segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Só há espaço para o ultraliberalismo nas TVs

Armandinho, Alexandre Beck

Por Bepe Damasco, em seu blog:


A radiodifusão é uma concessão pública, já que as ondas eletromagnéticas pertencem ao Estado, ao povo brasileiro. Então, a família Marinho não é dona do canal aberto da Globo, nem da Globonews e tampouco da rádio CBN, mas sim concessionária.

Em um país diverso como o nosso, seja do ponto de vista social, regional, econômico, político, cultural ou racial, as concessões de rádio e TV teriam que abrir espaços para as representações das partes que formam o complexo mosaico da sociedade brasileira.

Mas não é nada disso que acontece. Ao contrário, via de regra os veículos de comunicação oligopolizados usam a concessão do Estado para emplacar sua ideologia ultraliberal, sua visão de mundo excludente e elitista.

O extremista que decidiu ser moderado

Charge: Geuvar
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Não será fácil a vida dos extremistas moderados ou de centro ou apenas cordiais. Precisam manter a base bolsonarista, mas sem saber direito como calibrar seus extremismos. É um exorcismo de alto risco.

O exemplar mais vistoso e atormentando do momento, assim vendido pela grande imprensa, é Tarcísio de Freitas. Um burocrata que não passou pelos estágios iniciais da política e sentou-se logo na janelinha do Estado mais poderoso do país.

Para vislumbrar alguma coisa maior mais adiante, terá de lidar com as emergências. O bolsonarismo cobra fidelidade, mas pode devorá-lo. E as falas e práticas bolsonaristas que o identificam podem, pelo excesso, inviabilizá-lo como nome para 2026.

Economia fortalece o campo progressista

Inauguração da fábrica de celulose da Suzano, em Ribas
do Rio Pardo/MS. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Editorial do site Vermelho:


O crescimento de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2024 e a redução da pobreza são indicadores de que o Brasil vem superando a herança mais do que maldita do governo Bolsonaro. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que 8,7 milhões de pessoas saíram da situação de pobreza no país entre 2022 e 2023. São 59 milhões de brasileiros nessa condição. No mesmo período, 3,1 milhões deixaram a extrema pobreza, situação que ainda afeta 9,5 milhões.

Segundo a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2024, com análises sobre as condições de vida da população brasileira, em 2023 o Brasil alcançou os menores níveis de pobreza e extrema pobreza da série histórica iniciada em 2012 pelo IBGE.

Queda de Assad pode produzir banho de sangue

Charge: Latuff/MintPress News
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


Como sempre, a mídia ocidental comemora, como se grande avanço fosse, a queda de mais uma “ditadura” do Oriente Médio. A de Assad, na Síria.

Foi assim no Iraque, no Afeganistão, na Líbia etc. Obviamente, “ditaduras” que não eram alinhadas aos interesses dos EUA e do Ocidente. Em todos esses casos, centenas de milhares de pessoas morreram e os países foram destruídos. Tudo, é claro, em nome da democracia e dos direitos humanos.

Já as ditaduras aliadas da região, como a da Arábia Saudita, Emirados Árabes, Catar, Kuwait etc. continuam protegidas e prestigiadas. Isso também vale, é claro, para o governo genocida de Netanyahu.

Como sempre, as análises sobre o tema na mídia brasileira e ocidental são, em geral, superficiais e baseadas numa visão maniqueísta, moralista, simplória, desinformada e francamente estúpida sobre a dinâmica dos conflitos do Oriente Médio.

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