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terça-feira, 22 de outubro de 2024

Trabalhador paga mais imposto do que ricaço

Reprodução da internet
Por Altamiro Borges


Pressionado pelo “deus-mercado” a promover mais austericídio fiscal contra os pobres, o governo Lula estuda medidas para aumentar a taxação dos mais ricos. Segundo recente matéria da Folha, a ideia do Ministério da Fazenda é criar um imposto mínimo, entre 12% e 15%, sobre o rendimento dos 250 mil ricaços nativos que têm renda anual de mais de R$ 1 milhão. Essa cloaca burguesa paga oito vezes menos tributos do que um trabalhador.

A renovação da privataria tucana

Charge: Amorim
Por Jeferson Miola, em seu blog:

No dia 20 de junho passado o governo publicou o Decreto nº 12.068 para a renovação antecipada das concessões de distribuição de energia elétrica. De acordo com a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, existem 19 concessionárias de distribuição com contratos a vencer entre 2025 e 2031.

Tais concessões foram feitas há quase 30 anos, no marco do processo escandaloso e corrupto de privatizações e de entrega do patrimônio público que ficou conhecido como a “privataria tucana”.

O Decreto permite a prorrogação das atuais concessões por mais trinta anos, ainda que a gestão privada se mostrou desastrosa e colocou em risco a segurança elétrica do Brasil.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Austeridade e popularidade

Fernando Haddad
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


A proximidade do processo das eleições municipais acabou por deixar um pouco à margem nos grandes meios de comunicação o debate a respeito da perda de popularidade do presidente Lula e da avaliação de seu governo. É compreensível que a emergência e a polarização do pleito nas mais de 5.700 cidades terminem por colocar essa questão em segundo plano na agenda política. No entanto, como haverá segundo turno em menos de 100 destes locais, é provável que o debate a respeito da contradição entre a realidade exibida pelas estatísticas oficiais de economia e a popularidade em queda passe a merecer mais espaço na imprensa.

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Trilhões, bilhões, juros e o pente fino

Charge: Kap/Cartoon Movement
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


A reiterada obsessão manifestada – dia sim, outro também – pelo Ministro Fernando Haddad com a implementação da austeridade fiscal extremista vai criando um conjunto amplo de problemas para a agenda governamental. A adesão unilateral aos diagnósticos e às propostas do campo do financismo provocam consequências sérias e danosas para qualquer programa de natureza desenvolvimentista do governo. Afinal esta era uma das grandes esperanças depositadas pela maioria da população brasileira ao confiar um terceiro mandato para o Presidente Lula em outubro de 2022.

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Aumento dos juros é absurdo e criminoso

Por Altamiro Borges


Em mais um ato de sabotagem contra o crescimento da economia brasileira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aprovou nesta quarta-feira (18) o aumento de 0,25% na já pornográfica taxa básica de juros do país, a Selic. Presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, também apelidado de Bob Fields Neto em lembrança ao papel entreguista do seu avô como ministro da ditadura militar, a instituição volta a servir aos interesses dos banqueiros e rentistas.

Por ironia ou pura provocação, o aumento da Selic se deu no mesmo dia em que o Banco Central dos EUA, o Fed, aprovou o primeiro corte nos juros no país em quatro anos, de 0,5%. No império, a taxa caiu para a faixa de 5% a 4,75% ao ano. Já no Brasil, ela subiu de 10,50% para 10,75%. Foi a primeira alta desde agosto de 2022, ainda no covil de Jair Bolsonaro. O aumento gerou protestos em vários setores da sociedade, do setor industrial às centrais sindicais de trabalhadores.

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Aumento de juros 'é uma sem-vergonhice'

Charge: Bira Dantas
Por Jeferson Miola, em seu blog:

O economista Ladislau Dowbor, autor de vasta obra acadêmica sobre economia e economia política, não faz volteios e interpreta de maneira didática o significado real de conceitos econômicos adotados pelos tecnocratas do rentismo que enrolam a população enquanto saqueiam o orçamento público.

É dele a melhor explicação técnica sobre o aumento de juros: – “é uma sem-vergonhice!”, explicou em entrevista ao programa Painel do Brasil247 [17/9].

“Eu vejo a farsa que isso tudo representa, com que cara de pau, com gravata e tudo esses caras dizem essas coisas assim”, disse Ladislau.

domingo, 8 de setembro de 2024

Brasil: ainda o paraíso do financismo

Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


O nosso país segue batendo recordes atrás de recordes, em inúmeras variáveis e modalidades, para assegurar o título de campeão mundial de juros. Para a elite do financismo local, pouco importa que tal pódio seja considerado uma vergonha internacional e um escândalo no que se refere a definições de prioridades de política econômica. Aliás, para um governo que se pretende reformador da ordem da profunda desigualdade que marca também a cena global, a insistência em continuar com esse misto de política fiscal da austeridade e política monetária do arrocho em suas próprias praias se apresenta como um péssimo cartão de visitas.

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

A Selic e o terror do financismo

Charge: Amarildo
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


O roteiro é um velho conhecido de quem acompanha a evolução da política monetária em nosso País. No intervalo de 45 dias que separa as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), a nata do sistema financeiro começa a lançar seus balões de ensaio a respeito daquilo que pretende que seja definido como o futuro patamar da Selic. O próximo encontro do colegiado está marcado para 17 e 18 de setembro. Ali, mais uma vez, os nove diretores do Banco Central (BC) deverão trocar de boné e assumir a condição temporária de membros do órgão responsável por estabelecer a taxa referencial de juros.

domingo, 11 de agosto de 2024

Juros: nunca antes neste país!

Charge: Miguel Paiva
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


A divulgação da edição mais recente do Relatório de Política Fiscal do Banco Central (BC) no final de julho confirmou, mais uma vez, a tendência altista no volume de juros pagos regularmente pelo Estado brasileiro aos detentores de títulos de dívida pública de nosso País. Uma parcela significativa dos gastos realizados pelo governo federal sempre foi direcionada para tal compromisso, mas esses valores nunca estiverem na linha de mira dos agentes a serviço do financismo, todos eles sempre muito alertas para denunciar a suposta gastança da administração pública.

terça-feira, 6 de agosto de 2024

A conta do déficit zero já chegou para Lula

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por André Cintra, no site Vermelho:


Foi decepcionante. Na última terça-feira (30/7), às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) que determinaria a nova taxa básica de juros (Selic), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, convocou a imprensa brasileira.

Diferentemente do presidente Lula – que não perde uma única oportunidade de estocar o bolsonarista Roberto Campos Neto, presidente do BC –, Haddad usou a entrevista coletiva para jogar a bandeira branca. Garantiu que o governo se submeteria à cartilha da austeridade fiscal. Ao detalhar o congelamento de R$ 15 bilhões do Orçamento de 2024, reiterou a aposta de que a União fecharia o ano com déficit zero das despesas públicas. No total, R$ 15 bilhões serão bloqueados, e R$ 3,8 bilhões, contingenciados.

domingo, 28 de julho de 2024

A taxação de super-ricos e o ataque ao BPC

Foto do site Aletihad
Por Jeferson Miola, em seu blog:

O ministro da Fazenda Fernando Haddad conseguiu emplacar a discussão sobre a necessidade de taxação de super-ricos no encontro de ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20. Uma conquista louvável.

Tributar super-ricos é uma exigência ética e de justiça tributária. Afinal, existem apenas 2.781 bilionários no mundo. Juntos e somados, acumulam a impressionante riqueza de US$ 14,2 trilhões [Forbes] – equivalente a 14% do PIB mundial de 101,3 trilhões de dólares.

Os 2.781 super-ricos que são proprietários de 14% da riqueza mundial representam a proporção ínfima de 0,000000000347625 por cento da população humana na superfície do planeta Terra, de oito bilhões de pessoas.

A taxação desses super-ricos com alíquota de apenas 2% possibilitaria uma arrecadação anual de US$ 284 bilhões de dólares. De acordo com o FMI, apenas 47 dos 193 países-membros da ONU têm PIB superior ao valor que poderia ser arrecadado.

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Taxadd? Sobre críticas descabidas a Haddad

Reprodução do Facebook
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Acordei hoje com vontade de defender o ministro Haddad. Não me ocorre sempre. Por diferenças de temperamento, fundamentalmente. A meu modesto juízo, Haddad peca por um espírito excessivamente conciliatório. Preocupado, às vezes um tanto demais, em atender a plutocracia local e o sistema financeiro, o ministro da Fazenda pode cometer enganos.

Por exemplo, o governo foi colocado numa camisa-de-sete-varas, quando se propôs um arcabouço fiscal relativamente inflexível, com metas ambiciosas que agora cobram o seu preço. As metas para 2025 e anos posteriores foram flexibilizadas (acertadamente) e foram encontradas algumas válvulas de escape. Manteve-se, entretanto, a meta de déficit zero para 2024, com um intervalo de intervalo de tolerância de apenas 0,25 ponto percentual do PIB para cima e para baixo. As novas projeções da Fazenda indicam um resultado primário no piso da meta, isto é, um déficit em torno de 0,25% do PIB.

terça-feira, 16 de julho de 2024

Uma crise fabricada contra Lula

Charge: Aroeira/247
Por Paulo Nogueira Batista Jr.


O que provocou a turbulência no mercado financeiro e na mídia nas semanas recentes? Criou-se uma sensação de “crise”. Os desavisados devem ter pensado que estávamos ou estamos à beira de um abismo. A onda especulativa já arrefeceu, mas vale a pena discutir o que a desencadeou.

Afinal, houve motivos para tal nervosismo nos mercados cambial e financeiro, em especial para a alta do dólar? Creio que sim. Não foram, porém, primordialmente econômicos – e sim políticos. Os resultados econômicos e sociais do governo Lula estão entre bons e razoáveis. Veja-se, por exemplo, o crescimento do PIB, a inflação, o mercado de trabalho, os indicadores de pobreza, o balanço de pagamentos. Quanto ao propalado “risco fiscal”, as informações disponíveis não sugerem de forma alguma que o Brasil venha caminhando para um colapso das contas governamentais. Aliás, as expectativas de mercado em relação ao déficit público (primário e total), assim como em relação aos demais indicadores macroeconômicos, praticamente não se mexeram no passado recente.