quarta-feira, 22 de maio de 2019

Bolsonaro está pendurado na brocha

Os desafios para democratizar a comunicação

Lava-Jato produziu o governo Bolsonaro

Por Guilherme Scalzilli, em seu blog:

Os antigos defensores da Lava Jato, que festejaram quando a prisão de Lula impediu sua vitória eleitoral, reagem com perplexidade às estultices do governo Jair Bolsonaro. Ignorando a óbvia relação causal dos fenômenos, fingem que o jabuti subiu na árvore sozinho, como se a tragédia anunciada fosse um mero acidente de percurso na Cruzada Anticorrupção.

É fácil notar que a Lava jato enriquece delatores, advogados e multinacionais estrangeiras. Já considerá-la benéfica para o povo que a financia depende do repertório de valores de cada um. Se derrotar o lulismo compensa quaisquer sacrifícios, colapsos e prejuízos, maravilha, deu certo. Se nada justifica eleger milicianos e dementes obscurantistas, a conta não fecha.

Paulo Guedes e o verdadeiro fundo do poço

Por Ivo Lesbaupin, no site Outras Palavras:

Há três dias o ministro Paulo Guedes falou que a economia brasileira está no “fundo do poço”. Parecia um estudioso de fora do governo, que não tinha responsabilidade para com esta situação.

Mas ele dizia isso para convencer os parlamentares de que é preciso aprovar a Reforma da Previdência proposta por ele. Se não, afundaremos mais ainda. E ele nada poderá fazer.

Anos atrás li um trabalho de Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de economia, onde ele dizia que emprego e desemprego não são resultados fortuitos, imprevisíveis: o país gerará emprego (ou desemprego) dependendo da política econômica que adotar. Claro, tem de se levar em conta o contexto internacional, não há dúvida. Mas o que Stiglitz estava querendo dizer é que políticas de austeridade (ou de ajuste fiscal) produzem desemprego. E políticas anticíclicas, de investimento público, geram emprego.

Jornalismo e desconstrução do senso comum

Brasil está diante da marcha da insensatez

Por Bruno Lima Rocha, no jornal Brasil de Fato:

Estou convencido. O presidente caminha na marcha da insensatez, é um personagem que trocou de identidade. Como o ator que se confunde com o papel que lhe deram, no caso, meio que atribuído. Há uma mescla terrível de sistema de crenças alucinado - típico do pior do pós-modernismo em tempos de redes sociais - e uma excessiva exposição da era da imagem. Por exemplo: é certo que House of Cards é a arte que imita a vida e não o oposto. O conjunto das alusões e analogias da série, ao menos até o ator Kevin Spacey ser responsável pelo fim do personagem, Francis Underwood, é perfeitamente plausível, aplicado no mundo real, do concreto e da experiência. Já um sistema "mágico", de um "passado longínquo" e fundamentado na "filosofia do astrólogo" soa mais como discurso de propaganda, de pura legitimação fantasiosa. A mística somada ao extremismo conservador sempre dão uma soma terrível.

Bolsonaro chega ao abismo da História

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

No quinto mês do governo Bolsonaro, é fácil reconhecer que a democracia está sendo empurrada a um dos mais profundos abismos de nossa História.

Na sequência de um tenebroso documento distribuído pelo presidente da República, no qual se define a "ruptura institucional" como uma "hipótese nuclear", "irreversível, com desfecho imprevisível", o próximo domingo, 26 de maio, é um dos pontos de passagem do período.

Tudo indica que a mobilização irá confirmar a fragilidade desorientada dos movimentos interessados em estimular uma saída de inspiração fascista - a palavra é essa - diante do desmoronamento de um governo em minoria em seu próprio país, como apontam a mais recente pesquisa de opinião, Atlas Politico, publicada pelo El País: 28,6% dos brasileiros aprovam seu governo, enquanto 36,2% desaprovam.

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