto, ele tomou enorme distância do local em que deveria estar, o Vale do Javari, onde Bruno Pereira e Dom Philips foram barbaramente assassinados, em consequência das políticas do governo militar do qual ele é vice-presidente.

Mourão viajou para o extremo-oposto geográfico de onde deveria estar. O general está no Rio Grande do Sul [RS], mais de 3.479 km longe do local onde, por obrigação legal, ele de fato deveria estar. Desde o final do dia 15/6, véspera do feriadão de Corpus Christi, ele promove atividades da sua campanha eleitoral para o Senado.

O fedor de Bolsonaro espalha-se pelo mundo

Charge: Ildo
Por Fernando Brito, em seu blog:

O ódio e a maldade que dominam a mente de Jair Bolsonaro provocam nele um déficit de percepção típico de governantes autoritários: sua deformação mental é tanta que sequer é capaz de lidar com a ideia de redução de danos políticos.

Nesta tragédia humana do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, ele repete o comportamento que teve na pandemia da Covid.

Em uma e em outra, não foi ele quem causou, diretamente, os fatos.

Nem trouxe o vírus para o Brasil, nem ordenou a um bando de ilegais que executassem, com requintes sádicos, a dupla, mas seu ódio às pessoas é tão grande que toma os fatos negativos como algo que deve ser desprezado e minimizado, inclusive nas reações administrativas do governo brasileiro.

Delegado da PF detona Carla Zambelli

Por Altamiro Borges


Nestes dias trágicos e tensos relacionados aos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips, a hidrófoba bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) disparou nos “top trends” do Twitter. Mas não foi por motivos humanitários. Em entrevista à GloboNews, o ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, acusou a deputada federal de integrar a "bancada do crime” e de ser “financiada por madeireiros” da região amazônica.

Juros voltam a subir no desgoverno Bolsocaro

Foto: Reuters
Por Altamiro Borges


O desgoverno de Jair Bolsonaro – também já apelidado de “Bolsocaro” – vai de mal a pior. Na quarta-feira (15), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou o 11º aumento consecutivo da taxa básica de juros, a Selic. Com a elevação de 0,5 ponto percentual, ela subiu para 13,25% ao ano, o maior índice desde 2016.

A decisão foi tomada por unanimidade pelos abutres financeiros que mandam no Copom. O comitê ainda já sinalizou que pretende impor nova alta da taxa de juros daqui a 45 dias. “Para a próxima reunião, o comitê antevê um novo ajuste, de igual ou menor magnitude”, adverte o comunicado do colegiado sinistro.