sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Tornar a indignação contra Temer em luta

Editorial do site Vermelho:

O presidente ilegítimo, Michel Temer, conseguiu, em votação apertada (263 votos a seu favor e 227 contra), arquivar a denúncia cujo acatamento o afastaria do governo. A vitória do usurpador foi custosa ao país, literalmente. Enquanto o Estado brasileiro, sob seu comando, não oferece serviços mínimos à população, aproximando-se de situações de colapso em alguns setores, milhões foram movimentados para arregimentar os votos necessários ao arquivamento da denúncia.

Os esquadrões fascistas estão nas ruas

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Está circulando, nas redes e nos jornais, o vídeo onde dois energúmenos ameaçam e intimidam Mohamed Ali, um sírio de 33 anos, que vende esfirras e outras comidas árabes em Copacabana.

Segundo O Globo:

Nas imagens é possível ver um homem com dois pedaços de madeira nas mãos gritando: “saia do meu país! Eu sou brasileiro e estou vendo meu país ser invadido por esses homens-bombas que mataram, esquartejaram crianças, adolescentes. São miseráveis”. Adiante no vídeo, ele ainda fala: “Essa terra aqui é nossa. Não vai tomar nosso lugar não”.

Petroleiros denunciam desmonte da Petrobras

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

Principal fórum dos petroleiros, o XVII Congresso Nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP) começa a partir desta quinta-feira (3 de agosto), em Salvador (Bahia). Na pauta, o desmonte da Petrobras e o impacto da privatização de unidades estratégicas da empresa.

Como a mídia apoia e naturaliza o desmonte da Petrobras, para termos a dimensão do impacto que isso significa, é preciso acompanhar a discussão travada por quem fez e faz a Petrobras: os trabalhadores do setor. No site da Federação Única dos Petroleiros (FUP), por exemplo, é possível encontrar análises e dados que derrubam qualquer justificativa em prol das privatizações.

Temer quer criar a república do lixo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Recém saído das catacumbas após o desembolso de R$ 13,4 bilhões que garantiram os votos de parlamentares para evitar uma investigação sobre corrupção passiva, Michel Temer abriu o verdadeiro jogo do golpe – instituir o regime parlamentarista e castrar a democracia de uma vez por todas. "Acho que podemos pensar em parlamentarismo para 2018," disse. "Não seria despropositado."

Do ponto de vista da lógica em vigor na política do país após a deposição de Dilma Rousseff, não seria despropositado mesmo. Seria o capitulo final de um esforço coerente e ilimitado para retirar direitos dos brasileiros e transformar o país numa republiqueta de lixo.

Apoio dos ruralistas ao golpe custará caro

Por Luiza Dulci, no site Brasil Debate:

No dia 22 de dezembro de 2016, às vésperas do natal, o executivo federal enviou ao Congresso Nacional a Medida Provisória (MP) 759, que veio a ser sancionada pelo presidente Michel Temer no dia 11 de julho deste ano. Conforme a descrição do próprio texto da MP (agora Lei n. 13.465), “dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana, sobre a liquidação de créditos concedidos aos assentados da reforma agrária e sobre a regularização fundiária no âmbito na Amazônia Legal, institui mecanismos para aprimorar a eficiência dos procedimentos de alienação de imóveis da União, e dá outras providências”.

Não à toa, foi apelidada como a MP da Grilagem.

O preço político da vitória de Temer

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Os analistas da mídia, convertidos hoje em meros estafetas a serviços do golpe, terão trabalho extra com a vitória de Michel Temer, por isso devem estar bastante mal humorados.

Não serão eles, de qualquer forma, que poderão escrever sobre algumas consequências óbvias da votação de ontem, na qual o governo obteve uma vitória esmagadora, que não pode ser medida pelo placar de 263 votos a 227 votos em favor do governo.

Como a oposição precisava de 342 votos para autorizar a investigação e cassar o presidente, todos os deputados da direita com eleitorado de “opinião”, como são boa parte dos tucanos, além dos Bolsonaro, votaram “não”, ou seja, em favor da continuidade das investigações.

Como reagir à "reforma" trabalhista?

Editorial do jornal Brasil de Fato:

A reforma trabalhista (Lei nº 13.467/2017) foi aprovada em julho e sancionada pelo presidente golpista Michel Temer. Ela será aplicada em menos de quatro meses, no dia 13 de novembro.

Entre as medidas mais duras para os trabalhadores está a chance de negociar, de forma coletiva ou individual, em patamares abaixo do que garante a lei. Foi também criada uma série de problemas para que trabalhadores não consigam reparação na Justiça do Trabalho caso seus direitos sejam violados.

Pisos salariais rompidos e jornadas de trabalho fracionadas também serão comuns. Na história das leis brasileiras, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) já passou por dois momentos de retirada de direitos: um com o golpe militar de 1964 e outro nos anos 1990. A atual reforma é o terceiro e mais grave momento de enfraquecimento da proteção legal aos trabalhadores.

Mídia segue dividida sobre futuro de Temer

Por Bia Barbosa e Camila Nóbrega, na revista CartaCapital:

O que quer a Rede Globo ao direcionar todo o seu jornalismo para desgastar Temer ao mesmo tempo em que outros grandes veículos preferem a suposta estabilidade que o governo traria à economia?

Essa é a pergunta de um milhão de dólares.

Desde as denúncias contra Michel Temer feitas pelos donos da JBS, em maio passado, uma das grandes questões que tem intrigado os que acompanham o noticiário político é por que o principal grupo de comunicação do país entrou de cabeça na derrubada do presidente enquanto outros parecem ainda apostar na sobrevivência da atual gestão.

Ninguém parece conseguir cravar uma resposta.

Lava-Jato e a fábula do burro ou do canalha

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

“Entre um burro e um canalha, não passa o fio de uma navalha” - Millor Fernandes

Na abertura do 8o Congresso Nacional do Ministério Público, o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, foi incisivo: o Ministério Público se orienta pela Constituição, e não se fala mais nisso.

Disse mais:
- Afirmo aos senhores e senhoras que uma instituição plural, democrática e altiva como é o Ministério Público brasileiro jamais estaria a reboque dos acontecimentos, de pessoas ou de interesses menores. Ao contrário, fomos moldados pelo constituinte para ser uma instituição de vanguarda, que dita o próprio caminho e que busca como norte apenas as leis e a Constituição.

Voto de Bolsonaro revolta seus eleitores

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O voto dos Bolsonaros Jair e Eduardo na Câmara a favor da denúncia contra Temer causou um curto circuito em seu eleitorado e uma debandada.

Antipetistas, anticomunistas, pouco inteligentes e sobretudo com pânico de Lula, fãs de Bolsonaro preferem manter um corrupto amigo como Michel Temer.

Bandidos de estimação, desde que à direita, estão liberados na utopia fascista.

Salvação do Temer na 'assembléia de bandidos'

Por Jeferson Miola

O trancamento da investigação do Michel Temer pela Câmara dos Deputados é a síntese perfeita do Brasil golpeado na sua democracia, na sua dignidade e na sua decência.

A Câmara dos deputados, batizada naquela sessão deplorável de 17/4/2016 pelo cronista político português Miguel Sousa Tavares como uma “assembléia geral de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha”, não autorizou o STF investigar o “chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil” flagrado na prática de crime de corrupção ocorrida em encontro clandestino altas horas da noite com o empresário corruptor Joesley Batista em pleno Palácio Jaburu, a residência oficial.