quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Temendo o laranjal, Bolsonaro detona o PSL

Quem tem medo da Vaza-Jato?

O que está em jogo na briga Bolsonaro X PSL

O fracasso da diplomacia da submissão

Por Sergio Lirio, na revista CartaCapital:

Não foi por falta de aviso. Diplomatas experientes alertaram que na geopolítica é um erro de principiante ceder à vontade de um parceiro comercial e político sem garantir contrapartidas. As maiores vitórias da política externa brasileira se deram quando o País foi altivo e praticou certa independência e não nos períodos em que se comportou como uma colônia. O exemplo mais notório são as conquistas de Getúlio Vargas, entre elas a Companhia Siderúrgica Nacional, negociadas com Franklin D. Roosevelt em troca do apoio do Brasil na Segunda Guerra.

Folha abandona Moro. Falta a Globo

Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:

A Folha largou Sergio Moro na sarjeta. Deu em chamada de capa que Rodrigo Maia o considera um agressor do Congresso e das instituições, ao tentar manter deputados e senadores sob pressão para tentar fazer valer seu pacote anticrime e sua imagem de justiceiro.

Maia observa que, se as tais 10 medidas do primeiro pacote de Moro e de Dallagnol tivessem sido aceitas pelo Congresso, hoje os dois estariam enrascados.

“Nós rejeitamos (aquele pacote) a prova ilícita de boa fé. Hoje eles criticam a prova ilícita de boa fé no caso do Intercept [que revelou a troca de mensagens entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol]. Você vê como são dois pesos e duas medidas que, se nós tivéssemos feito o que eles gostariam, hoje eles eram réus, não eram procuradores e ele não era ministro da Justiça”.

As perspectivas da democracia e do SUS

Por Sonia Fleury, no site do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz:

Muito se discutiu sobre o caráter reformista da Reforma Sanitária Brasileira (RSB) e sobre os dilemas enfrentados a partir de sua institucionalização, em um contexto de uma democracia pactuada e restringida. No entanto, a pergunta que nos fazemos é, ao contrário, sobre qual teria sido o conteúdo revolucionário do projeto reformista na saúde.

A adoção da estratégia de luta pela democracia sob a bandeira de Saúde é Democracia foi aglutinadora de forças sociais diferenciadas, unidas em uma coalização em prol da democratização, que na saúde se traduzia pela compreensão da determinação social do processo saúde e doença, evidenciando a iniquidade estrutural que caracteriza a matriz brasileira de produção e distribuição dos bens privados e dos recursos públicos. Só a superação do autoritarismo e do centralismo permitiriam a organização social e a reforma do Estado, necessárias à construção de políticas públicas inclusivas e redistributivas.

A submissão a Trump deixou o Brasil isolado

Por Frederico Rochaferreira, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Poucos dias antes de viajar para participar da Assembleia Geral da ONU, Jair Bolsonaro disse que jantaria com o presidente Donald Trump, mas não houve jantar. Apesar de os dois estarem no mesmo hotel, também não houve reunião entre os dois. Trump, no entanto, manteve reunião reservada com os líderes de Cingapura, da Coreia do Sul, da Nova Zelândia, do Paquistão e da Polônia.

Já era esperado que o Brasil na ONU ficasse ausente de importantes encontros por conta das relações de Bolsonaro com os líderes europeus, China e Rússia, que são as piores possíveis. Porém, dada a admiração do presidente brasileiro por Trump e os afagos do americano a Bolsonaro, não estava na agenda do governo a possibilidade de não haver encontro entre os dois líderes. Porém, razões para esse inesperado não encontro existem.

PEC 3D retira pobres do orçamento público

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

Depois do fim da política de aumento real do salário mínimo e da aprovação da reforma da Previdência, o governo enviará ao Congresso a chamada “PEC 3D”: 1) Desvinculação de receita e despesas do orçamento público; 2) Desobrigação ou retirada do caráter obrigatório dos gastos públicos, inclusive e educação e saúde; e 3) Desindexação das despesas governamentais.

O Nobel de Paz para Lula

Por João Augusto de Lima Rocha, no site Vermelho:

No próximo dia 11 de outubro será anunciado o vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2019, ao qual concorre o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. O Prêmio Nobel da Paz é o único, dentre os prêmios associados ao nome do cientista sueco Alfred Bernhard Nobel (1833-1896), inventor da dinamite, que não é oferecido na Suécia, mas sim na Noruega.

São 301 os indicados à honraria, na categoria de Prêmio Nobel da Paz, em 2019, dentre personalidades e instituições que conseguiram se credenciar para concorrer junto ao Comitê Nobel Norueguês, um órgão independente, composto por cinco pessoas nomeadas pelo parlamento da Noruega, com mandato de seis anos, cuja missão é escolher o vencedor do prêmio em cada ano.

Uma pedra necessária no sapato da Europa

Festa do Avante/PCP
Por Lea Maria Aarão Reis, no site Carta Maior:

Apesar da alta taxa de abstenção nas urnas, as legislativas de Portugal confirmam o sucesso da forte aliança das esquerdas de vários matizes e a derrota histórica das direitas

Apesar da alta abstenção de 45,5 por cento de votos no eleitorado registrado, de 10 milhões de indivíduos, no continente e nos territórios de além mar, vemos uma inequívoca vitória das esquerdas, nas eleições legislativas de Portugal de domingo último, com a consequente derrota histórica da direita de discurso neoliberal.

Deste modo, a Geringonça - a notável união das esquerdas - adquire uma nova vida mesmo que o Partido Socialista não tenha alcançado uma maioria absoluta, como aliás não era o esperado. Melhor ainda azeitada, faz de Portugal um dos bastiões de resistência ao neoliberalismo e ao neofascismo europeu.

Os malvadinhos da Lava-Jato

Por Tiago Camarinha Lopes, no site Brasil Debate:

No final do capítulo 14 de seu livro Nada menos que tudo, o ex-Procurador Geral da República Rodrigo Janot tece alguns comentários sobre o contexto geopolítico em que a Lava Jato se insere.

Janot reconhece que os EUA, no intuito de ajudar a Lava Jato, financiaram cursos de capacitação de procuradores brasileiros não porque são bonzinhos e querem combater a corrupção, mas porque queriam acessar um mercado que lhes estava fechado devido à associação do Estado brasileiro com determinados agentes privados.

Chapa de Bolsonaro pode ser cassada

Moro protege laranjal de Bolsonaro

A violência da segurança privada

PSL e o isolamento político de Bolsonaro